quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gripe Suína - avanço sem controle:

Não demorou muito e a pandemia da gripe suína chegou ao Brasil. O vírus influenza, ganhou um subtipo, o H1N1, no territorio mexicano e ganhou o mundo em poucos meses. Sobre isso, é preciso dizer, que o tema é bastante controverso, pois no inicio do ano, o ministro da saúde do Brasil, veio a público dizer que o referido chegaria ao nosso país mais fraco e que não seria uma ameaça à população.
Porém, a partir de junho, quando o vírus se instalou com força na Argentina, aquele país perdeu o controle sobre a doença e em pouco tempo, a gripe suína adentrou o território nacional e em pouco tempo tem afetado as pessoas e as declarações do ministro, que agora mostra-se realmente preocupado com a epidemia mundial.
A cerca de um mês, li um artigo num livro que tratava da gripe espanhola nos anos 3o e de como a epidemia afetou a população naquela época. A diferença, é que os meios de transporte mais utilizados no tempo, eram outros, o que impossibilitava o avanço rápido das moléstias.
Um virus desse num barco, que demorava dias para atravessar o continente, fazia com que as pessoas morressem antes de chegar ao destino. Em S. Paulo, a epidemia matou as pessoas que viviam nos bairros operários, constituídos de imigrantes, cujas condições eram insalubres. Sendo assim, as autoridades não se preocuparam tanto, pois a população atingida não lhes era importantes.
Já essa nova gripe, ela se alastrou rapidamente devido às condições extremamente facilitadas de locomoção. É perfeitamente possível nos dias de hoje, uma pessoa jantar em Nova York e almoçar no Recife. Além disso, transitam pelos aeroportos pessoas das mais diversas classes sociais, o que impede um controle efetivo das doenças, pois em apenas dois dias, é possível transmitir um vírus como esse para todas as partes do mundo.
Fico preocupada com a situação, pois esse adiamento da volta às aulas, reflete a incapacidade das autoridades de controlar essa situação, bem como o reconhecimento de seu agravamento.
Aqui no Rio, existe o disque-gripe (0800-28-10-100) e a recomendação para que as pessoas não procurem hospitais, clínicas e consultórios sem necessidade, a fim de se evitar o contágio.
A jornalista Sandra Anemberg, seu marido e sua filha, foram contagiados aqui na capital fluminense e estão de quarentena, porém, eles tem a disposição os melhores médicos e hospitais. E nós que não temos plano de saúde, como ficamos?
Num momento como esse, é bom redobrar a atenção e evitar se expor, não deixar de viver, mas, se recolher um pouco mais, porque daqui a pouco a primavera chega e creio que tudo isso será apenas uma página triste da história. Estou torcendo por isso.

Gonzaguinha:

Essa semana assisti ao Ensaio da TV Cultura, programa tradicional para a música brasileira, no qual Gonzaguinha mostrava seu trabalho e falava de sua vida e obra, de seu pai e de todo o universo que o cercava. Para mim, que recentemente li sua biografia, foi uma emoção ver o artista em plena atividade.
O menino do morro de S. Carlos, no Rio, cresceu sendo cuidado por Dina e Xavier, mas sempre sabendo que carregava nas veias a herança de dois grandes artistas: Odaléia e Luiz Gonzaga. Ao longo de sua carreira, ele nunca negou suas origens, mas, superou a genialidade dos progenitores, com um estilo todo próprio e inconfundível.
Gonzaguinha do Ensaio, era um homem maduro, decidido, que sabia se posicionar e se impor, dono de uma personalidade forte e dotado de uma incrível capacidade de transformar em música todos os anseios de uma época.
O que é bacana é o carinho e o reconhecimento dele com relação a seu pai, que falecera poucos meses antes da gravação. Tudo isso, resultou numa gravação antológica em que as músicas do filho juntaram-se à sonoridade e brilhantismo do pai.
Imagens definitivas de um dos melhores artistas da década de 70, que partiu precocemente, mas que deixou um legado valiosíssimo para a MPB. Salve Gonzaguinha!!!

Ouro do Brasil:


Apesar do susto que sofremos essa semana, por ocasião do acidente do piloto Felipe Massa na F1, e do incidente com Tony Canaã, na Fórmula Yndy, essa semana, foi uma semana de ouro para o esporte do Brasil. Primeiro, o volei masculino nos presenteou com o octacampeonato sobre a Sérvia, num jogo emocionante ocorrido na casa do adversário.

