quinta-feira, 30 de abril de 2009

Lições aprendidas no Zôo S. Paulo:

Recentemente (há quinze dias atrás), em 16 de abril, estive com os meus alunos em uma grande aventura: a visita ao Jardim Zoológico. O passeio tem aquele sabor de infância, mesmo quando a gente cresce.
Ver aqueles bichos, sentir aqueles cheiros é uma experiência única, que eleva a vida da gente. Tivemos a sorte de visitar o Zoo num dia muito especial, em que a natureza tinha clima de romance no ar.
Foi lindo! Vimos a girafa, os ursinhos e os pássaros namorando.

Nesse momento, pudemos refletir sobre a grandeza da vida que se multiplica mesmo em meio a um ambiente como aquele, em que as vidas nos servem de vitrine. Fiquei com alguns alunos vendo o cortejo de um casal de ursos, que mesmo em meio ao clima confuso de S. Paulo, se namoravam pra garantir a preservação da sua vida.

Pudemos observar de perto, animais em extinção e ver, a capacidade que o homem tem de destruir para construir. De acabar com ecossistemas, matar bichos, derrubar árvores, para implantar seu conforto. Não vê com isso, que se auto-destrói.

Estamos acompanhando nessa semana o desenrolar da gripe suína (ou mexicana) e não nos damos conta de que ela é fruto, naturalmente, do nosso despreparo em lidar com os recursos naturais que Deus nos dá. Tiramos as florestas, para em seu local por cabeças e cabeças de gado, num momento em que o mundo começa a virar vegetariano. Plantamos hectares e hectares de uma soja que pouco consumimos, e para isso, assoriamos rios, afugentamos animais. Com isso, retiramos toda a nossa defesa ambiental e passamos a sofrer com enchentes, secas e veranicos.

Enfim, esses bichos nos dão uma lição e tanto, nos mostram que é possível, mesmo em meio às adversidades de um ambiente não apropriado, lutar por um mundo que ainda pode valer a pena de se viver. Para isso, só depende de nós.

Dia do Trabalho: reflexão importante!

Amanhã será feriado no mundo inteiro. Milhões de pessoas acordarão mais tarde. Muitas aproveitarão para rever amigos, familiares e amores. Outras, quebrarão a rotina viajando, curtindo uma cerveja e assim por diante.

Vai ser maravilhoso não ter que ir pra escola, pra faculdade, pro trabalho. Caramba! Mas é esse mesmo o motivo de tanta festa! O Dia do Trabalho.

Pra quem não sabe, a data pe comemorada todos os anos em referência ao dia 1º de maio de 1886, quando milhares de trabalhadores estado-unidenses foram massacrados em Chicago, por deflagrarem uma greve contra patrões opressores, que os castigavam com baixos salários e pesadas jornadas de trabalho. A luta, queria entre outras coisas, obter uma jornada de trabalho de 8 horas diárias ou 40 horas semanais.

Hoje, a situação de opressão continua. Ela assume outras formas, mas, não deixa de existir.

Somos massacrados por baixíssimos salários, pelos altos indices de desemprego - que levam as pessoas ao subemprego - pelo assédio moral, e por que não? Por jornadas estafantes de trabalho. Além disso, quem vive nas grandes cidades, convive com as conduções sempre lotadas, ou ao trânsito caótico, o que já expõe os trabalhadores ao cansaço prévio.

Na profissão que exerço, em particular, somos massacrados pela superlotação das salas de aulas, que nos deixa como Daniel na cova dos leões. Quase 50 alunos. Motivo que nos leva a desenvolver doenças da voz, estresse, depressão, etc. A sociedade nos acusa, mas não conhece a nossa verdade. Somos expostos à violência, ao desrespeito, à falta de estrutura pra trabalhar, etc.

Tenho um amigo e colega de profissão, deficiente físico, que é obrigado a trabalhar num local que não está adaptado à suas necessidades e mais: num ambiente em reforma, o que dificulta ainda mais sua locomoção. Conheço tantos outros, que em seu cotidiano enfrentam alunos que se drogam dentro do recinto escolar, e nesse ponto, há uma omissão geral.

Quando os professores vão a luta e saem da sua escola, não o fazem por baderna ou vandalismo. Ninguém gosta de marchar numa avenida, gritando palavras de ordem. Quando as pessoas tomam tal atitude, o fazem por necessidade. Caso ao contrário, estariam em seu trabalho ou em sua casa. Quando milhares pessoas repetem o mesmo gesto, é sinal de que algo está errado. Os 60 mil professores de S. Paulo, que pararam de trabalhar por 21 dias em junho de 2008, o fizeram para defender o emprego de 120 mil pessoas, que seriam colocados na rua após trabalharem por décadas nas salas de aula.

