terça-feira, 27 de outubro de 2009

Notícia comentada, do G1:

Hoje, tomo a iniciativa de comentar uma noticia publicada no site G1, que trata do falso aumento anunciado pelo governador José Serra. Para que o leitor entenda, a noticia publicada estará em itálico e o comentario em escrita comum.
O governador de São Paulo, José Serra, sancionou nesta terça-feira (27) o projeto de lei que prevê aumento de 25% para professores aprovados em exame. As primeiras provas de promoção serão realizadas no início de 2010. No dia 31 de janeiro, acontecerá a prova para diretores e supervisores. Nos dias 3 e 4 de fevereiro, serão avaliados os professores de 1ª a 5ª série do ensino fundamental e de 6ª a 9ª, respectivamente.
O projeto em questão, trata de uma nova lei, que institui aumento aos professores estaduais, prevendo para tanto uma avaliação de conhecimentos, ocorre que na lei também condiciona como critério uma permanência mínima na mesma unidade escolar de no mínimo 3 anos e 2 meses. Em primeiro lugar, essa prova é discriminatória, pois o governo sabe que seus profissionais não tem condições de estudar e "evoluir" na carreira devido aos baixíssimos salários. Em segundo, a permanência na mesma unidade escolar também é algo que poucos profissionais conseguem, principalmente os temporários, pois disso depende n fatores que independem da vontade do docente.
Além da falta de estimulo financeiro para que o docente possa estudar, é preciso que se registre que não há clareza quanto a tal avaliação, tanto no tocante de seus elaboradores, quanto na sua aplicação. Atualmente, a evolução se dá apresentando-se a documentação pertinente, tal como os diplomas, históricos, certificados, publicações, etc, que demonstram o nível de aprendizado do profissional.
Ora, o mesmo governo que implantou um sistema de avaliação progressiva (ou promoção automática) dos alunos, por pregar que uma prova não é suficiente para medir e avaliar a capacidade intelectual do aluno, quer avaliar de maneira quantitativa seus profissionais, o que é no mínimo incoerente, não acham?
Segundo a notícia, ficam de fora, por exemplo, professores do Ensino Médio.
Serão cinco faixas salariais. Os professores iniciantes, que recebem R$ 1.834, deverão esperar quatro anos para fazer a primeira prova. Depois da primeira prova, os professores com as melhores notas terão 25% de aumento e passarão para a segunda faixa.
Essa notícia vem com um dado errado: o salário-base de um professor iniciante, com 25 horas semanais, é de R$909,00 com as gratificações (que não foram incorporadas ao salário), tendo-se o ALE, chega-se no máximo a R$1.200,00 mensais. Eu gostaria que me fosse paga essa diferença impressa nessa notícia.
Após outros três anos, eles farão uma segunda prova e, se aprovados, terão mais 25%, e assim, sucessivamente, até a quinta faixa. Ao final de 12 anos, o valor dos salários poderá ser dobrado e alcançar R$ 7.000 no fim da carreira. Aquele que tiver baixo desempenho receberá apenas o reajuste tradicional.
Aqui, outra inverdade, pois a própria constituição federal prevê demissão de funcionários públicos que não tenham um bom desempenho nesse tipo de avaliação e a lei em nenhum momento cita qualquer outro tipo de reajuste convencional. O que está na lei é que o 20% mais bem classificados terão um aumento, desde que haja interesse pelo mesmo no orçamento anual do Estado.
A promoção para a faixa salarial seguinte será determinada por dois fatores: a prova e a análise dos anos anteriores.
Como foi escrito anteriormente: não se sabe que ou quais parametros serão adotados na tal avaliação.
A promoção poderá ser obtida pelos 130 mil integrantes efetivos do magistério. Os cerca de 80 mil temporários que se tornaram estáveis pela Lei 1.010 (SPPrev) poderão participar do programa quando cumprirem quatro anos de trabalho na rede.
Vale lembrar que estão na SPPrev os profissionais que ingressaram na rede, até julho de 2007 e os titulares de cargo. Os demais, estão excluídos.
Leitores, é assim que Serra governa por uma educação de qualidade.
Comentem. Abaixo, o link com a notícia na ìntegra:

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dia do Funcionalismo Público, importante:

Na próxima quara-feira, será o dia do funcionário público, data dedicada a milhares de pessoas que trabalham em repartições públicas, exercendo as mais diversas funções e cargos, que gerenciam e fazem grande parte da sociedade funcionar. No senso comum, o conceito de funcionalismo público, passa por pessoas que não se esmeram muito em cumprir com as suas obrigações, ficando horas a fio em bate-papos inúteis.
É bem verdade que esse perfil bizarro existe, mas, ele não é preponderante, ele dá conta de uma minoria de maus funcionários, que existem em todas as profissões e em empresas privadas, inclusive. A grande massa dos funcionários públicos desse país, é na verdade, composta por gente que se esmera em trabalhar mesmo sem condições dignas e com poucos recursos.
Não é incomum encontrar nas repartições públicas, falta de materiais básicos. Há muita gente que tira do próprio bolso o material que usa em seu trabalho.
A cada ano, esses profissionais são mais desvalorizados e sofrem ataques por parte dos governos neoliberais, que tentam extinguir suas carreiras, objetivando usar esse dinheiro em seus projetos, dando a desculpa de otimizar e reduzir custos (para sobrar mais capital, evidentemente).
Cada vez mais, os governos usam o nome gestor, para designar o papel do funcionalismo, dando a idéia de que esse corpo seja fundamentalmente de cumpridores de tarefas, usando como parametro as empresas privadas, estipulando metas a cumprir. Querem implantar uma produção psicológica de valores, a fim de transformar um enorme contigente de trabalhadores em máquinas, a fim de evitar seu pensamento reflexivo capaz de gerar cobranças e reagir ao sistema,
Últimamente, inventaram gestor em todos os locais. Hospitais e escolas são exemplos absurdos dessa nova ideologia de controle. Como exigir metas de um médico ou professor. Além de insano, absurdo, isso é imoral, pois tais profissionais não parafusam matérias primas. Trabalham com vidas, que são imprevisiveis e dinâmicas em essencia e atuação como um todo.
Por fim, quero registrar um fato curioso que demonstra tudo o que fora exposto até aqui. Kassab marcou a comemoração dessa data para a próxima sexta-feira, a fim de juntar a data ao feriado prolongado destinado aos Finados. Em contrapartida, Serra, deu o dia de hoje, para que seu funcionalismo descansase.
Aparentemente, são duas ótimas iniciativas, no entanto, elas prejudicam os funcionários que acumulam cargos nas duas redes. Isso demonstra a perversidade dos governantes, que de caso pensado, retiraram o sagrado descanso de seus colaboradores. As datas trocadas punem as pessoas que em busca de dignidade, se vem obrigados a trabalhar dobrado em busca de um salário decente.
Ninguém gosta de trabalhar 10, 12 horas diárias, a essa situação se expoem professores e médicos mal remunerados, mal assistidos, mal amparados, tendo como recompensa um trabalho de fome. Basta ver que os trabalhadores de limpeza pública (exceto os garis, que estão quase lá), ganham mais que os professores do Estado de São Paulo.
Que nessa data, se reflita sobre todas essas questões.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Kassab, um perfil bizarro:

Há poucos anos, ninguém sabia quem era Gilberto Kassab, um paulistano como tantos outros. No final da década de 90 do século XX, no entanto, esse nome surge em meio ao fiasco que foi a administração do ex-prefeito Celso Pitta para a cidade de São Paulo. Nesse momento, Kassab é o então secretário de finanças, num momento em que a cidade ve-se repleta de irregularidades nesse campo.
Tempos depois, essa figura reaparece como vice de José Serra que venceu a eleição e tornou-se prefeito da capital paulista. Nos primeiros meses e ano de mandato, pouco ouviu-se falar e muito pouco se leu a seu respeito na mídia, como um todo.
Finalmente, em 2006, Gilberto Kassab torna-se prefeito da cidade de São Paulo, indiretamente, quando José Serra se afasta do cargo para concorrer ao governo de São Paulo. Sendo assim, a cidade fica sob o comando de um desconhecido, cuja única referência era a ligação com o criminoso prefeito Pitta.
Entre suas ações marcantes, estiveram certas cenas deprimentes e patéticas, como o conflito com a Guarda Civil Metropolitana, uma quase surra num munícipe, que cobrava uma saúde digna na cidade. Após essas atitudes, pensando em reeleger-se, o prefeito muda completamente a personalidade e torna-se um homem doce, amável, amigo de todos (pobres e ricos).
Com um bonequinho simpático e milhões de reais numa das campanhas publicitárias mais caras da história, o prefeito vence a disputa e volta à ativa de antes. A cidade vê a primeira greve de GCM de todos os tempos, tem seus municipes desrespeitados com transportes deficientes e caros, cobranças de taxas e o anúncio de um IPTU até 352% mais caro para 2010.
Isso, sem falar da falta de reajuste salarial dos servidores e das precárias condições das ruas da cidade, que expoem os motoristas a um risco de morte iminente, mesmo com a cobrança do IPVA mais caro e da taxa de inspeção veicular. Pra fechar com chave de ouro, o prefeito e seu padrinho, inventaram uma obra nas marginais, que em pleno fim de ano tem transformado as avenidas da cidade em gigantes estacionamentos.
Esse é Kassab, o mais cotado para ser governador de São Paulo, tá bom pra vocês?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

15 de outubro - Dia do Professor:

Hoje é uma data especial, dedicada a homens e mulheres de valor, que querem ver a grandeza da sociedade e para isso, dedicam sua vida e saúde para isso.
Ser professor, é doar-se por inteiro, numa empreitada pelo desconhecido.
É embarcar em uma viagem rumo a inúmeros universos.
É dedicar-se, empenhar-se e muitas vezes conviver com a solidão e a ingratidão.
É não desistir jamais, mesmo quando faltam forças.
Muito mais que amor, é um ato de heroísmo e grandeza.
Porque, no dia-a-dia, convive-se com a calúnia, a inveja, o desprezo.
Ao querer o melhor de nossos alunos, somos vistos como seus inimigos.
Continua depois...

Roberto Justus, um novo olhar:

É impressionante, como a gente costuma rotular as pessoas, pelas aparências, por mais que a gente tente ver a essência delas. No caso do publicitário, apresentador e empresário Roberto Justus, aconteceu assim comigo.
Eu sempre o julguei como o tiozão que só gosta de gatinhas, porque só via a vida sentimental de um cara que namorou com a Eliana, casou com a Adriane Galisteu e depois repetiu o mesmo ato com a Ticiani Pinheiro.
Passada essa primeira impressão, veio a segunda, a do apresentador da Record, que era antipático e arrogante em seu programa O Aprendiz, em suas mais variadas versões. A meu ver, às vezes, a segunda impressão é tão importante quanto a primeira e foi esse o caso.
Porém, o Roberto Justus que tenho visto no SBT é diferente de todos os olhares anteriores. É um homem seguro no trabalho e que sabe conduzir com maestria um programa que envolve conhecimento, sem ser chato, muito menos arrogante.
Esse novo olhar, revela um cara sensível e dedicado, capaz de interagir com mais de uma sentena de pessoas, com carinho e simpatia. Sendo assim, a vida pessoal, o passado na TV são o que menos importam. O que tem importado é ver o programa e me deliciar com conteúdo e recheio.

