quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PSDB ganha último programa do PSTU:

É impressionante como o PSDB consegue ser incoerente em suas atitudes. Ao mesmo tempo em que bombardeiam que o governo censura as informações e a imprensa, entram na justiça contra os partidos de esquerda que denúnciam sua farsa de bom governo.
Sendo assim, entraram na justiça contra PCB e PSTU que mostraram a farra dos pedágios, o sucateamento das escolas públicas e assim por diante. Escondem da mesma forma que acusam o governo federal de censura. Querem dois pesos e duas medidas sempre.
Amanhã, quando irão ao ar pela última vez os programas eleitorais, nesse 1º turno, não poderemos ver pela última vez o programa do PSTU. Lamentável.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Carta à Fernando Capez:

Há cinco dias da eleição, eis que recebi em minha caixa de e-mail, um e-mail do candidato a deputado Fernando Capez, vejam o que respondi ao candidato:

Caro candidato Fernando Capez:

Recebi seu e-mail, pedindo votos há 5 dias da eleição. Onde estava o senhor, na época da greve dos professores? Onde estava o senhor, nos meses de dificuldade que passamos ao termos nossos salários covardemente descontados?

Só agora o senhor ousa me procurar? Como assim?

No e-mail, o senhor me chama de amiga. É preciso esclarecer:

Não sou amiga de quem está ao lado de quem precariza a Educação, não negocia greve e ainda manda bater em professores. Não sou amiga de gente que compartilha com governantes que fazem pedágios que cobram preços altíssimos para enriquecer os bolsos de empresários milhonários, enquanto milhares padecem nas enxentes e nos incêndios das favelas de S. Paulo.

Sou amiga de pessoas honestas, que ganham baixos salários e são humilhadas continuamente pela mídia, pela própria sociedade. Trabalham dignamente em condições subumanas e a cada dia tem o seu diploma pisoteado por gente que se quer sabe o significado da palavra Educação.

Não sou amiga de quem aprova projetos que deixa pais e mães de famílias desempregados. Muito menos, dos que inventam uma escolinha para ridicularizar uma categoria, que transmite conhecimento e constrói a sociedade, servindo de base para as demais profissões, inclusive a sua!

Não posso ser amiga de gente que mente, dizendo ter duas professoras na primeira série, quando na maioria das escolas não tem sequer uma. Muito menos de quem manda livros pornográficos sem nos consultar quanto ao nosso plano pedagógico, passando por cima da própria LDB. O senhor conhece essa lei?

Pois é deputado. O meu voto, o senhor não terá, já que como tantos outros colegas de partido desrespeita os meus alunos e a minha profissão.

Sem mais.

Última semana de eleições, um balanço:

Talvez o Brasil já tenha tido eleições mais disputadas e mais emocionantes do que essas, mas, é inegável que o processo eleitoral mais recente teve do início ao fim certas características que certamente as levarão para os anais da História do Brasil, como uma das mais emocionantes e surpreendentes. Pra começar, devo falar que ninguém esperava que a sucessão do primeiro presidente "do povo", operário e pouco escolarizado, seria tão emocionante.
Lula deixa um legado onde a economia continua estável e onde o país suportou a dura crise de 2008 sem grandes problemas. É bem verdade que para tal, foi preciso um socorro bilionário a empresários e banqueiros. Mas, diante de grandes potências que ainda não se recuperaram do baque, o Brasil saiu da última crise do capital sem grandes traumas.
Em oito anos de governo, o operário aliou-se a patrões e soube se equilibrar na corda bamba, para agradar os dois lados e tendo de dar um remédio bem amargo até mesmo para sindicalistas, que não esperavam certas medidas de um de seus líderes mais famosos dos últimos tempos.
Para quem esperava uma disputa acirrada e um embate entre situação e oposição mais acalorado, o que se viu foi o crescimento retumbante da candidata governista, o que demonstra a satisfação de grande parte da população com o trabalho do presidente. Os programas sociais e a distribuição de rendas, certamente deram uma grande contribuição para tal.
Quanto a oposição, mostrou-se fraca. Apoiou-se em escandalos, que não tem investigação concluída. Com a ajuda da imprensa, que noticiou grandemente os fatos, procurou-se reverter a decisão do eleitor nas urnas.
O principal candidato opositor, aliás, cometeu inúmeras trapalhadas, apropriando-se de projetos que não realizou e reclamando mais que propondo melhorias para o país. Também, pudera! Em seu recente cargo político, como governador de estado, deixou marcas profundas na população, demonstrando autoritarismo. Agindo como se já tivesse eleito, não teve respeito por ninguém, esquecendo-se que eleitores também ocupam o funcionalismo público...
A terceira alternativa eleitoral presidencial, não demonstrou o pulso firme que exige uma disputa intensa como essa. Tentando conquistar votos muito mais por simpatia que por propostas, dá pintas de que não convenceu a muitos, conquistando apenas os votos de quem antipatiza os dois primeiros e não as suas idéias.
A grande surpresa fica por conta do candidato ancião, que demonstra brilhantismo, inteligência, mas, muito radicalismo, o que não cabe mais a um país como Brasil, mas que protagonizou até o momento cenas incríveis, até mesmo engraçadas, em suas participações nos debates presidenciais.
Feita a primeira parte da análise, devo dizer que já era esperado o apoio da mídia a um ex-governador do maior estado do páis, que tenta novamente ocupar o posto. O mesmo ocorrendo com o candidato que prega a continuidade do governo mineiro. No entanto, a mídia nada pode fazer para impedir a mudança no Rio Grande do Sul e a permanencia dos governadores de Pernambuco e Rio de Janeiro. A se lamentar, a provavel eleição de Collor em Alagoas. O povo não tem memória, mesmo!
No senado, haverão inúmeras mudanças e velhos caciques não consiguirão permanecer em suas cadeiras. Aproxima-se uma renovação de nomes e partidos. Algo natural, depois de escandalos recentes que abalaram a crença dos cidadãos nessa instituição.
O preocupante mesmo, são as escolhas do eleitorado para a Camara Federal e as Assembléias Legislativas. Tem de tudo. De Papai Noel a palhaços. De pastor a missionário. De cantor falido a conjuges. Sem contar mulher fruta e atriz pornô. A intenção é clara. Querem inserir juntamente com o carisma dessas figuras carismáticas velhos caciques da política, que já desgastados, não teriam como voltar aos cargos. O eleitorado protestará em vão contra os seus algozes.
Enfim, é cedo para saber que lições aprenderemos após o 3 de outubro. Mas, como dizia o finado Clodovil: "Brasília nunca mais será a mesma!"