Enfim, essa data requer uma reflexão em torno de tudo o que temos de bom no nosso trabalho e do muito que temos a melhorar nele. Posso citar aqui, que estou muito feliz no meu atual ambiente de trabalho. Sou rodeada por colegas da melhor qualidade e tenho muitos bons e maus alunos. Mas, quero o melhor, sempre.

Não posso me acomodar em torno das coisas boas que tenho e fechar os olhos para as dificuldades dos meus colegas. Por isso, luto. Cada vez mais, batalho para a melhoria da minha categoria.

Diante de tudo o que foi exposto: FELIZ DIA DO TRABALHO!!!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dia da Educação:

Hoje, 28 de abril, é o Dia da Educação. Data que passou desapercebida na maioria das escolas que conheço. Também pudera! Poucos são os motivos para comemorar.

Temos, uma Educação em crise. Mas, uma crise, que não é do âmbito financeiro. Uma crise de valores. Uma crise de identidade. Uma crise de atitudes.

A Educação há muito deixou de ser formação na vida das pessoas, com a função de prepará-las para a sobrevivência no meio social, para tornar-se um mercado lucrativo, seja no setor privado, ou no setor público.

Vivenciamos dias em que as pessoas se reportam muito ao tema, usando entre seus argumentos, sobretudo, a palavra gestão. Fala-se muito em como gerir os recursos, minimizar custos e mesmo assim, maximizar benefícios.

A palavra meta, também tem sido muito utilizada, bem como a palavra empresa. Esquecem-se do principal: escola, alunos e professores, que cada vez mais, reproduzem as mazelas de uma sociedade que agoniza em meio à uma crise moral, de valores, etc.

A violência que está nas ruas, também se reproduz nas salas de aulas. A relação entre mestres e aprendizes, já chega ao horror do ringue, muitas vezes, ao ir lecionar, o professor sente-se adentrando a um imenso coliseu.

Não é apenas o salário, que está minímo, mas, o respeito, a valorização, a moral e assim por diante. A Educação mingua e as pessoas fingem não perceber esse fato.

Portanto, esse é o dia para que reflitamos sobre nossas práticas e omissões, conscientes de que um povo só é capaz de ser dono da própria história, quando se faz dono dela, através da Educação.

A estrada...

Hoje, enquanto eu transitava pelas ruas de Poá, na grande São Paulo, ouvia no carro a música A Estrada, cantada pelo Cidade Negra. Nesse momento, eu refletia sobre sua letra, que dá asas, para a gente pensar sobre uma série de coisas.
Na primeira estrofe da letra, tem uma grande verdade: Você não sabe o quanto eu caminhei, pra chegar até aqui. Quando a gente vê uma pessoa, enxerga nela o produto pronto do seu esforço, mas, raramente vê o que o gerou.
É muito fácil, ver o que a pessoa tem: seu carro, sua casa, seu emprego, sua família. Difícil é saber os caminhos trilhados pra se chegar a tal ponto de chegada. Os incansáveis esforços.
No ramo profissional, por exemplo, o cargo é visível. Porém, por vezes se esquece do que foi feito pra chegar até ali: o curso universitário, os cursos de formação complementar, o processo seletivo, os finais de semana de estudo e assim por diante.
Para trilhar as estradas da vida, é preciso seguir pelo caminho, tortuoso, muitas vezes. Ninguém é ou tem o produto pronto de nada. Para se ganhar status, fama, ou obter sucesso, em qualquer ramo, é preciso muita dedicação, empenho. Nada cai do céu.
No mundo real, as pessoas (na maioria das vezes), ralam para possuir o que têm. Até porque, pra ter uma coisa sólida, é preciso base. Aquele ditado que diz que tudo o que vem fácil, vai fácil, já demonstra, que as coisas que não são conquistadas, também não são duradouras.
Portanto, da próxima vez que ver meus amigos, vou me orgulhar ainda mais deles, pois saberei que o que eles conquistaram, o fizeram por mérito.

sábado, 25 de abril de 2009

A volta por cima de Benedito:

Um dos maiores autores da teledramaturgia brasileira, chama-se Benedito Rui Barbosa. Assim como Manoel Carlos é um mestre em retratar a vida cotidiana da classe média carioca, Benedito é mestre em retratar a alma do homem do campo.
Seu trabalho sempre se pautou nas coisas simples da vida, mas que são essenciais: o amor, o respeito, a família, a cordialidade e assim por diante. Suas novelas, de um jeito bem direto, transmitem mensagens que vão ao nosso coração, por revelarem um outro Brasil: o maior deles - o rural. Suas tramas, transcorrem embaladas por temas superticiosos, como o diabinho na garrafa, o cramunhão, mostrando as crendices dos caboclos.
Nós que vivemos nas grandes cidades brasileiras, nos esquecemos dessa realidade. A maior parte do Brasil vive no interior. O que significa dizer, que esses compatriotas tem um contato maior com a terra, ao contrário de nós, que em meio ao trânsito, às quatro paredes de nossas salas ou escritórios, nos esquecemos dessa realidade.
As novelas de Benedito Rui Barbosa tem uma particularidade. Ao mesmo tempo que revelam uma quase ingenuidade do homem do campo, refletem e revelam as grandes deficiências (e desigualdades) da nossa sociedade. Sempre de maneira sutil, mas, comunicando em profundidade, temas de interesse geral.
Há alguns anos, Benedito sofreu com um afastamento forçado da novela Esperança, época em que Walcir Carrasco (se não me engano), teve de aa brilhante ssumir e finalizar a trama. Na ocasião, a imprensa o acusava, o criticava injustamente, dizendo que o autor perdera o controle de sua obra - que realmente, não era das suas melhores produções - fazendo injustiça, no entanto, a toda a sua grandiosa obra, da qual, eu posso citar: Renascer, Rei do Gado e Pantanal. Essas três, grandes fenomenos de audiencia, sucesso de critica e entre os telespectadores.
Como quem sai aos seus não degenera, Benedito passa todo o seu conhecimento às filhas Edilene e Edmara Barbosa, que não tem decepcionado. Elas lhe renderam a redenção, ajudando-o no sucesso de seus remakes: Cabocla (2004), Sinhá Moça (2006) e na recente novela das seis, que está em exibição - Paraíso.
Esta última, é muito agradável de assistir. Tem um texto excelente e um grande elenco. Fico maravilhada com a interpretação da novata Natália Dill, que tem me surpreendido na pele da Santinha, além é claro, da Cássia Kiss que dá um show. Eriberto Leão também é outra fera que reafirma seu valor. Enfim, dá pra escrever a respeito de cada um.
Por ora, findo esse artigo, feliz por ver que Benedito calou a boca dos críticos, provando que quem é rei, nunca perde a magestade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nossos ídolos ainda são os mesmos:

Amo a música "Como nossos pais", de Belchior. Ainda mais na interpretação de Elis. Ela me leva a meditar sobre várias coisas, sobre as quais devo escrever mais adiante. Por ora, devo me concentrar no trecho da música que diz que nossos ídolos ainda são os mesmos.
Continuamos amando Roberto Carlos, Tarcíso e Glória, Tony Ramos, Antônio Fagundes e assim por diante. Porque tais pessoas fazem parte da vida da gente, de tal forma, como se a conhecêssemos pessoalmente. Elas marcam cada pedacinho importante de nossas vidas, com sua arte, com sua obra, que toca lá dentro.
Todos os artistas referidos, e tantos outros, fazem parte de algum (ou alguns) momento(s) importante(s) da(s) nossa(s) vida(s). Se pegarmos cada um, temos infindáveis momentos agradáveis para recordar, de que de uma maneira ou de outra, eles participaram, trazendo além da presença, algum significado. Contextualizam na vida cotidiana, como figuraram tantos elementos na História da Humanidade. E o melhor: contextualizam na nossa própria história!
Roberto Carlos, é rei. Essa é uma verdade, aprendida por nós desde a mais tenra idade. Foi assim comigo, creio que tenha sido da mesma forma na vida de milhares de brasileiros. Suas músicas, embalaram nosssas infâncias, nossos amores, nossas vidas. Em algum momento, nos deparamos com sua voz, com suas letras, com suas canções, seja interpretadas por ele, ou por Adriana Calcanhoto, Jota Quest, Titãs, Maria Betânia, Padre Marcelo... etc.
Sempre atuais, as letras de Roberto nos despertam pro amor, pra vida, pra Deus, pra Nossa Senhora, pras gordinhas, pros óculos, pra fim de relacionamento, enfim, pra tudo, de um modo geral.
Lembro-me dos finais de ano da minha infância, em que o rei lançava um novo disco, um grande novo sucesso, que embalava os dias anteriores ao natal, bem como as férias de janeiro. Aliás, presentear um parente querido com um cd de Roberto Carlos sempre foi sinônimo de amor e carinho. Além desses momentos, havia um especial que tocava numa rádio todos os domingos de manhã, onde eu aprendi a escutar cada música sua. Cada clássico. Sim, porque o repertório de Roberto é composto de clássicos. São tantas emoções, detalhes tão pequenos de nós dois, o concavo e o convexo. Pensando bem, amanhã de manhã...
O Rei Roberto Carlos completa esse ano, 50 anos de sucesso, um sucesso que não é só dele, mas, de todos nós que, como súditos, o amamos. Mesmo não tendo nascido no auge de sua carreira, conheço sua história de vida, me emociono com suas conquistas, amores, perdas e vibro com suas vitórias.
Já Tarcísio e Glória, que completam 44 anos de união (mesmo tempo de vida da Rede Globo), representam o amor. O casal perfeito (embora a gente saiba que não é bem assim, perfeição não existe), que mostra que amar pode dar certo. São o significado da completude. Não conseguimos dissociar um do outro.
Um casal interpretado por Tarcísio e Glória tem mais brilho, mais romance, mais aventura. São tantos papéis, tantos personagens, que a tela transborda ao exibir um brilho no olhar que sabemos ser verdadeiro. Através de Lalinha e Tide, de Páginas da Vida, pudemos vê-los declamando os mais lindos poemas de amor. Em A Favorita, vibramos ao acompanhar o reencontro de uma vida inteira, cenas incríveis, protagonizadas por Irene e Copolla. Tarcísio e Glória nunca são coadjuvantes, sempre roubam a cena e protagonizam as mais belas cenas do trabalho que realizam.
Por fim, devo dizer que a respeito de Tony Ramos, escrevi um artigo que postei dias atrás, ou seja, resta-me escrever a respeito de Antônio Fagundes, ator que há poucos dias completou seis décadas de vida. Fagundes, é um icone da beleza madura.
Seu trabalho que mais me emocionou foi em 1994, quando o ator interpretou Otávio, no remake de A Viagem. Amor como aquele, que ultrapassa os limites da vida, é dificil de encontrar. A referida trama foi uma das mais lindas que já acompanhei, numa das poucas oportunidades em que senti raiva de Mauricio Mattar. Após esse brilhante trabalho, veio o Atílio de Por Amor, novela de Manoel Carlos, em que Fagundes era um quarentão sedutor, que fazia par com Helena.
O sorriso desse personagem era algo marcante. Muitas vezes o vi com tão iluminado sorriso sobre a face, e creio que este é sem dúvida uma de suas marcas. O sorriso de Fagundes é algo que não tem preço. Gostaria muito de merecê-lo um dia, quem sabe!
Enfim, o tempo passa, mas amamos sempre as mesmas pessoas, pois nesse tipo de relação há gratuidade, desinteresse, e por isso esse sentimento é tão puro e verdadeiro. Não precisamos conhecê-los para desejar que a vida dessas pessoas especiais seja repleta de felicidades. Talvez seja justamente essa a receita de seu sucesso que dura décadas.

domingo, 19 de abril de 2009

Ronaldo Nazário dos Campos:

Hoje meu coração se encheu de alegria. Creio que não apenas o meu, mas também o de milhares de corinthianos. O meu em especial, vibrou pela força do guerreiro Ronaldo.

Num mundo em que tantas pessoas se deprimem por tão pouco, Ronaldo é um grande exemplo de superação. Enquanto as pessoas reclamam da vida por conta de uma dor de cabeça, o atleta mostrou ser possível superar contusões sérias e renascer das cinzas, como uma fênix.

Quando o mundo desacreditou em suas forças, Ronaldo ressurgiu. Foi assim em 2001, e está sendo assim atualmente. Após duas gravíssimas lesões no joelho (por menos pessoas comuns mancariam a vida inteira), elas não só foram superadas, como o atleta voltou a atividade, sendo o artilheiro da copa de 2002. Agora, em pouco mais de um mês, Ronaldo chegou a marca dos 6 gols no campeonato paulista.