A seleção de volei masculino, realmente, é um dos orgulhos nacionais, pois nos trás momentos marcantes, na maioria dos torneios que disputa. Isso ocorre, não apenas por causa das conquistas, mas, principalmente, por causa da garra que os jogadores demonstram em campo, honrando a camisa que vestem. Dá emoção só em ver a maneira como eles lutam com vontade de vencer e de superar os obstáculos, crescendo a cada dia. Dão exemplo a todos nós, não apenas como torcedores, e sim, como pessoas.

Outro momento marcante, foi a medalha de prata conquistada pelo nadador Felipe França, que emocionou a todos, com suas lágrimas que simbolizavam não apenas a superação de um homem, mas a superação de um povo. Depois de décadas, o Brasil subiu ao pódio num Mundial de Natação. Pra ser melhor, o evento está sendo sediado na bela cidade de Roma.

Hoje, o ouro, veio das mãos do gigante menino César Cielo, que já havia nos dado essa felicidade nas Olímpiadas de Pequin, ano passado. Cielo superou novamente as previsões e expectativas, chegando ao topo do pódio e dando-nos o orgulho de ouvir de cantar e se emocionar junto com ele durante a execução do Hino Nacional.

Viva o esporte nacional. O Brasil vale ouro, mesmo em meio à toda falta de incentivo e patrocinio. Demonstrando que a garra do brasileiro supera qualquer dificuldade.


Recuperação de Felipe Massa:

Venho hoje registrar meu agradecimento à Deus, pela rápida e pronta recuperação de Felipe Massa. Como diz o ditado popular: "Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que acredita a nossa vã filosofia." Pra quem teve o acidente que ele sofreu, há menos de uma semana e está nas maravilhosas condições em que ele se encontra, só Deus, mesmo.
Quanto a escolha de Schumacher para substituí-lo, achei apropriada pela história do piloto na Ferrari e na Fórmula 1. Além disso, a disputa entre ele e Hamilton será um presente para as pessoas que assim como eu, curtem o esporte.
Só nos resta agora torcer pela volta de Felipe às pistas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

30 meses sem solução:

Ontem, quase tive uma síncope ao verificar minha folha de pagamento, na internet. Nela constava os meus proventos referentes ao próximo mês. Ali está contida a ineficiêoncia e o descaso com que se trata algo sagrado: o salário do trabalhador.
Há exatos 30 meses, tenho descontos em meu pagamento, que são relativos a todo o ano de 2006. Descontos estes que são indevidos e foram gerados pela pessoa responsável por digitar os meus vencimentos no sistema ligado à Secretaria da Fazenda.
Desde que esse problema começou, minha vida tem sido uma peregrinação sem fim. Com incontáveis idas à escola em que trabalhei na época, idas à Diretoria de Ensino, ao advogado do sindicato (que nada resolveu), ao DRHU (recursos humanos), à Ouvidoria (0nde fui atendida por uma funcioária extremamente mau educada) e, por último, à Secretaria da Fazenda, onde falei pessoalmente pelo diretor do pagamento, pessoa que recebe cerca de R$ 20 mil por mês, e que me responsabilizou pelos erros no pagamento (como se fosse essa a atribuição do cargo de professora).
Terei descontados no próximo mês R$ 585,00 - valor que em nada afetaria o diretor da Fazenda que me atendeu - mas, que a mim fará uma falta enorme, pois esse valor me ajudaria e muito a pagar a fatura do meu cartão de crédito, que tem sido estourada a cada mês, pois o que recebo já é uma mixaria (basta lembrar que em S. Paulo, um professor ganha menos que um coletor de lixo).
Enfim, esse desabafo serve para que o leitor perceba o descaso com que se trata as pessoas que formam a sociedade paulista. E tudo isso não é fruto do governo Serra, e sim do descompromisso de servidores que não honram com as atribuições que lhe foram confiadas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mito sobre os cariocas:

Tenho passado os últimos dias na cidade maravilhosa e hoje posto a fim de escrever sobre um mito que ouço muito as pessoas dizerem a respeito dos cariocas: que eles não gostam de trabalhar. Creio que essa idéia possa ter se formado devido à hospitalidade desse povo, e pelo fato de eles terem uma maior qualidade de vida, algo muito comum nas cidades litorâneas.
As pessoas que residem no Rio, na maioria dos casos que tenho presenciado, trabalham tanto quanto os paulistanos e enfrentam os mesmos desafios de viver e conviver numa metrópole. Isso inclui, naturalmente, a superlotação nos transportes públicos e as jornadas de trabalho estafantes. Nesses casos, o que os diferencia é o fato de terem as belas praias a disposição, porque o sufoco do transito é o mesmo, assim como o cansaço.

