segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Como não acreditar em milagre?

Semana passada, tivemos uma notícia que deixou apertado o nosso coração, a apresentadora Jackeline Petkovic, sofreu um grave acidente de carro, na manhã do dia 25 de agosto, no Rodoanel, em Osasco. As primeiras informações davam conta de que ela havia ido para a UTI e que seu estado de saúde era grave.
Mãe de um bebê, que completará dois aninhos, a artista, se dirigia para a escolinha, onde deixaria o rebento, para ir cumprir uma série de compromissos profissionais, a exemplo do cotidiano de muitas mães comuns, reguardadas as devidas proporções.
Jackeline Petkovic, ficou famosa no final da década de 90, quando substituiu a apresentadora Eliana, no Bom Dia & Cia., do SBT. Com seu jeito cativante, ela conquistou imediatamente o público infantil e fez grande sucesso. Porém, sua saída da emissora de Sivio Santos nunca foi bem explicada.
O fato é que aos poucos, ela se reerguia profissionalmente, trabalhando na TV Alphaville e na Rádio Eldorado, quando veio essa terrível fatalidade. De maneira miraculosa, em menos de uma semana, a artista saiu da UTI, em tempo recorde e logo foi transferida para o quarto, recebendo alta no último final de semana. Não há lesões graves no cerebro da artista, que fraturou duas vértebras.
É preciso dizer, que o Rodoanel, é uma das recentes obras faraônicas do Governo do Estado, e que o asfalto que a envolve é um tapete, o que o deixa extremamente escorregadio em situação de chuvas ou garoas, que são comuns num clima como o de São Paulo, que é envolvida pelas Serras do Mar e da Cantareira.
Eu mesma, já perdi a traseira do meu veículo numa manobra de última hora, feita no Rodoanle, há uns dois anos atrás. Felizmente, não havia nenhum veiculo no caminho e não foi nada de mais, porque eu não me encontrava muito veloz ao volante.
Voltando ao caso de Jackeline, o fato é que Deus deu-lhe uma nova oportunidade de viver e ser feliz. Comoveu-me uma entrevista em que ela falava sobre o filho e sobre a vontade de vê-lo crescer e se tornar um homem de bem.
A rapidez da recuperação mostra como Deus é benevolente e misericordioso. Milagres acontecem para Sua honra e glória. Que Jackeline Petkovic, possa se reestabelecer fisicamente e dentro em breve, que ela volta a alegrar a vida de muitos pequeninos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil: país do volei




No inicio dessa semana, tivemos a confirmação do que já sabíamos: o Brasil é o país do volei. Poucas semanas após o octacampeonato do time masculino, na Liga Mundial de volei, surgiu a nova conquista, que honrou as cores do Brasil.

Dessa vez, as meninas realizaram a façanha de ganhar um octacampeonato, no Gran Prix. Foi um torneio de muita bravura, cuja campanha teve inicio no Maracanazinho, com um jogo que foi uma verdadeira festa.

A cada nova etapa, no outro lado do planeta, as meninas foram arrasadoras e ganharam todos os jogos disputados. Um a um, com muita garra e emoção. O melhor disso tudo, é que a grande festa desse esporte que já caiu no gosto nacional, veio um dia antes do quinquagésimo aniversário do técnico Bernardinho, que já comandou as duas seleções de volei, mesmo caso do técnico Zé Roberto, que liderando a equipe feminina, atualmente, pode se dar ao luxo de dizer que já ganhou tudo nesse esporte, tanto dentro, como fora das quadras.

Além dessa data especial, a conquista do Gran Prix, se realizou exatamente um ano após a conquista do ouro olímpico em Pequin. Graciosamente, agosto entra para a história dos esportes brasileiros como um mês vitorioso, acabando com as supertições bobas em torno desse período.

Essas vitórias, além de dignificarem a nossa imagem nesse esporte, também desperta as novas gerações para a necessidade de praticar um esporte como esse que exige disciplina, empenho, perseverança, mas que também gera muitas satisfações.

Com tantos escândalos no mundo do futebol, até então o principal esporte do Brasil, o volei se mostra uma alternativa saudável e muito feliz. Parabéns a nossas meninas de ouro.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ele voltou!