Sempre gostei de Ronaldo. Só o detestei por duas vezes: quando ele cortou o cabelo como o Cascão e quando se envolveu com travestis. Não cabe a mim julgá-lo, no entanto. Lembro-me de toda a sua trajetória. Sua ida ao PSV da Holanda, deixava a minha cabeça a pensar em como poderia uma coisa dessas? Um jogador valer milhões de dólares. Como se fosse um objeto de valor, e não um homem.

Com o tempo, percebi que Ronaldo é justamente isso: um homem de valor. Não ao pé da letra, já que ele é um mulherengo inveterado. Mas, falo do homem que deu à família uma condição de vida digna, que nunca se esqueceu da vida humilde em Bento Ribeiro (subúrbio carioca), que serviu de exemplo para milhares de crianças no mundo inteiro, que atendeu ao apelo da ONU e foi ao Haiti em plena guerra, em nome da paz.

Para mim, tê-lo como jogador do meu time do coração, é muito mais que um sonho realizado. Pois, mesmo em minhas maiores loucuras, nunca o imaginei defendendo o meu timão. Hoje, essa é uma doce realidade. Como foi real vê-lo fazer um gol contra o S. Paulo, tendo dado o passe para que se fizesse o primeiro gol da partida de hoje, decisiva.

Tudo isso mostra, que Ronaldo Nazário é o homem dos campos. ele contraria as regras da baixo-estima, o senso comum, a maledicência dos invejosos. É evidente que Ronaldo não possui a boa forma de antes, mas, dentro das suas limitações físicas e da forma, ele demonstra uma grandeza, que deve ser seguida, e não criticada.

Superação, luta, raça, garra e vitória, tem um nome: Ronaldo. Do Corinthians. Do Brasil!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A loucura de Tarso:

Atualmente, temos na televisão uma importante oportunidade de refletir sobre um assunto que as pessoas em geral fazem questão de ignorar: a loucura. Como se vívessemos num estado de normalidade!

A novela da glória Perez, tem sido brilhante para fazer com que as pessoas reflitam sobre a doença mental, algo que pode acometer as pessoas, de um modo geral, sob diversas situações, ao longo de suas vidas. Nesse sentido, a loucura de Tarso foi o melhor que pode nos acontecer, para que a partir dela pudessemos ver e sentir essa fragilidade, de frente.

Há que se destacar, que o jovem ator Bruno Gagliasso tem sido brilhante na interpretação de um personagem esquisofrenico. Papel aliás, que o mesmo já havia interpretado com extrema competência no teatro, ao viver o excêntrico Van Gogh no teatro, conforme divulgado pela crítica na época.

O fato é que a doença mental, é uma realidade que a maioria das pessoas prefere esconder. Tanto se afastam dela, que a medicina especializada nesse campo, pouco evoluíu.

Porém, de maneira prática, a sociedade precisa percebê-la como percebe as deficiencias físicas. Que podem vir a acometer uma pessoa por motivos diversos, mas, que são perfeitamente passíveis de controle, desde que tratadas adequadamente, como acontece com a hipertensão, por exemplo.

Além disso, a novela tem abordado o preconceito que é a maior barreira com relação ao tema em todos os seus aspectos, e que surge na família e na sociedade. Esse preconceito, deve ser veeementemente combatido, pois é ele o grande responsável pelos entraves no tratamento dos portadores de insanidade.

Preocupadas com a opinião pública, muitas famílias fazem vistas grossas aos casos. Fingindo não haver o problema em seu meio. Seu medo, é serem taxadas como também portadoras de tais deficiencias, pois o senso comum tem por hábito reduzir a origem de tais problemas a uma mera questão hereditária, não sendo tão simples assim, no entanto.

Quanto à sociedade, esta trata as doenças mentais, como algo contagioso. Como se a convivência com seus portadores, pudessem transmití-la as demais pessoas. Isso, demonstra por si mesmo, o despreparo e o desconhecimento com relação ao assunto.

A mente que sofre uma perturbação qualquer, precisa de ajuda dupla: medicamento e compreensão. O fato de alguém possuir um problema mental, não a incapacita a desenvolver suas atividades cotidianas, como trabalhar, estudar e se relacionar, desde que haja um acompanhamento médico, e que se tomem as devidas precauções. Isso não impede a pessoa de amar e ser amada, de respeitar e ser respeitada, enfim, de ser feliz.