Viver a Vida:

Há quase um mês, a Rede Globo vem apresentando uma nova novela no horário das nove. Novela essa, que escrita por Manoel Carlos, tem os mesmo ingredientes de sempre: Helena, Leblon, gente rica e o cotidiano das pessoas normais com seus incontáveis conflitos, afinal, seja rico ou seja pobre, todos sofrem por amor (ou falta dele), e tem contas a pagar.
O fato é que desta vez, o que está diferente, é a cor da pele da Helena, que é negra, da cor do pecado, mas, com uma postura fina, elegante, de uma mulher bem resolvida e que está tentando ser feliz e fazer as pessoas a sua volta conviverem em harmonia.
Tenho ouvido muito a imprensa e as pessoas detonarem essa nova trama. Sobre isso, quero dizer que isso é apenas mais uma novela do Maneco, e como tal, trata-se de uma ficção, mas que tem pontos que podem ser refletidos, como a questão da relação entre irmãos gêmeos, a anorexia alcoolica, as diversas crenças, mães que educam seus filhos com valores trocados, e assim por diante.
Thaís Araújo está bem sim, no papel de Helena. Agora, querem que o autor a mate. Matar, por quê? Por ser ela negra? Se fosse a Cristine Fernandes, a Helena, estaria melhor? Eu acho que não. Porque será que as pessoas só gostam de ver os negros nas novelas como prostituta ou faxineira?
Tá na hora de rever esses conceitos. A sociedade é composta de gente diferente, mas não é só no tom da pele. Cabe a nós, valorizar cada um pelo que é e não por questões irrelevantes.

MST - sinônimo de vergonha nacional:

Semana passada, foi mostrada na mídia uma imagem que diz mais que mil palavras: membros do MST detonando (literalmente), cerca de 5 mil àrvores. Sobre isso, quero expressar aqui a minha opinião.
Primeiro, é lamentável que um movimento social de tanta expressão histórica, que nas últimas décadas tenha sido tão importante, tenha se reduzido à disputa do poder e se banalizado tanto. Essa sigla, representava até bem pouco tempo atrás, pessoas ligadas à terra, que lutavam pelo direito de viver e existir através dela. Representava a batalha de gente honesta, que buscava simplesmente dignidade.
Representava, mas, há muito não representa mais. Assim como aconteceu com grande parte dos sindicatos brasileiros, o MST se rendeu à politica e a politicagem de gente que quer o poder e nada mais. A essência do movimento social, a luta e todos os lindos ideais que uniam as pessoas em comunhão pela terra, foram esquecidos no passado.
O que vê-se hoje, são pessoas rancorosas e negativas, que para conseguir seu objetivo passam por cima de qualquer um com um trator. Isso não é digno. Isso não é justificável. Isso é baixo, de mal gosto. Entristece as pessoas de bem.
A que ponto chegamos? Temos de concordar com a direita retrógrada desse país, que sempre rotulou os membros desse tipo de movimento como agitadores e vândalos.
Indignou-me, primeiro porque a terra em questão já tinha dono e uso. Que as empresas capitalistas sejam egoístas e só almejem os lucros, isso é fato, mas, independente disso, as àrvores que foram destruídas, eram vidas muito úteis. Ver milhares de àrvores derrubadas em tempo de aquecimento global, por pessoas que se dizem protetoras da terra, é o fim.
O mais grave, foi o saque e a destruição do bem alheio. Pessoas que querem o minimo para viver de cabeça erguida, não podem de maneira alguma protagonizarem um evento tão triste como esse. Além disso, está na mão desses homens e mulheres insanos, uma quantidade perigosa de venenos, que mal manipulados podem ser nocivos a muita gente inocente.
Enfim, quem diria? Eu que sempre os admirei, hoje os vejo com vergonha, uma vergonha nacional nesse país, como tantas outras.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio: Cidade sede Maravilhosa!!!