Ontem, tivemos uma grata surpresa: o retorno de Rubens Barichello ao ligar mais alto do pódio, após uma corrida de Fórmula 1. Num cenário paradisíaco (o circuito de rua de Valência, na Espanha), o brasileiro foi brilhante na pilotagem e dessa vez recebeu por parte da equipe, o apoio que um atleta do seu gabarito merece.
Rubinho, que está no esporte há 17 anos, colocou seu nome na história do automobilismo, ao vencer sua décima corrida e ser o centésimo vencedor brasileiro. Nada mal, após o susto que o país passou ao ver Felipe Massa se acidentar, a pouco mais de um mês.

A auto velocidade, tem cada vez mais torcedores, num país que foi incentivado a gostar de carros, devido ao seu processo de industrialização. A troca dos trilhos pelas rodovias colocou os carros entre as maiores paixões nacionais, sendo objeto de desejo e consumo dos habitantes do país, que os utilizam cotidianamente como meio de locomoção e estresse.

Nos anos 70, Emerson Fittipaldi começou a encantar o povo brasileiro, com suas vitórias, depois dele, Nelson Piquet e Airton Senna não só despertaram a atenção, como também o amor pelo esporte, que passou a ser um programa imperdível para as manhãs de domingo. Rubinho, contemporâneo de Senna, foi e é duramente criticado pela própria imprensa nacional, que o satiriza, como não sendo tão veloz quanto Senna.

Nesse final de semana, muitos tiveram que engolir as palavras proferidas injustamente, pois Barrichello mostrou brilhantismo e talento inegáveis. Sendo o único representante do país no esporte, atualmente, por causa da demissão (injusta) de Nelsinho Piquet e da recuperação de Felipe Massa, Rubens Barrichello fez direitinho o seu papel, elevando o principal símbolo nacional que é a nossa bandeira, em meio ao sol, ao mar e a muita emoção.
Espera-se agora, que a Brawn GP apóie o piloto em sua busca pelo tão sonhado campeonato de F1, o que coroaria merecidamente uma carreira construída de obstáculos, lágrimas e muita luta. Características marcantes e apropriadas para qualquer brasileiro, não acham?

sábado, 22 de agosto de 2009

O engodo do aumento salarial dos professores paulistas:

Não bastasse o descaso com que o governo José Serra trata a educação paulista, onde não se qualificam profissionais, apenas se oferecem cursinhos medíocres via teleconferência (que muitas vezes não se consegue acessar), a secretaria da Educação lançou mais uma novidade: o aumento de salários por evolução funcional. Uma idéia brilhante, e que premiaria os profissionais de educação, se estes tivessem um salário digno e tempo para estudar, além de incentivo financeiro para tal.
O fato é que a nova medida é uma vergonha nacional. A lei prevê aumentos exorbitantes de aumento. Uma valorização que em tese pode chegar a até incríveis seis mil reais.
Porém, é uma lei tucana, ou seja, ela tem traços neoliberais e pitadas de má intenção, além de um caráter eleitoreiro e enganador. Também pudera! É uma lei de Serra e como tal, foi votada na calada da noite (durante o recesso escolar de julho e em meio à pandemia).
Pois bem, vamos ao fato. O PLC - 29/2009, prevê o tal aumento à categoria dos professores, mas, impõe regras descabidas, como a que diz que para o professor evoluir, tem que ter 4 anos no funcionalismo e 3 anos e 2 meses na mesma Unidade Escolar. Ora, exigir que o profissional se fixe num mesmo ambiente para premiá-lo é no mínimo insano, tendo-se em vista que as escolas da rede, normalmente não tem ambientes de trabalho que permitam essa permanencia. A maioria das escolas estaduais de S. Paulo, são insalubres, principalmente, devido à estrutura dos prédios e com relação à clientela.
Como obrigar um professor a permanecer num ambiente dominado pelo tráfico de drogas, a violência, o assédio moral, a desorganização administrativa, às ameaças da comunidade e assim por diante? Além do mais, muitos professores mudam de escola, por problemas de ordem pessoal, como a mudança de cidade e assim por diante.
O fato de um profissional mudar de ambiente, não significa a perda da sua qualificação. Pois, os títulos recebidos, independem da região habitada. Ou será que as especializações, os mestrados e doutorados só valem no local de sua emissão?
Outra coisa que choca na lei, é o fato de impedir a evolução profissional com o critério faltas. Na lei, fala-se em punir as faltas abonadas (abono esse legal e dado pelo governo), inclusive, às faltas-aula (aquelas em que o profissional se atrasou, por exemplo, e passa a entrar na aula seguinte). Essa obsessão em punir os professores faltosos tem um motivo: esconder o real motivo dessas ocorrências, que passam pela violência, o fato de a categoria estar doente e assim por diante.
Para o governo do PSDB, Educação é simplesmente uma empresa. Tratam dela como se fosse algo exato, previsível, quantificável. Esquecem que professores e alunos são gente, e como tal, merecem respeito, carinho e cuidado.
Há poucos dias, foi ao ar uma entrevista ridícula do governador de S. Paulo ao Jô Soares, na qual ele dizia não gostar de trabalhar de manhã e entre outras bobagens, que dava aulas muito boas (quanta modéstia) à crianças da 4ª série. Seria comico, se não fosse trágico. Primeiro, a agenda de um político, não é algo realmente a ser levado a sério, pois, em se tratando de um cargo executivo, ele estando ou não presente, há toda uma estrutura por trás, para fazer as coisas acontecerem. Sua figura é mais uma ilustração dos bastidores. Depois, a aula dada por ele a uma turma de 4ª série, ocorreu na E.E. Mario Kosel, e para ela, houve todo um preparo específico, que beirou à lavagem cerebral das crianças.
O ideal, é que ele fosse acompanhar o cotidiano verdadeiro de uma escola, onde adolescentes fumam maconha em sala de aula. Aí, sim, seria o pleno exercício de professor. Brincar de mestre, com toda uma estrutura por trás, é muito divertido, mas não é o mundo real.
Esse blá blá blá paulista me cansa. A mídia gosta de usar S. Paulo como modelo. Porém, não é assim que a banda toca. Aqui não é o mundo encantado que todos mostram na TV. Em S. Paulo, além dos professores serem mau remunerados, são tratados com descaso em todos os sentidos. No caso particular da autora desse texto, são 30 meses de pagamento errado e nenhuma solução. Descaso total com o profissional.
Em plena pandemia de gripe suína, mais descaso ainda. O retorno às aulas, ocorrido no último dia 17, foi sem nenhum material de apoio. Nada. Nem álcool em gel, nem cartilhas explicativas, nem nada. Como sempre, estava lá o professor, na linha de frente da situação, expondo sua saúde ao risco total.
A situação também é caótica no estado vizinho, Rio de Janeiro, onde os professores ganham cerca de 600 reais, por um cargo de 12 horas em sala e o restante em atividades pedagógicas, até somar 20 aulas. Lá, nem auxilio-transporte se paga e o governo, propôs um aumento que será pago até 2015.
É muito engodo. Muita publicidade, pouco salário e nenhuma valorização. Com o tempo, as pessoas migrarão do magistério para outras profissões menos desgastantes e com salários um pouco melhores, nesse momento, a sociedade sentirá saudade do único profissional capaz de transformar verdadeiramente o país.
Será tarde demais.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Médico e monstro:

Esta semana, a imprensa tem divulgado o caso Dr. Roger Abdelmassih . Quem poderia imaginar que um médico de renome seria acusado de estupro? É chocante ver essa situação, pois o médico era presença constante em programas de televisão em pautas que discutiam a reprodução humana.
Sobre esse caso, é impossível não refletir: como um homem rico, bem sucedido, cidadão respeitável, pode ser capaz de tanta monstruosidade?
Nessas horas, a gente vê que a fraqueza do homem não liga pra status. Racionalmente, uma pessoa jamais arriscaria sua vida do modo como ele arriscou. Construiu e destruiu o patrimonio com as próprias mãos, levado por um impulso doentio.
Os atos pelos quais o médico está sendo acusado, são covardes, nojentos e repugnantes. Imaginar uma mulher sendo atacada pelo próprio ginecologista já é algo medonho, mas, na situação das pacientes do Dr. Roger, é muitíssimo pior, pois eles as atacava no decorrer do tratamento para engravidar. Abusava de mulheres indefesas por causa da anestesia.
Não há adjetivos capazes de expressar a indgnação sentida somente por tomar conhecimento desse fato. Homens que se relacionam com mulheres sem o consentimento delas, merecem ser severamente punidos, pois invadir a intimidade de alguém, contra a sua vontade, é algo desprezível.
Esse caso, lembra em muito, o ocorrido em 2003, quando veio à tona as denúncias de abuso promovidas pelo pediatra Eugênio Shikipevic, que cometia atos libidinosos contra seus pacientes do sexo masculino. Em comum, há o fato de ambos tratarem pacientes de alto poder aquisitivo, demonstrando que ninguém fica imune da maldade na nossa sociedade.
Tomara que esse caso sirva de exemplo para que atos monstruosos como esse não venham a ser cometidos. O CREMESP deve fazer a sua parte e o Ministério Público de S. Paulo merece ser parabenizado pela coragem e ousadia.
Quanto às mulheres, devem denunciar qualquer ato como esses, evitando assim que suas semelhantes possam vir a ser atacadas por esse tipo de maníaco.