Quanto ao ator citado no início desse artigo, é preciso que se registre que essa é a melhor interpretação de sua carreira, pois dela, pude elucubrar grandemente a respeito de um assunto que precisa imediatamente deixar de ser tabu, para que vidas nao se percam mais em meio à ignorância.

terça-feira, 14 de abril de 2009

100 anos de Hino Nacional:

Ontem o nosso querido e amado Hino Nacional Brasileiro completou um século de vida. Cem anos de muito amor pelo país, declarado pela nação à cada ocasião importante. Nos momentos mais formais, e nos de maior descontração, ele sempre marca presença, emocionando a todos.
Sobre o nosso hino, há muitas curiosidades. A primeira, é o fato de sua melodia ter sido composta a mando do próprio imperador, D.Pedro I, homem ligado a música, que compôs o Hino da Independência.
Para que chegássemos à letra atual, houve diversos concursos para que a melodia ganhasse a letra mais adequada. Com a mudança para o poder republicano, houve a necessidade de mudar novamente de letra, para que se apagasse da memória nacional os tempos de monarquia. Por isso, a atual letra data do inicio do século XX.
Outra particularidade da atual letra do hino nacional, é que ela foi composta à moda inglesa, ou seja, comunicando-se seus elementos de trás pra frente. Isso transmitia além de modernidade, uma riqueza maior ao destacar elementos importantes da identidade nacional.
O fato é que este é reconhecidamente o mais bonito de todos os hinos nacionais. Pena que as pessoas não estudem melhor os elementos que os compoe e não se portem de maneira adequada ao cantá-lo.
A postura certa é cantá-lo de cabeça erguida e em posição de sentido. Colocar a mão no peito, por exemplo, é errado e consiste numa desonra ao ato. Pode-se cantar sua primeira ou segunda parte, ou apenas a primeira.
O ideal, é fazê-lo sobretudo em datas civicas, como no 21 de abril, 7 de setembro, 15 de novembro e assim por diante.
Por fim, há uma regra muito importante: quando o Hino Nacional é cantado ou tocado por orquestra ao vivo ou à capela, pode (e deve) se aplaudido. Quando ele é reproduzido por execução (tocado em cd, por exemplo), não pode ser aplaudido.
Enfim, devemos valorizá-lo e amá-lo, pois o hino, juntamente com a nossa bandeira, são os maiores simbolos nacionais que temos. Por isso, viva o Hino!

Rogério Ceni - o maior desafio do ídolo do tricolor paulista:

Rogério Ceni não é propriamente o meu ídolo no futebol, porque ele tem o maior defeito para uma corintiana, como eu: é são-paulino. Porém, isso não lhe tira o brilho de maior goleiro artilheiro em atividade no mundo.

Confesso não gostar de sua arrogância são-paulina - característica que lhes é tão peculiar - de sua altivês nas entrevistas, em que afirma com veemênica a superioridade tricolor, mesmo nos dias em que a atuação do time não está assim tão maravilhosa. Picuinhas corintianas a parte, devo registrar aqui minha tristeza em vê-lo afastar-se do futebol por cerca de seis meses.
É muito triste ver um atleta passar por um momento tão dificil assim em sua carreira. Porque os atletas são os verdadeiros heróis da pós-modernidade. Eles ousam desafiar os limites do próprio corpo em nome do esporte, e, ao fazê-lo, consistem num bom exemplo a ser seguido na sociedade sedentária e carente de principios.
O esporte, é o melhor exemplo, pois ele requer disciplina e dedicação. Algo que nos dias atuais é bem distante da realidade da maioria das pessoas, que se desenvolvem indisciplinadas e desleixadas, digo isso, partindo da minha experiencia cotidiana com o magistério, mas torço pra que as futuras gerações possam reverter esse quadro e procuro contribuir para tal.
Por fim, devo dizer que o esporte brasileiro tem vários exemplos de dificuldades e recuperação, e há uma lista extensa para exemplificar isso: Ronaldo (sobre ele escreverei um artigo exclusivo futuramente), Jade Barbosa, Daiane dos Santos e assim por diante.
Boa sorte Rogério Ceni, que você possa superar esse que é o maior desafio de sua carreira com serenidade e equilibrio.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Comemorações do mês de abril - uma reflexão!!!