Esse tipo de mito, a meu ver, serve para de alguma forma diferenciar os brasileiros, de acordo com a região a que pertencem, servindo como uma espécie de identidade. Mas, infelizmente isso é feito de maneira negativa.

Para o paulista ressaltar suas qualidades de trabalhador, acaba denegrindo a imagem de pessoas que nasceram num outro estado, numa outra cidade. Pessoas que gostam ou não gostam de trabalhar, podem residir em qualquer parte do mundo, inclusive no Rio de Janeiro e em S. Paulo, mas, toda generalização é burra, pois ela ignora o fato de que cada ser humano é único, independentemente da sua origem.

domingo, 26 de julho de 2009

Felipe Massa do Brasil:

Ontem, durante o treino de classificação para o GP da Hungria, o nosso melhor piloto de fórmula 1 dos últimos tempos, Felipe Massa, sofreu grave acindente ao ser atingido por uma pequena peça que se desprendeu da suspensão do carro de Rubens Barrichello. Lance irônico do destino, pois Massa sucedeu Rubinho na Ferrari, mas ambos sempre foram amigos e se respeitaram nas pistas.
Os dois, vivem momentos opostos nas carreiras. Enquanto o acidentado só perdeu o campeonato do ano passado por 1 ponto, e hoje nem figura entre os que disputam o titulo desse ano, o segundo, faz parte da Brawn GP, equipe favorita a faturar o titulo da temporada. O acidente de ontem, além de triste fatalidade e lamentavel coincidencia, deixa o país triste, pois, depois da tragédia que vitimou Senna, Massa fez os brasileiros torcerem e vibrarem novamente pelo esporte.
Fica aqui os meus sinceros votos pela recuperação de Felipe Massa, de quem sou fã assumida e o desejo ardente para que Deus o salve desse triste episódio. Para que em breve possamos vibrar pelo nosso Felipe Massa do Brasil. Menino que na infância, se recusava a fazer lições na escola, afirmando à professora não ser preciso, pois o futuro lhe reservava um carro de fórmula 1, como de fato ocorreu.
Que Santa Rita de Cássia e São Cristóvão, intercedam por sua recuperação junto a Deus.

Amigos:

Na última semana, foi comemorada a semana do amigo, na qual, muito se falou a respeito desse sentimento, que a meu ver é o maior que existe. Amigos, são seres especiais que dividem conosco as emoções da vida, sejam elas boas ou ruins.
Certa vez, uma amiga me escreveu como mensagem que quando uma alegria é compartilhada, torna-se uma dupla alegria, mas, quando uma dor é dividida, torna-se meia dor. É isso mesmo, os amigos tem essa capacidade de reduzir o impacto das quedas.
Essas pessoas são enviadas por Deus às nossas vidas, pois tem a capacidade de compreender-nos e aceitar-nos, como somos. Quando uma amizade é verdadeira, ela supera as barreiras do tempo e todas as distâncias. Um bom amigo, não é aquele que vive grudado no outro, mas, aquele que no momento certo está lá.
A vida inteira, as pessoas objetivam estabelecer relações sinceras de afeto e respeito mútuo, e a amizade, é a relação mais forte que existe, pois resiste as intemperies da vida, mais do que muitos casamentos. A própria ciencia, tem dito que para uma relação conjugal durar muito tempo, é preciso haver amizade entre o casal. Isso tem um fundo de verdade, pois se tratarmos os nossos relacionamentos, da maneira como tratamos os nossos amigos, haverá um carinho muito grande na relação.
Acho que o grande problema, é encontrar o amigo sincero, pois, quando achado, este vale mais que o ouro. Isso é bíblico. O próprio Jesus escolheu viver entre amigos, pra exercer seu ministério. Ele poderia ter vivido um casamento, mas, não! Preferiu viver entre pessoas completamente diferentes, que se gostavam.
Como qualquer amizade, houve atritos. As desavenças, são normais mesmo entre seres humanos que se gostam. No entanto, Jesus respeitou a individualidade de cada um e soube dizer e estar presente nas horas certas.
Que essa semana, todos possam refletir sobre tais coisas e concluir que um grande amor, se constrói a partir de uma grande amizade. Jader e eu, que os digam...!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Festival de Inverno de Paranapiacaba:

Quem estiver curtindo o inverno paulistano, tem como opção de lazer, o Festival de Inverno de Paranapiacaba, em Santo André, que esse fim de semana, trás Vander Lee. Além dele, terá dança e teatro.
Para chegar em Paranapiacaba, basta pegar o trem que vai para Rio Grande da Serra e tomar um onibus.
Todas as atrações são gratuitas.

Imprudência nas estradas brasileiras:

Novamente, escrevo aqui a respeito da imprudência no trânsito do Brasil. Nesse exato momento, eu poderia estar lamentando desesperada por causa de uma tragédia que poderia ter vitimado grande parte da minha família, que seguia num veículo, partindo da capital paraibana, rumo à capital pernambucana, quando um caminhão tombou sobre o carro que vinha imediatamente atrás, na BR - 101, em Goiana - PE.
Isso é o retrato da imprudência, reflexo do descaso das autoridades, preocupadas apenas em lucrar com os impostos dos motoristas, mas que não fiscaliza, efetivamente, como deveria. Transitando pelas rodovias do país, ve-se o descaso nos buracos, na má-conservação dessas vias, que por vezes encontram-se mau sinalizadas. Não bastasse isso, há o excesso de carga, as horas sem fim, que os caminhoneiros são obrigados a trabalhar pra cumprir os fretes e assim por diante.
As pessoas, no geral, não tem consciencia do que representa um volante. Ele pode matar. Quando você não usa cinto de segurança no banco traseiro, por exemplo, significa que numa colisão, você pode até matar o condutor e o passageiro.
A imprudência, é o descaso personificado. É a desvalorização e o desrespeito pela vida de pessoas que são semelhantes a nós, que não conhecemos, mas, que podem cruzar nossos caminhos numa situação infeliz.
Vamos nos apegar a Deus, porque aqui no Brasil, nenhuma autoridade tem olhado por nós. Se preocupam apenas com as peripécias de Sarney. Salvem-se quem puder!

Matar ou Morrer - a história de Euclides da Cunha:

Esta semana, li o livro de Luiza N. Eluf, Matar ou Morrer. Tive a oportunidade de receber tal obra, das mãos da própria autora, num evento sobre os 100 anos de morte de Euclides da Cunha, realizado no CIEE em São Paulo, no mês de abril do corrente ano.
Na ocasião, fiquei encantada com a atitude da autora, que diante de 300 pessoas, questionou os critérios da imortalidade na ABL. Pois bem, Luiza, de maneira brilhante, chamou a atenção de todos com relação ao papel da mulher na sociedade e discorreu de maneira leve e inteligente, sobre o espaço que esta ocupa no século XXI, ressaltando as dificuldades, ampliando essa situação para o caso Euclides da Cunha, ocorrido em 1909.
Pra quem não sabe o que se passou, é preciso esclarecer: Euclides da Cunha, foi um brilhante intelectual na transição entre os séculos XIX e XX, que também foi militar e engenheiro, além de historiador e jornalista. Ele cobriu a Guerra de Canudos (ocorrida no sertão baiano, liderada pelo beato Antônio Conselheiro), para um dos principais jornais da época, que hoje é conhecido como O Estado de S. Paulo. Da experiência, foi escrita sua obra prima, o livro Os Sertões. Reconhecido por seu brilhantismo em sua própria época, Euclides teve morte precoce e comovente, em 1909, tendo sido assassinado por Dilermando de Assis, amante de sua esposa Anna.
A autora de Matar ou morrer, conta em livro envolvente, toda a historia desse triangulo amoroso, argumentando a cerca dos motivos que levaram à tragédia. Esses motivos, nos são familiares: possessividade, egoísmo, amor a si mesmo. Euclides da Cunha foi protagonista de um crime passional. Seu perfil, retrata um homem que nunca se preocupou verdadeiramente com a família, mas, que queria manter as aparencias a todo o custo.
Sua trajetória mostra a ausência e a falta de zelo para com a mulher e os filhos. Euclides passava meses fora de casa, sem mandar notícias. No regresso, tratava os seus com grosserias e maus tratos. Tudo isso, serviu para que Anna, sua esposa, cada vez mais se desapegasse do marido e abrisse seu coração para o jovem Dilermando de Assis, que conhecera no Rio de Janeiro em 1906 e que a tratava com doçura e carinho. Nem a diferença de idade foi capaz de impossibilitar o amor e a paixão que nasceu entre os dois.
A narrativa, além de detalhada (envolve os acontecimentos históricos e o perfil psicológico dos envolvidos), trás conceitos do direito e propõe uma importante reflexão sobre os crimes passionais e a legítima defesa.
Em suma, é uma leitura muito interessante e agradável que retrata um fato que chocou a opinião pública no Brasil, mas que ainda hoje é muito discutido por diversos profissionais, que refletem sobre os motivos que levam uma pessoa a matar (ou morrer) por amor. Que amor?

