segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Renúncia de Bento XVI:,



Hoje, pela manhã, fui surpreendida com uma notícia extraordinária: a renúncia do papa. Bento XVI, sucessor de João Paulo II (beato), deixará seu posto de bispo de Roma em 28 de fevereiro, às 20 horas.
Mas, o que há de tão surpreendente nisso?
A meu ver, o fato de que Bento XVI sempre sonhou em ocupar o cargo maior da Igreja Católica. Desde novo, ele sempre buscou o poder, até que conseguiu, para oito anos depois deixar o cargo. 
Na verdade, o papa sempre foi surpreendente, pois seu passado de cardeal apontava para um homem altamente conservador. Contudo, desde sua chegada ao papado, Bento se mostrou aberto ao dialogo, simpático e sobretudo muito acessível aos fieis. 
Foi um papa da paz. Um papa que soube conversar com governos e religiões,  pedindo desculpas ao dizer: "Sim, a Igreja erra, não somos donos da verdade." Foi um homem muito digno desde o inicio do seu governo, até hoje, quando anunciou sua saída de cabeça erguida, sem maiores rodeios e com uma convicção capaz de abalar a todos.
Este homem, me amedrontou na sua chegada, pois confesso ter pensado que ele fecharia as portas da Igreja   em nome do conservadorismo, mas não! Ele soube estar no meio de todos com seus sorriso, com suas saudações. 
Em sua passagem por São Paulo em maio de 2007, pude vê-lo na missa de Canonização de Frei Galvão e ele acenou para mim. Naquele instante, senti que naquele ancião estava um poder invisível  mágico, encantador. O papa trás em si a pessoa de Cristo, pois pela tradição ele dá continuidade à Igreja instituída na pessoa de Pedro. 
Aparentemente, ele era um senhor comum, mas tinha uma aura diferente e mesmo assim, em meio a um milhão e meio de pessoas, ele não se sentia mais importante do que nós. Ao contrário, acenava e nos olhava com aquele olhar de sou igual a vocês. 
Vendo as declarações dos representantes do judaísmo, sobre sua tristeza em ver chegar ao final o pontificado do papa que mais dialogou com essa religião, me orgulho da fé e da coragem desse homem que precisou ser tão grande pra se perceber tão pequeno e frágil como eu ou qualquer um de nós.
Deus te proteja, Joseph Ratinger!

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