Todos os anos, no mês de abril, é sempre o mesmo ritual: comemoração em homenagem à Pascoa, seguida pelo Dia do Índio e por último, pelo Dia de Tiradentes. Nas escolas de ensino infantil, confesso que percebo tais datas como sendo muito agradáveis, pois muito me alegra ver as crianças enfeitadas de coelhinho, indiozinho e assim por diante.
Porém, pra nós que já estamos bem crescidinhos, essas são datas que merecem uma profunda reflexão. A respeito da Páscoa, não tenho muito mais a acrescentar, pois a este respeito, já discorri o suficiente, em artigos anteriormente postados, mas, devo escrever sobre os outros dois temas.
Quanto ao dia do índio, devo dizer que é a celebração da hipocrisia do país que acabou com a cultura indígena, usurpando destes sua terra, suas vidas e dando-lhes em retribuição violência em todos os seus aspectos. Celebra-se a data, mas não se toca nas profundas relações existentes entre brancos e amarelos.
É como se a invasão de suas terras, o extermínio de sua gente, a imposição religiosa, etc. fossem algo natural. Como reflete sobre esse assunto o historiador Osvaldo Coggiola (professor doutor da USP), o maior extermínio da história da Humanidade não foi contra os judeus na Alemanha do século XX, mas, aquele cometido na América a partir do século XVI, com a chegada de espanhóis, portugueses e ingleses.
Em meus estudos de graduação, fiquei abismada ao estudar Antropologia Cultural, quando adentramos no conceito de Guerra Justa, que consistia em expulsar os índios das regiões que interessavam aos colonizadores, através de algumas estratégias:
1 Catequese
2 Destruição de suas moradias (através de incêndios, por exemplo)
3 Contaminação (infectando-se a água que oos abastecia, ou transmitindo-lhes doenças, como a gripe)
Enfim, foi assim que se desenhou a história das Américas Espanhola, Inglesa e Portuguesa. Basta nos pensarmos, que quando os portugueses começaram a colonizar o Brasil, a população indigena era de milhões de pessoas, e que hoje ela se reduz a cerca de milhares, e que estes que sobram, estão contaminados com a aculturação. Para nós, é engraçado ver indio de roupa, acessando a internet, mas, pra ele chegar nesse estágio de "civilização", foi necessário que ele perdesse sua crença, seus valores e incorporassem outros, que não lhe são próprios.
Quanto à Tiradentes, é preciso que se diga que esse herói, que tanto se enaltece, é um mito construído pela República, para legitimar o seu poder. O homem Joaquim da Silva Xavier, não foi um poço de virtudes, nem exerceu toda a magia que se lhe atribui a história oficial, ao contrário, pesquisas demonstram que seu virtuosismo esteve presente muito mais em locais marginais de Vila Rica - como prostíbulos, bares, etc - do que entre as camadas privilegiadas de seu tempo.
Há historiadores que muito se esmeram em desmistificar todo esse clima de salvador da pátria que está envolto na imagem de Tiradentes. Imagem esta, feita a partir da semelhança (construída) com outro grande mártir: Jesus Cristo.
É preciso que as novas gerações reflitam a esse respeito, para não reproduzir os equívocos celebrados em seu tempo. Por fim, devo acrescentar que é lamentável o país celebrar essas invencionices republicanas, e desconsiderar uma data como a que nos remete à fundação do próprio país.
Não que se tenha muito a comemorar é verdade, pois o 22 de Brasil também nos remete a refletir sobre toda a exploração a que fomos expostos e expusemos a outros, mas é uma data bem mais razoável e lógica, não acham?

sábado, 11 de abril de 2009

Paixão de Cristo em Itaquaquecetuba

Não posso deixar de registrar aqui o meu encantamento com a Prefeitura de Itaquaquecetuba e com a secretaria de Cultura, administrada por Jandir J. Souto e sua equipe competentíssima, que esse ano realizaram o espetáculo "Paixão de Cristo" pela primeira vez na cidade, que é uma das portas de entrada do Alto Tietê.

Realizado no Parque Ecológico da cidade, com quatro palcos, de cenários distintos e mais de 150 atores, o espetáculo deu show não apenas pela proposta em si, mas por toda a sua estrutura, que contou com um sistema de som capaz de nos remeter ao acontecimento homonimo que ocorre em Pernambuco.

Quanto aos figurinos, formaram um espetáculo a parte, pela riqueza de detalhes e pela beleza. Os soldados romanos estavam simplesmente demais. Muito brilho, muitos detalhes. Até o tempo foi favorável para que tudo desse certo. Estive no primeiro dia de espetáculo (sexta-feira, 10) e sai da apresentação muito feliz com a beleza que pude presenciar.