As surras que o Brasil queria dar:

Há quinze dias, o Brasil pára em frente a tv, para ver a vingança de mulheres traídas contra as amantes de seus maridos. Primeiro, veio a surra de Melissa em Ivone de Caminho das Índias. Uma surra violenta, capaz de delibitar grandemente a rival. Depois, vieram as vassouradas dadas por Simone em Judite e Edgar, pegos em flagrante traição.
Nos dois casos, a audiência foi enorme e os comentários predominaram nas rodas de conversa das pessoas comuns, país à fora. Isso demonstra, o que muitos de nós já sabe: o brasileiro não aguenta mais ser traído, enganado e depois manter-se passivo. As pessoas não toleram mais ser enroladas seja nas relações pessoais, ou na sociedade.
Essas surras, são bem representativas, pois significam a vingança dos humilhados, por um sistema sórdido, como esse político, em que senadores legislam às escondidas e discutem em público sobre o que fazer com o produto da corrupção. Em rede nacional, trocam acusações em cenas deploráveis.
Enquanto isso, o povo assiste essas imagens, com sede de vingança, como não é possível agredir os vilões da vida real (nem é uma reação aceitável), o povo aplaude as lições dadas nos grandes vilões da ficção. Isso explica os indíces altíssimos de audiência e os comentários satisfatórios.
Quem sabe um dia veremos a justiça ser feita de verdade, sem precisar de agressão ou qualquer baixaria?!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pandemia na sala de aula:

A situação da pandemia é conhecida de todos. O vírus da gripe A - H1N1, tem sido transmitido de pessoa pra pessoa, há cerca de um mês no nosso país. As aulas voltaram e pasmem! O governo do estado de S. Paulo não enviou o material higienizador para as escolas estaduais.
Muitos alunos, levam na brincadeira a situação e se aglomeram, se agarram, além da recusa em limpar as mãos com frequência. Sendo assim, a saúde dos profissionais de educação fica na linha de frente do novo vírus.
Somente hoje, o governo anunciou que enviaria cerca de 7 milhões de reais como verba para que se comprem os materiais higienizadores. Depois de duas semanas, só agora se atentou para o fato de haver essa necessidade.
É esse o governo que se preocupa com as pessoas... que pessoas?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Volta às aulas em meio à pandemia:

Estamos vivendo uma situação de calamidade, em que um novo vírus da gripe se instala no mundo, ameaçando a saúde de milhares de pessoas, posto que não temos anticorpos que nos protejam desse novo invasor de organismos. A gripe suína, como é conhecida, já matou no estado de S. Paulo, mais de 134 pessoas, sendo 23 as que faleceram na última quinzena.
Diante dessa pandemia, que tem deixado preocupados os profissionais da saúde, a Secretaria Estadual de Saúde recomendou que se adiassem as aulas, pois as escolas são um ambiente propício para a disseminação e propagação de vírus. Sendo assim, a Secretaria da Educação, adiou o reinício das aulas, anteriormente previsto para o dia 03 de agosto, para uma nova data, no caso, 17 de agosto, ou seja, a próxima segunda-feira.
Nesse caso, a recomendação era para que fosse mantido o calendário escolar no tocante ao replanejamento escolar. Sendo assim, nos últimos dias, diversas escolas de São Paulo reuniram seus professores, a fim de planejar suas práticas pedagógicas no segundo semestre do ano letivo de 2009.
No entanto, como era de se esperar, o assunto principal ficou por conta da pandemia e sobre as medidas a serem tomadas a partir de 17 de agosto. Porém, o governo Serra, novamente deixa a desejar, mostrando-se despreocupado com a gravidade dos fatos.
O material enviado aos docentes, além de precário, não contém nenhuma grande instrução ou novidade relativa à gripe. Duas folhas impressas de papel e um monte de dúvidas, foi tudo o que o governo enviou aos mestres.
Informações importantes foram simplesmente deixadas de lado, como por exemplo, no tocante à entranda e saída de professores e alunos. O máximo que foi dito é que as práticas pedagógicas devem evitar a aglomerações.
Nem mesmo alcool em gel foi mandado para as unidades escolares. Ou melhor, a verba para comprá-los também não foi enviada. Nem se cita como serão ou não usados os bebedouros de água e como será feita a alimentação coletiva de milhares de alunos.
É esse o governo que trabalha por pessoas. Em outras palavras, não há preocupação com o bem estar dos futuros cidadãos desse estado. 2010 vem aí, é bom ficar em alerta!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Edir Macedo denunciado por lavagem de dinheiro:

A noticia do dia é a denuncia feita pelo Ministério público de S. Paulo a respeito do fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, na qual os promotores paulistas comprovam o uso de dinheiro proveniente da instituição religiosa, para a compra de patrimônio não religioso, como a TV Record Rio, por exemplo. Além de Edir Macedo, outras nove pessoas ligadas a ele serão indiciadas por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A justiça julgará aquilo que todos sabíamos e não tínhamos como provar e por isso nem mencionávamos: o uso da fé para fazer enriquecer um pequeno grupo, que brinca com o nome de Deus, usando o emocional das pessoas, para extrair delas riqueza e poder. Edir Macedo, infelizmente não é o único. Ao seu lado, temos o caso dos bispos da Igreja Renascer, Sonia e Estevan Fernandes, que a pouco tempo retornaram ao país depois de prisão por longo tempo, devido à lavagem de dinheiro, crime este cometido em território norte americano.
Nos dois casos, o que está em jogo é a manipulação de milhares de pessoas que creditam sua confiança e sua fé em Deus a partir da experiência numa comunidade que professa a fé em Jesus Cristo e que pressupõe princípios éticos e morais cristãos, que não tem reciprocidade por parte de seus lideres, que deveriam em tese dar o exemplo e cumprir com suas responsabilidades de cidadãos com retidão de caráter.
Espera-se que a justiça faça a sua parte e puna exemplarmente essas pessoas que usam da palavra de Deus e da boa fé de pessoas humildes, para enriquecimento ilícito, para ganhar poder e constituir uma rede de comunicação. É um crime, usar o dinheiro que as pessoas doam com tanto carinho para usá-lo em pagamentos milionários de artistas, quando milhares de fiéis da IURD passam fome e privação para dar o dizimo.Deus deve entristecer-se com o uso capitalista que fazem do nome d’Ele. Em essência, a verdadeira religião é o respeito e o amor pelo próximo, não a exploração.
Em três anos de ministério, Jesus multiplicou o pão e os peixes, curou os doentes, mas jamais quis retribuição pelo bem que fez ao próximo. Lavar dinheiro em nome de Deus é no mínimo uma indignidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um outro Rio de Janeiro:






Hoje escrevo para falar de um lado do Rio que a grande maioria das pessoas desconhecem. As outras realidades que compoem a capital fluminense. Realidades tão distintas da que estamos acostumados a ver na mídia, capaz de criar outras cidades dentro da cidade, como acontece em S. Paulo.


Tradicionalmente, as pessoas tem uma visão do Rio de Janeiro, como sendo a Zona Sul: o bondinho de Santa Tereza, o Corcovado com o Cristo de braços abertos, o Pão de Açúcar, o Leblon, Copacabana, Ipanema, etc. Além dessa visão, cultivam uma outra: favelas, crimes, tráfico de drogas, pobreza e desigualdade. São duas visões verídicas de uma mesma cidade. Mas, não são as únicas.


O Rio é bem mais que essas realidades. Há muitas outras, pouco conhecidas e pouco exploradas pela mídia. Existem várias cidades, nos bairros mais distantes, que se interligam a outros bairros e assim compoem o todo.


