quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

50 tons de cinza, uma reflexão:

Nos últimos meses, não se fala em outra coisa nas redes sociais. O livro americano tornou-se uma verdadeira febre mundial.

Fiquei curiosa...

Do que se trata afinal?

No inicio, encantei-me com uma história sensual e envolvente. A principio, vi tratar-se muito mais de entretenimento, que de literatura.

O romance moderno (pós-moderno), com elementos contemporaneos da nossa tecnologia, arquitetura, etc, atrelados a uma história ardente de sexo e fetiches. Fetiches esses que vão além de simples brincadeiras, vão ao sadomasoquismo.

Embora a trama tenha muito sentimento, o que prende o leitor, há uma relação doente entre um cara dominador, querendo persuadir um jovem universitária a saciá-lo sexualmente.

Cristian Grey é envovente, isso é fato. Contudo, em dias onde se luta tanto para ver a mulher livre e emancipada, é triste ver Anastasia Stelle sofrer em suas mãos, em nome da paixão.

Provavelmente, esse modo estranho de sentir prazer esteja atrelado a uma infância ainda nebulosa. Preciso ler o segundo livro da trilogia para saber. Contudo, me entristece que ainda haja pessoas que se encantam pela beleza física, pelo poder e pelo dinheiro, que é o que para muitos justifica essa relação que para mim, é doentia.

Amar e sentir prazer não significa dor. Não concordo com muito do que ali está descrito, por mais prazer e orgamos que causem, ainda prefiro uma relação de respeito mútuo. Pois mesmo não tendo acesso a primeira classe e presentes caros, afirmo que é possível ser feliz e estar satisfeita em  todos os sentidos.

Cinquenta tons de cinza, são para ser lidos e permanecerem apenas na ficção. E tenho dito.