Num dos momentos de maior emoção que já presenciei, foi anunciado o Rio como cidade sede das Olimpiadas de 2016. Na capital dinamarqueza, em um clima muio caloroso, a cidade sagrou-se vencedora frente à concorrentes de peso como Tóquio, Chicago e Madri.
Para a disputa, foi feito um vídeo belíssimo que mostrou as belezas da cidade e a alma do povo brasileiro. Em discurso após a vitória, o presidente enalteceu as qualidades do país e disse estar emocionado, por saber se tratar de um momento histórico e por ser esta a resposta mais adequada aos que tratam o país como sendo de segunda classe. Por fim, Lula disse que hoje o Brasil adquiriu sua cidadania global.
Claro que o nosso país enfrenta inúmeros problemas provenientes da miséria, e isso é sério e deve ser combatido pela sociedade, mas, nem por isso, devemos ser contrários à eventos como esse que dignificam e elevam o nome do país. É contra esse tipo de campanha que Lula discursou.
Favelas, fome, criminalidade, não são exclusividade do Brasil, muito menos do Rio de Janeiro. Esses elementos são comuns à paisagem urbana de qualquer cidade grande do mundo. Claro que há lugares em que se lida melhor com a situação adversa. Porém, não podemos depreciar a nossa própria imagem.
Fiquei encantada com a campanha feita por artistas, atletas, anônimos, etc. Agora, temos que continuar na torcida pra que tudo dê certo e para que os investimentos favoreçam e muito quem reside nessa cidade maravilhosa e encantadora que é o Rio de Janeiro.
Cidade essa que teve seus momentos de glória, no passado, quando abrigou a corte joanina. Que viveu uma monarquia de altos e baixos. Que viu o golpe da república e uma série de crises sociais e políticas, até que destituída do título de Capital Federal, viu-se perdida em meio à violência e ao descaso das autoridades.
Que esse novo momento, traga um novo fôlego e com ele um novo ânimo, para que o Rio volte a ter o glamour e a dignidade como objetos principais de matérias jornalisticas e não as tragédias promovidas pelo tráfico de drogas.
Viva o Rio!!!

Sidarta, o neurocientista!

Semana passada, estive num evento interessantíssimo, que ocorreu no MASP, em comemoração aos 5 anos da revista Mente e Cérebro. Na ocasião, estiveram presentes a uma mesa de debates, um educador, um neuro-cirurgião, uma psicanalista e um neurocientista.
Em suas exposições, cada debatedor falou sobre o melhor método que usa para produzir conhecimento e como esse método pode facilitar a aprendizagem, usando todos os recursos do cérebro para tanto.
Todas as falas foram interessantíssimas, mas, uma chamou especial atenção de todos. O jovem neurocientista Sidarta, que conseguiu se fazer entender mesmo pelos leigos em medicina, como eu, para explicar seu trabalho que aproxima a neurociencia de Freud, que foi ao longo do século XX esquecido e desconsiderado pela comunidade científica.
Mesmo com a pouca idade, o pesquisador mostrou segurança e propriedade e deu uma aula valiosa a todos os presentes, encantando também por sua simplicidade e humildade. Mostrou suas pesquisas em laboratório e suas descobertas, realizadas em trabalhos feitos dentro e fora do país.
O que mais tocou no entanto, foi o fato de esse profissional valoroso ter se desenvolvido fora do eixo Rio-São Paulo, provando que a ciência tem alcançado espaço em vários estados brasileiros. Nesse caso, sua origem é o estado nordestino do Rio Grande do Norte. Que esse exemplo possa servir para demais cientistas das outras partes do país.

Rio 2016!




Será anunciado hoje, a nova sede das Olimpíadas de 2016, em Kopenhagen, na Dinamarca. Participam da disputa, cidades como Tóquio, Madri, Chicago e claro, a Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro.

Desde a manhã dessa sexta-feira, as emissoras de tv transmitem a decisão do COI, mostrando os principais momentos da reunião que decide o destino de um povo e a tristeza dos demais. É emocionante seguir cada passo dessa escolha.