Concurso do MEC, fala sério!!!

Ontem vi uma reportagem que me deixou estarrecida, em plenas férias da escola: o governo federal abriu vagas para um concurso no Ministério da Educação. Até aí, nada demais. As vagas oferecidas são para o cargo de auxiliar administrativo.
O que me chamou a atenção foi o salário oferecido: cerca de mil e novecentos reais, para um candidato que precisa ter apenas o nível médio. Ou seja, os alunos ganham mais que os professores.
Enquanto um professor paulista iniciante, recebe em média mil reais, após ter cursado universidade, um aluno recém-saído do Ensino Médio, pode ganhar o dobro de seus antigos mestres. Escrevo isso nao por despeito, mas, por entender que aí está o retrato da desvalorização do magistério.
Não quero dizer que o assistente administrativo seja desnecessário. Quero apenas fazer com que o leitor reflita a cerca do quão mal é pago o profissional que forma a sociedade, e, consequentemente, todos os demais. O professor é a porta de entrada para as demais profissões, pois não importa se médico, advogado ou engenheiro, todos devem passar sem exceção, pelos bancos escolares.
Além disso, com a metade do salário de um assistente administrativo, o professor, lida em seu cotidiano com toda a sorte de trabalhos, tendo inúmeras tarefas a cumprir: tomar conta de 50 alunos diferentes a cada 50 minutos, escrever, falar, organizar, preencher documentos e assim por diante, não bastasse isso, é hostilizado, enfrenta situações de violência entre outras coisas.
Em outras palavras, tem sido muito mais rentoso trabalhar na burocracia, do que educar. A desvalorização da educação é fato.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dicas de férias:

Pra quem está de férias na capital paulista, tenho algumas dicas ótimas. Primeiro, uma volta na zona central, onde tem várias exposições legais. Na BOVESPA, uma exposição tá mostrando as obras do holandês Franz Post, que retrata o Brasil de Mauricio de Nassau.
Ali nas proximidades, o Centro Cultural Banco do Brasil, tá havendo uma programação especial de férias, com atividades maravilhosas e gratuitas. Por último, a Caixa Cultural, trás várias exposições de arte, que incluem desenho, fotografia e pinturas, que valem a pena conferir.
Pra encerrar, devo dizer que as exposições da Pinacoteca e do Museu da Língua, estão imperdíveis. Em todas essas atrações, está sendo comemorado o Ano da França no Brasil, oportunidade única, de se ter contato com a cultura daquele país.
Boas férias.

Máscaras:

É impressionante a capacidade de determinadas pessoas para esconder suas reais intenções, o que pensam, o que sentem, o que querem, e assim por diante. Escondem-se atrás de instituições, credo, posição política, fazendo discursos que nada tem a ver com a sua verdade. Verdadeiros lobos em pele de cordeiro.
Falam da indignação que sentem frente à determinadas situações, mas, é tudo fingimento. Pura enganação. Na verdade, querem apenas o poder, para agir igualzinho a todos os tiranos desse mundo.
Não sabem esses tolos, que determinadas verdades são difíceis de esconder. Elas são ditas nas entrelinhas e quase sempre, se percebe a máscara que está sendo usada. Toda a dissimulação usada em sociedade não passa em brancas nuvens por muito tempo e normalmente volta a quem a emitiu, em sinal de desprezo, de descrença e de indiferença.
Escrevo isso, em nome de uma grande indignação que vivo, mas, na certeza de que ao final, a justiça será feita, ou pela via coerente da razão, ou pela resposta nas urnas. E ela não tardará. Quanto aos mascarados, serão despidos e punidos com a vergonha duradoura. É só.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Viva o Rei!!!