domingo, 19 de setembro de 2010

A nova família brasileira:

Vivemos a Era pós-moderna, onde os valores estão cada vez mais se diferenciando dos padrões tradicionais ou modernos. Hoje, as famílias são complexas estruturas onde além dos tradicionais pais e mães (ou um dos dois), se agregam pessoas pela afinidade e principalmente, pela necessidade.
As famílias vivem cada vez mais juntas, não porque se amem demais ou de menos, mas, porque seus membros muitas vezes não tem a possibilidade de sustentar-se sozinhos. Assim, a teoria mautusiana dos casamentos tardios, está cada vez mais se aplicando nas grandes cidades do mundo ocidental, onde geralmente, o custo de vida é altíssimo.
No Brasil, tudo isso se aplica. Vê-se facilmente as novas configurações familiares, com pais e mães que chefiam as famílias sozinhas, ou tios e avós que exercem a materno ou paternidade, e assim por diante. É comum ainda, as pessoas se unirem e se agregarem formando novos laços, desfazendo-os e fazendo-os mais uma vez.
No entanto, o que chama mesmo a atenção, na família pós-moderna, é o fato de ela dividir com o Estado a tarefa de educar os filhos e levar isso a risca. Muitos delegam aos professores uma função que é sua: a de educar para a vida.
Entendem que a palavra educador se aplica ao funcionário de Educação, mas, ignoram o fato de que educador são todos e que os primeiros são os pais. Delegam a outros seu próprio universo particular e se eximem das responsabilidades. Por outro lado, não admitem ouvir verdades a respeito dos equivocos que cometem.
São superprotetores, não no sentido positivo da palavra, e sim, ao incobrir os erros de seus filhos. Protegem-nos das verdades e das dores da vida, que aliás, são e serão muitas. Fazem-no não por amor, mas para esconder as eventuais falhas que tiveram no processo de criação.
É preciso repensar o papel da família na nossa sociedade. É inegável que ela continua sendo a instituição mais importante que temos. Contudo, essas distorções não podem persistir como se fossem atitudes corretas. É preciso que cada um entenda o seu papel no mundo e isso necessariamente, deve começar pela família.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Começa a Campanha Eleitoral:

Esperei o ínicio da Campanha Eleitoral, para pronunciar-me a respeito. Antes da propaganda eleitoral gratuita, o que se via era a PiG tentando enaltecer a figura desgastada de seus candidatos, por motivos óbvios, como sempre acontece nesse país.
A novidade da campanha é o crescimento avassalador da candidata Dilma Roussef, do PT, que prega a continuidade do governo Lula, em números impressionantes, até para os mais otimistas. Poucos imaginavam, crescimento tão extraordinário, em poucos dias de programas nas televisões e rádios brasileiras.
A tristeza da campanha, é a desigualdade de tempo, que nos impede de ouvir a voz de outras propostas, como a dos esquerdistas Rui Costa Pimenta, Anaí Caproni, Plínio de Arruda Sampaio e Zé Maria. O Brasil deveria ouvir mais a voz dos outros membros da esquerda, pois sua visão conjuntural tende a abrir os nossos olhos para uma ampla realidade.
O que é visível e notório, é que o eleitorado já se cansou da direita golpista que tenta nos amedrontar com suas manobras sórdidas. O candidato José Serra em desespero devido a possibilidade real de perda no primeiro turno, vê-se ajudado pela mídia, em acusações sobre vazamentos de dados.
Oras, porque esse mesmo PSDB que acusa o governo federal pelos tais vazamentos, não coibe o vazamento dos dados dos cidadãos comuns, que podem ser comprados no Estado de S. Paulo onde governam? Em outras palavras, a vida de pessoas comuns, pode ser devassada e exposta a qualquer estalionatário, enquanto o país não pode ter acesso aos impostos de rendas desses cidadãos honestos, que compoem sua chapa? Quem não deve, não teme, não é mesmo?
É preciso que o direito a decisão não fique restrito a uma manipulação e que se deixe a vontade popular expressar-se livremente. Essas eleições, são a resposta clara e objetiva de que o povo brasileiro já se cansou das velhas amarras políticas. Afinal, o voto do povo é soberano numa democracia.