Confesso, ter ido às lágrimas, com a apresetação do Rio. Primeiro, porque o que vimos foi união e sincronia entre os nossos representantes, tanto os esportistas, quantos os políticos. Os discursos foram tocantes e refletem uma dignidade e uma auto-estima nunca antes vista por aqui.

Mesmo com todas as críticas que tecemos contra o Lula, não podemos deixar de elogiar a firmeza de seu discurso sobre o povo brasileiro, enaltecendo as nossas qualidades de um povo que sabe acolher a todos de braços abertos e ao mesmo tempo, superar as dificuldades com alegria. Dando uma aula ao mundo de como tratar bem as pessoas.

Essa convicção do nosso representante maior, nos encoraja, nos anima e nos dá esperança, pois, agora podemos de cabeça erguida ir para uma disputa como essa. Temos a firmeza de quem tem uma grande economia e sabe da sua capacidade. Confesso me sentir orgulhosa ao ouví-lo falar em português e ser respeitado e ouvido por todos, coisa antes que nem imaginávamos posível.

Mas, o que mais chamou a atenção, foram as imagens belíssimas de uma cidade encantadora, capaz de unir todos os povos em si em torno da maior celebração do esporte. Atletas de todas as nacionalidades de mãos dadas, foi a maior demonstração de que é possível o mundo residir no Rio em harmonia.

Em 2007, eu estive no Rio durante a realização dos Jogos Panamericanos e vi na cidade um clima de generosidade e esperança que eu nunca havia experimentado ali. Tudo funcionou em sincronia. Houve uma certa deficiencia nos transportes, mas nada que agravasse ou comprometesse as competições. O Rio se preparou e não deveu em nada a outras grandes cidades que sediaram o evento.

Acredito que daqui a sete anos, estarão fortalecidos pela experiência do Pan e pela Copa do Mundo de Futebol, de maneira, que tudo funcionará como tem que ser. Essa oportunidade, dá dignidade há milhares de trabalhadores informais e atrai investimentos muito bem-vindos à capital fluminense. Principalmente na área de infra-estrutura e segurança pública.

O Rio de Janeiro hoje é o Brasil. Eu amo o Brasil. Viva o Rio!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sobre o cancelamento do ENEM:

Hoje, assim como a maioria dos brasileiros, fui surpreendida com a notícia do cancelamento do ENEM. O motivo, óbvio: o vazamento do conteúdo da avaliação.
Sobre isso, tem vários pontos de vista que devem ser vistos. O primeiro, o prejuízo causado à alunos, professores e familiares de ambos, que vem se desgastando emocionalmente, por conta da avaliação que esse ano ganhou status de vestibular, e que seria realizada em dois dias, tendo cerca de 180 questões, que consistem em mais que o dobro que nas avaliações anteriores, que ocorrem desde 1998.
Naturalmente, esse desgaste não será ressarcido, porém, a atitude do MEC foi digna e louvável, pois não se pode permitir que uma prova de tamanha magnitude, se realize em meio a confirmação de que seu conteúdo foi negociado. Espera-se que sejam tomadas as providências cabíveis e que elas sirvam de exemplo, para que um vexame desses não mais se repita.
Não se pode esquecer também, que pode haver por trás de tudo isso, a questão politica, visto que haverá eleição presidencial em 2010 e um fato como esse interessa e muito à oposição. Por outro lado, isso afetou um universo de mais de 4 milhões de pessoas, de modo que seja qual for o motivo, é preciso que essas pessoas mantenham a calma e aproveitem a nova data, para estudar um pouco mais.
Por fim, deve-se repensar o atual método de avaliação e entrada na universidade. Depositar toda a confiança em uma prova simplesmente, tem demonstrado sua fragilidade, ainda mais, num país em que impera a cultura da corrupção e da falta de caráter, em que funcionários públicos, pessimamente remunerados (de todos os setores e esferas), vendem a sua dignidade e não admitem a culpa, justificando seu erro com o descaso das autoridades que os comandam.