terça-feira, 4 de agosto de 2009

Morte na volta da Disney:

No último domingo, uma jovem paulista faleceu durante o vôo de volta pra casa, quando retornava da Disney. Ela realizava o sonho de conhecer um dos maiores e mais charmosos parques de diversões do mundo, presente recebido de seus familiares, por ocasião de seu aniversário de 15 anos.
A família buscou uma empresa idônea para realizar a viagem, a Agencia de Turismo Tia Augusta, que há anos leva crianças e jovens ao mundo mágico de Mickey Mouse e companhia. Ou seja, acho injusto culpá-los pela fatalidade. Eles agiram com o cuidado que deveriam ter e não erraram ao proporcionar à menina esses momentos felizes na Flórida.
O problema todo, é que estamos em plena epidemia mundial de gripe. O vírus H1N1 já não pode mais ser controlado e isolado pelas autoridades mundiais de saúde.
O que me deixa perplexa nesse caso, é o descaso com que as autoridades americanas trataram a garota, que em meio à viagem, foi acometida por pneumonia. A Tia Augusta, também errou a meu ver, pois deveria ter comunicado à família a gravidade da situação e ter possibilitado a ida dos parentes da viajante aos Estados Unidos, pois uma pneumonia não é uma doença qualquer, ela requer repouso, medicamentos e uma série de cuidados que ultrapassam 15 dias de tratamento.
Portanto, essa sucessão de erros custou uma vida: o serviço de saúde dos Estados Unidos, por ter dado alta tão cedo para a garota, a agencia, por ter omitido o estado de saúde da menor e até mesmo a empresa aérea que a conduziu de cadeira de rodas ao outro avião. Aquele era o momento de interná-la a qualquer custo.
Penso eu: se fosse o contrário? Se um norte-americano morresse em semelhantes condições, seriam pesadas as medidas contra todos os responsáveis pelo ocorrido, não é mesmo? Então porque tanta passividade? Será que a vida de uma brasileira vale menos?

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