quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A respeito da DITABRANDA:

Nessa semana, em que um bebê torturado há 40 anos se suicidou. É absurdo e insano ver pessoas dizerem que o que houve no Brasil entre 1964 e 1985 (período em que militares ocuparam o poder) foi uma ditabranda. 
Evidentemente essas pessoas não tiveram parentes desaparecidos, nem torturados, muito menos abusados pelo simples fato de pensarem em meio a uma sociedade que não o fazia, apenas aceirava a imposição das coisas, sem questionar.
Mas, também não podem ser sérias pessoas que acham que a força é melhor que o dialogo. Não podem ser sérias pessoas que nada fazem para ver o país, a cidade e o bairro melhorar. Pessoas que trabalham exaustivamente e na segurança de sua mediocridade se acham no direito de dizer que nem foi tanto sofrimento assim.
Só quem viveu a dor de ter seus filhos mortos pelo sistema, sabe. Só quem enfrentou o DOI-CODI, sabe. 
É bem verdade que em países como Argentina e Chile a coisa foi muito pior, mas, basta uma visita ao Memorial da Resistencia em S. Paulo pra se ter certeza da intensidade dos anos de chumbo, pois aquele lugar em si dói na alma.
Continua...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Renúncia de Bento XVI:,



Hoje, pela manhã, fui surpreendida com uma notícia extraordinária: a renúncia do papa. Bento XVI, sucessor de João Paulo II (beato), deixará seu posto de bispo de Roma em 28 de fevereiro, às 20 horas.
Mas, o que há de tão surpreendente nisso?
A meu ver, o fato de que Bento XVI sempre sonhou em ocupar o cargo maior da Igreja Católica. Desde novo, ele sempre buscou o poder, até que conseguiu, para oito anos depois deixar o cargo. 
Na verdade, o papa sempre foi surpreendente, pois seu passado de cardeal apontava para um homem altamente conservador. Contudo, desde sua chegada ao papado, Bento se mostrou aberto ao dialogo, simpático e sobretudo muito acessível aos fieis. 
Foi um papa da paz. Um papa que soube conversar com governos e religiões,  pedindo desculpas ao dizer: "Sim, a Igreja erra, não somos donos da verdade." Foi um homem muito digno desde o inicio do seu governo, até hoje, quando anunciou sua saída de cabeça erguida, sem maiores rodeios e com uma convicção capaz de abalar a todos.
Este homem, me amedrontou na sua chegada, pois confesso ter pensado que ele fecharia as portas da Igreja   em nome do conservadorismo, mas não! Ele soube estar no meio de todos com seus sorriso, com suas saudações. 
Em sua passagem por São Paulo em maio de 2007, pude vê-lo na missa de Canonização de Frei Galvão e ele acenou para mim. Naquele instante, senti que naquele ancião estava um poder invisível  mágico, encantador. O papa trás em si a pessoa de Cristo, pois pela tradição ele dá continuidade à Igreja instituída na pessoa de Pedro. 
Aparentemente, ele era um senhor comum, mas tinha uma aura diferente e mesmo assim, em meio a um milhão e meio de pessoas, ele não se sentia mais importante do que nós. Ao contrário, acenava e nos olhava com aquele olhar de sou igual a vocês. 
Vendo as declarações dos representantes do judaísmo, sobre sua tristeza em ver chegar ao final o pontificado do papa que mais dialogou com essa religião, me orgulho da fé e da coragem desse homem que precisou ser tão grande pra se perceber tão pequeno e frágil como eu ou qualquer um de nós.
Deus te proteja, Joseph Ratinger!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cinquenta tons mais escuros - nova visão a respeito de Cristian Grey

No segundo livro da trilogia do Cinquenta Tons, a história fica mais romântica, com menos agressividade, digamos assim, o protagonista da história se arrepende de seus atos e vai em busca do amor e não simplesmente de sexo. A história fica mais encantadora e permanece surreal sobretudo no tocante ao aspecto financeiro.

É muito dinheiro gasto de maneira irreal para a nossa realidade brasileira, quiçá mundial em tempos de crise. Tudo para o bem da trama, evidentemente.

Ao longo das páginas vai se explicando os motivos que levaram o jovem Cristian a perversão. Contudo, muitas coisas permanecem nebulosas.

Vejamos o que os tons de liberdade tem a nos dizer. Permaneço achando muito ruim a submissão feminina, mesmo que em nome do prazer.