Tem a realidade das pessoas que vivem entre montanhas e pegam o trem pra chegar na Central. As muitas pessoas que residem numa Zona Oeste de contrastes, onde há uma Barra da Tijuca riquíssima e de Campo Grande, Bangu e assim por diante. E por falar em Campo Grande, é ali, num bairro afastado do centro, que tem sua própria zona central, onde podemos encontrar uma igreja do século XVIII, dedicada a Nossa Senhora do Desterro, com afrescos maravilhosos, uma fachada muito linda, adornada por um cruzeiro muito bonito e imagens belíssimas de santos e outros detalhes que a enriquecem.


Esse Rio, não dá ibope, pois raramente pode-se extrair dele notícias que rendam milhões, ou imagens exuberantes. Nem por isso, esse Rio é feio. Ao contrário, tem uma beleza que se reflete nas montanhas intocadas pelo homem, no ar puro que pode-se ali respirar e no encanto das pessoas trabalhadoras que ali residem.


É por isso que eu sempre falo que o Rio de Janeiro continua lindo!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Wilson Sideral - exemplo de vida:

Foi ao ar ontem, no programa Superpop, da Rede TV!, uma homenagem ao cantor, compositor e músico, Wilson Sideral, irmão de Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest. Na atração, além de mostrar as músicas e sucessos do artista, foi ao ar uma série de entrevistas e depoimentos que mostraram a experiencia dele com as drogas e sua luta contra o vício.
As falas foram muito interessantes, pois, a situação enfrentada pela família de Sideral, reflete a realidade de muitas famílias brasileiras, que mesmo tendo união, estrutura, afeto, condições financeiras, religiosidade, etc, veem um de seus membros envolvidos com entorpecentes. Nessas horas, a família se pergunta onde foi que errou. Busca entender o que levou o jovem a esse envovimento e assim por diante. Mas, somente por vontade própria o viciado se livra do problema, assim, como entra, deperta e sai, ou morre por causa dele.
É uma decisão que só depende do portador do desejo de entorpecer o corpo e alma. O caso de Wilson Sideral, além de chamar a atenção para este problema (uso das drogas), trás esperança a muitas famílias, mostrando que tem solução e que somente com amor e compreensão é possível reverter esse quadro.
A coragem do cantor em revelar a sua intimidade é louvável, pois serve para que os jovens prestem atenção a sua história de vida e possam refletir sobre o assunto, porque na maioria dos casos, não dão atenção a pais e professores, quando se toca no assunto. Como diz a máxima popular: santo de casa não faz milagre. Que Wilsinho possa com seu depoimento acordar muita gente com o seu exemplo de vida, pois ao sair desse mundo, encontrou a paz, o amor e a tranquilidade, estando sóbrio, de peito aberto pra vida.
É assim que tem que ser.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Preguiça Paulista, sim senhor!

Outro dia, escrevi um artigo sobre o mito que faz com que as pessoas digam que os cariocas não gostam de trabalhar. Para minha surpresa, artigo semelhante estava publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional (ano 04 – número 46 – julho de 2009), na qual um pesquisador retratava isso, analisando a São Paulo do século XVIII, quando um novo governador-geral, veio de Portugal para tentar por fim à preguiça e vadiagem do povo paulista.
Isso mesmo, o paulista era visto como vadio e preguiçoso, pois se recusava ao trabalho nas lavouras e dificultava os planos portugueses de implantação da cultura da cana. Nem para se alimentar os paulistas largavam a rede, ao contrário, preferiam embrenhar-se nos matos, para caçar. Comiam animais asquerosos e também não eram dotados de hábitos saudáveis no quesito higiene, o que gerou uma proliferação da lepra no território.
Em outras palavras, a São Paulo do século XVIII, era bem diferente da cidade frenética do século XXI, em que as pessoas são viciadas em trabalho. Era um lugar apático, que em nada se parece com o lugar das realizações, dos negócios e do progresso.
Somente no século XIX, a cidade passa a se modernizar. Com a chegada dos trens e do progresso, surge o slogan Locomotiva do Brasil, com a conseqüente ideologia do trabalho que faz com que as pessoas incentivem a idéia de que em São Paulo se trabalha mais. No entanto, pesquisa de 2004, realizada pelo IBGE, demonstra que apesar de tudo isso, os cariocas, trabalham cerca de 3 horas a mais por dia.
Enfim, comprovei na prática a pesquisa desse artigo cientifico.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Escândalos do Senado Federal:

Há meses, temos acompanhado na mídia a briga entre os gerontocratas brasileiros, que ao ocupar o cargo de senadores, cometem inúmeras irregularidades no poder, como atos secretos (decisões que os beneficiam, tomadas sem o conhecimento público). O que se discute desde junho é a provável renúncia de José Sarney, que na presidência da casa, encabeçou a maioria desses atos, empregando agregados de sua família.
Sobre esse assunto, há inúmeras reflexões que devem ser feitas. Primeiro, que esses atos secretos além de ilegais, são imorais, pois ferem não apenas a Constituição, que como lei maior do país, deve reger as decisões mais importantes do país. Isso é uma barbaridade completa e absoluta.. Um crime de traição à pátria, pois vai contra o voto de confiança dado pelo cidadão a esses senhores, que deveriam representar os interesses da sociedade e não seus próprios anseios.
Quanto à José Sarney, creio que este quando for, irá tarde, pois há muito figura no insano cenário político brasileiro.
Por fim, devo dizer que a confusão entre Pedro Simon e Collor de Mello foi o ponto alto de ontem, pois mostrou como pode ser educado e hilário um sujeito que pensa em mandar o outro para aquele lugar: “engula e digira como achar melhor!”. Aliás, é isso que temos feito há séculos, quando se trata de política: engolimos e temos que fazer das tripas coração para digerir o que os políticos fazem conosco.

Morte na volta da Disney:

No último domingo, uma jovem paulista faleceu durante o vôo de volta pra casa, quando retornava da Disney. Ela realizava o sonho de conhecer um dos maiores e mais charmosos parques de diversões do mundo, presente recebido de seus familiares, por ocasião de seu aniversário de 15 anos.
A família buscou uma empresa idônea para realizar a viagem, a Agencia de Turismo Tia Augusta, que há anos leva crianças e jovens ao mundo mágico de Mickey Mouse e companhia. Ou seja, acho injusto culpá-los pela fatalidade. Eles agiram com o cuidado que deveriam ter e não erraram ao proporcionar à menina esses momentos felizes na Flórida.
O problema todo, é que estamos em plena epidemia mundial de gripe. O vírus H1N1 já não pode mais ser controlado e isolado pelas autoridades mundiais de saúde.
O que me deixa perplexa nesse caso, é o descaso com que as autoridades americanas trataram a garota, que em meio à viagem, foi acometida por pneumonia. A Tia Augusta, também errou a meu ver, pois deveria ter comunicado à família a gravidade da situação e ter possibilitado a ida dos parentes da viajante aos Estados Unidos, pois uma pneumonia não é uma doença qualquer, ela requer repouso, medicamentos e uma série de cuidados que ultrapassam 15 dias de tratamento.
Portanto, essa sucessão de erros custou uma vida: o serviço de saúde dos Estados Unidos, por ter dado alta tão cedo para a garota, a agencia, por ter omitido o estado de saúde da menor e até mesmo a empresa aérea que a conduziu de cadeira de rodas ao outro avião. Aquele era o momento de interná-la a qualquer custo.
Penso eu: se fosse o contrário? Se um norte-americano morresse em semelhantes condições, seriam pesadas as medidas contra todos os responsáveis pelo ocorrido, não é mesmo? Então porque tanta passividade? Será que a vida de uma brasileira vale menos?

O Rei de Roma:




Sábado, foi mais um dia de imensa alegria para o povo brasileiro. Dia de entrar pra História, ao vermos o nosso querido nadador César Cielo tornar-se o homem mais rápido do mundo e ganhar mais um ouro pro Brasil.
Essa conquista demonstra não apenas a superação do atleta, que nos dá orgulho do nosso compatriota, como também a superação de um povo, que não tem a educação e as atividades esportivas valorizadas. Num país em que os patrocinios são poucos, onde vemos atletas de grande potencial enfrentarem dificuldades até mesmo para ter uma alimentar de maneira adequada, ver o resultado de Cielo é algo que se aproxima de um milagre.
Que a vitória de Cielo possa servir para despertar as autoridades da necessidade de investir nos esportes olimpicos, aqui mesmo, para que nossos atletas não precisem se ausentar do país, para receber um treinamento adequado e competitivo, como ocorre com o Cesão.
Que esses dois ouros sejam o início de uma nova era de valorização dos esportes no Brasil. Parabéns César Cielo, orgulho e exemplo do meu país.