No último sábado (11), o Brasil pode comemorar os cinquenta anos de reinado de Roberto Carlos, o maior cantor romântico do país, que embala os corações a décadas, com letras que tocam profundamente a alma das pessoas. Seja interpretando as próprias canções ou na voz de outros artistas, o fato é que inegavelmente, sua música atinge a todos, fazendo parte da história da vida de muitas pessoas.
Particularmente, adoro as canções do rei, na interpretação dele mesmo. Há muitas canções que tocam o meu coração, porque a memória afetiva que as envolvem me transportam pra várias fases da minha vida. Como muitos, eu cresci escutando as canções do rei. Lembro que todo final de ano, minha tia de Recife comprava o disco mais recente pra nós o escutarmos no Natal.
Fico na dúvida, pra responder qual a música mais bonit, porque elas me levam a tantas emoções, são tantos detalhes, que só mesmo Jesus Cristo, pra me ajudar a dar um palpite.
A celebração desses 50 anos de carreira, remontam a uma época áurea da música brasileira, repleta de movimentos, onde a criatividade dos artistas, suplantava as barreiras políticas e ideológicas e se posicionava contra ou a favor.
Nos livros de historiografia da música brasileira, fala-se muito sobre a característica alienante da música de Roberto Carlos, devido a origem da sua carreira ter se dado em meio à Jovem Guarda, porém, justiça seja feita, essa não é verdadeiramente a origem da carreira do cantor. Ele transitou até mesmo entre os bossa novistas, frequentando os encontros dessa turma, na zona sul carioca, ao lado de Carlos Imperial.
Depois, Roberto aproximou-se do rock e comunicou suas canções através desse ritmo nascente, mas, no fim das contas, criou um estilo próprio capaz de adaptar-se a qualquer tipo de som: do axé ao reggae. O que marcou mesmo a carreira e deu inicio a seu reinado, foram as jovens tardes de domingo.
A Jovem Guarda, de fato, era um movimento que se adequava ao período e ía de encontro aos anseios dos militares, a medida que não questionava a política, em canções simples capazes de satisfazer os ouvidos das massas, despreocupadas em refletirem sobre o regime militar. Porém, esse contexto é muito mais amplo, pois ele envolve toda a cultura de uma época. Se a Jovem Guarda teve público, isso se deve ao fato de haver pouca escolaridade naquele período, além disso, ela surge em meio à criação da industria cultural no Brasil, que transformava cantores em produtos, mas isso, ocorreu também com a bossa nova.
O que diferencia o rei dos outros companheiros, do programa da Record, foi a sua capacidade de ultrapassar as barreiras do tempo e assim, poder demonstrar uma doce personalidade, capaz de se compadecer com as dores de seus colegas tropicalistas, Caetano e Gil, que puderam recebê-lo em pleno exílio, na capital da Itália. Esse aliás, é um aspecto marcante da personalidade de Roberto Carlos: a doçura e a paciência. Até mesmo Elis Regina o perdoou por sua suposta ligação ao militarismo, que no fim das contas, sabe-se que é um mito.
Por fim, sua música é sempre atual e nos revela a beleza do amor, da vida, de Deus, da amizade, de tudo. Até o calhanbeque fica chique, quando interpretado pelo rei. E o melhor de tudo, é que ele não se contamia pela vaidade e nessa simplicidade que é tipicamente dele, ele ganha cada vez mais súditos, sendo um monarca com a cara do Brasil.
Obrigada pelas canções feitas e cantadas pra nós, que seu reinado dure muitos e muitos anos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Síndrome do pequeno poder:

Hoje gostaria de comentar esse conceito, que formulei já a algum tempo. É impressionante, mas, para conhecer a personalidade de determinadas pessoas, basta dar-lhes algum poder. Nesse momento, as conheceremos de verdade, sem máscaras.
Isso é válido, para pessoas de todas as classes sociais, mas, é entre os menos abastados, que essa síndrome mais ataca. Há pessoas que usam do pouco que tem para humilhar os outros, fazendo uso do pequeno poder, que se revela em cargos e posições (irrelevantes para a maioria das pessoas).
Essas pessoas ignoram o fato de sermos iguais perante o Criador de todas as coisas, embora tenhamos posições hierárquicas diferenciadas, cuja função é tão somente equilibrar o universo. Sendo assim, o executivo é tão importante quanto o faxineiro da empresa, nunca o primeiro terá mais valor que o segundo, pois ambos, estão envolvidos numa espécie de teia, onde cada um pertence a uma parte, mas, ambos pertencem ao conjunto.
No entanto, muitas pessoas insistem em empinar o nariz e se sentir superior, por ocupar uma função de destaque. Sentem-se como se fossem a última bolacha do pacote, postam-se num andor, inconscientes do papel ridiculo que encenam.
Vejo cotidianamente essa postura, nas escolas da vida. Muitos gestores, agem como se fossem deuses, tendo um comportamento acima do humano, querem ser adorados, inclusive. Não percebem que são apenas uma estatística a favor do governo. Não são tão necessários como pensam. Podendo ser substituídos ou afastados, sem causar dano a quem quer que seja.
Por outro lado, conheço pessoas maravilhosas, que de fato ocupam cargos relevantes para a sociedade e que até poderiam exigir uma certa reverência, mas não o fazem, por entenderem o quão efêmeras são essas coisas, e que elas não podem interferir no modo de ser, pois há outras coisas mais importantes, para serem valorizadas.
Enfim, essas palavras servem para que as pessoas reflitam sobre a sua ação no meio em que vivem, e para que pensem na posição que ocupam na sociedade, como uma consequência de seu empenho pessoal, o que não lhe dá o direito de destratar os semelhantes, porque apesar das profissões, enquanto pessoa humana, somos todos iguais e temos, portanto, as mesmas necessidades. Pensem nisso.

sábado, 4 de julho de 2009

Polêmica na morte de Michael Jackson:

Há pouco mais de uma semana, faleceu o rei do pop e as polêmicas não páram. É impressionante como basta morrer para um individuo tornar-se bom, maravilhoso, querido e amado. Por ocasião de sua morte, vieram à tona, milhares de informações que revelam a generosidade e atos impensados do grande ídolo das massas.
O tempo todo, surgem debates e mais debates de especialistas, que analisam os traços de sua personalidade e explicam a destruição de sua auto-estima por causa de um pai tirânico e oportunista, capaz de explorar o trabalho dos filhos, roubando-lhes a infância.
Aos poucos, a mídia noticia o desenrolar dos acontecimentos em torno dessa morte, tão surpreendente, ocorrida às vesperas da turnê de despedida do cantor, em sua residência em Los Ângeles, nos Estados Unidos. Certos detalhes, como a destinação da herança, por exemplo, mereceram destaque por dias, bem como com quem ficaria a guarda de seus filhos.
Outra coisa que tem intrigado a todos é o fato de não terem sido divulgados os laudos que esclarecem a morte, e pra nós brasileiros, o fato de demorar tanto tempo pra ocorrer o enterro. Lá nos Estados Unidos, os velórios são extremamente demorados, o que nos assombra, pois dá a idéia de prolongar o sofrimento da despedida eterna que é a morte. Também causa estranheza o fato de o corpo do cantor estar em local desconhecido, fato que pode evocar ao velho mito do não morreu. Por último, a frieza de John Jackson ao lidar com a partida do filho é algo que enoja, pois, o infeliz aproveitou o ensejo pra lançar um novo selo de gravadora.
Toda a trajetória de Michael Jackson reflete a gigante máquina da indústria fonográfica, capaz de faturar milhões com a vendagem de discos e com shows que rodaram o planeta, no auge do sucesso, vindo a conhecer os dissabores e as injustiças do show bussines. Michael foi a expressão e personificou o showman, o popstar, sendo moldado pelos produtores que o cercavam, a fim de render milhões através de sua imagem.
Sua excentricidade, permaneceu incompreendida, levando as massas a mal interpretá-lo. Infelizmente, só após a sua morte, foi possível entendermos as razões que o levaram a embranquecer, a ter cabelo liso e a conviver com crianças. Muitos de nós, jamais imaginou que de fato, ele era portador de vitiligo, uma doença que prejudicou profundamente a sua pele, levando-o a clarear a pele. Os cabelos, eram peruca, porque o couro cabeludo fora queimado durante as gravações de um comercial de tv, há 25 anos atrás.
Enfim, toda a tristeza e solidão da vida de um homem que não teve infância, que foi explorado desde que se entendeu por gente, até o momento de sua morte, graças à profissionais de saúde, que visavam dinheiro, ao invés de preservar uma saúde já tão frágil, teve um desfecho digno, naquela belíssima cerimônia, no ginásio de Losangeles, na semana passada.
A fala da pequena Paris, resumiu tudo o que deveríamos saber a respeito de Jackson desde o inicio: "ele foi o melhor pai que se pode imaginar." Isso é suficiente, para que se entenda que somente o amor é capaz de superar todas as imensas dificuldades.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Aumento nos transportes e a vergonha nacional:

Hoje, 1º de julho de 2009, entra em vigor as novas tarifas de ônibus interestaduais e os pedágios que são cobrados em muitas rodovias brasileiras. Os reajustes, são em média de 7%. Toda a imprensa notícia isso. Nesse momento, eu penso: há quanto tempo o funcionalismo público não tem aumento de 7%, por exemplo? Quando temos 7% de desconto em nosso impostos? E a redução de 7% de alunos em sala de aula? Nunca.
Novamente, devo dizer dos custos que envolvem ter e manter um veículo no Brasil: a maior taxa tributária (sobre cada peça do carro), combustível em preços altíssimos, mesmo com a redução do valor dos barris de petróleo e o uso de álcool na gasolina comum. Enquanto isso, o governo favorece as empresas de automóvel, com incentivo fiscal e empréstimos milhonários.
Esse aumento, demonstra a falta de compromisso do governo com a população, pois, não se dispõe em momento nenhum a facilitar a vida do contribuinte, adiando tais aumentos, por exemplo. Os empresários que administram as estradas não podem ter prejuízo, enquanto a maioria da população pode e deve pagar pela irresponsabilidade da crise econômica, gerada por um capitalismo selvagem e egoísta.
Enquanto isso, os funcionários públicos tem seu aumento estagnado, arrochado, suprimido. Os funcionários do setor privado, tem seus salários reduzidos e sua vida financeira posta em dificuldades cada vez maiores.
Como eu gostaria que as pessoas percebessem tais coisas e tomassem uma atitude, do tipo: hoje não vamos viajar, pra não pagar pedágios e colaborar com esses empresários que só pensam em si mesmos.
É interessante perceber, como a mídia colabora com esse processo. Há dias, tem sido veiculados na imprensa reportagens que mostram as maravilhas de estradas pedagiadas. Mostrou-se a redução de gastos com a manutenção de veiculos e outras facilidades, como menos despesas com manutenção. Ótimo, mas e o DNIT, serve pra quê?
Eu não me importaria de pagar pedágio, se tivesse o meu IPVA reduzido.... Antes que me perguntem: eu acredito em Papai Noel!

Arrogância Intelectual:

Ontem, fui a um evento numa faculdade pública daqui de S. Paulo, e pude ver como certas pessoas tem a capacidade (e a necessidade) de se auto-afirmar, de se colocar num pedestal, para ser admirado e até mesmo invejado por todos.
No referido evento, em que estava sendo lançado um livro, em meio a um debate sobre a temática, um dos debatedores teve a audácia de descaracterizar a obra, frente a autora, objetivando ressaltar suas qualidades intelectuais. Com um discurso cansativo e uma fala sempre extremamente técnica, o palestrante mostrou como pode ser irritante a arrogância intelectual de pessoas mal resolvidas, carentes de atenção, elogios e aplausos.
Esse tipo de pessoa, não percebe que sua importância acontece porque existem as outras pessoas. O que seria do artista sem público? O que seria do autor sem o leitor?
É desagradável dividir nem que seja alguns instantes com essa gente que se acha a última bolacha do pacote. São cansativos. Dão sono. Dão vontade de ser o contrário. O avesso do avesso, só pra não sermos confundidos nem de longe com tais figuras.
Humildade e generosidade, caem bem em qualquer situação. E o melhor: nunca caem de moda!