Paixão de Cristo contou a vida de Jesus desde a concepção até o mistério de sua morte e ressurrreição. Essa belíssima temática, é capaz de enaltecer o espirito de atores e espectadores, e o sentimento foi justamente esse: energia positiva transbordante.

Parabéns a todos que fizeram desse sonho uma belíssima relidade.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

XXV Caminhada da Ressurreição

No próximo dia 12, a partir da meia-noite, terá inicio a XXV Caminhada da Ressurreição, que partirá da Basilica de Nossa Senhora da Penha (no bairro homonimo), na Zona Leste de S. Paulo, em direção à Catedral de S. Miguel Arcanjo, que fica em S. Miguel Paulista.

São 14 quilometros de louvor e celebração do ápice da celebração cristã que é a Páscoa.

Todos estão convidados. a concentração de pessoas começa as 23 horas do dia 11.

Quinta-feira de lava-pés

Logo mais a noite, nas igrejas católicas do mundo todo, milhares de pessoas irão participar da Missa de Lava-Pés. Essa é uma das principais celebrações cristãs do ano. Tem importância maior até que o Natal, pra se ter idéia.

É o momento em que Cristo é entregue para o seu sacrificio em nome da salvação da humanidade. Ela inicia o tríduo pascal, que se encerra com a Missa do Fogo no sábado de aleluia, quando as imagens voltam a ser expostas (retirando-se delas os panos roxos que as cobrem).

Para melhor ilustrar essa celebração, segue abaixo na íntegra, um canto muito antigo de comunhão, que resume tudo o que se passa no dia de hoje:

Antes da morte e ressurreição de Jesus
Ele na ceia, quis se entregar
Deu-se em comida e bebida para nos salvar

E quando amanhecer
O dia eterno
A plena visão:
Ressurgiremos por crer
Nessa vida escondida no pão

Para lembrarmos,
A morte e paixão do Senhor
Gestos, palavras
Até que volte outra vez

Aí se resume todos esses momentos, em que se encerra a vida terrena de Jesus, para ter inicio sua vida espiritual, que contagia e dá sentido à milhares de pessoas no mundo todo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Toni Ramos o maior ator brasileiro da contemporaneidade

Alguns atores já fazem parte do senso comum quando se fala em boa interpretação, é o caso por exemplo de Francisco Cuoco, Tarcísio Meira e Antonio Fagundes. Esses nomes são sinonimos de talento, arte teldramática e eficiencia. Isso é assim desde que me entendo por gente.

Porém, há um nome que supera todos os citados anteriormente, porque todos são grandes, mas para mim, o maior de todos os atores na contemporaneidade, é sem dúvida, o bom e (já) velho Tony Ramos, que tem a capacidade de nos emocionar a cada trabalho, que a cada novo personagem, nos faz sentir em essencia aquilo que ele deseja transmitir.

O admiro a cada novo papel, a cada nova novela, a cada filme. Ele é o ator. Não um ator.

Ele eleva o nosso espírito para degustar a arte. E o que mais impressiona é a capacidade de emocionar, de fazer rir e chorar na mesma intensidade. Seus vilões e seus mocinhos são muito mais que isso, são a projeção mais próxima da perfeição, quando se fala de sentimento, de amor e de ódio.
Sim, porque nós os telespectadores odiávamos o Antenor de Paraíso Tropical, na mesma medida em que ríamos com o Manolo de Filhas da Mãe, que torciamos pelo Juca de A Próxima Vítima e assim por diante.
Outra coisa que é preciso frisar, é o casamento perfeito que há entre Tony Ramos e Glória Pires em cena: nascidos um para o outro! Foi assim em Belíssima, em Paraíso Tropical e assim em Se eu fosse Você 1 e 2. Assisti aos dois filmes no cinema, tenho o dvd do primeiro, e o segundo, fui duas vezes ao cinema só para ver o segundo. Um é melhor que o outro.
Porque Tony Ramos é um dos poucos atores que possui essa infinita capacidade de ser melhor a cada trabalho, de se superar, de se reinventar, de ser melhor que ele mesmo. Não me lembro de Tony na média. Ele é sempre melhor a cada dia.
O Téo de Mulheres Apaixonadas, por exemplo, nos dava a sensação de ser ele mesmo, tamanha a sua emoção e a sua esperança em reconquistar Helena. Já o Miguel de Laços de Família, era tão culto, tão fino, tão bom homem, que nos dava a sensação de ser verdadeira a dedicação daquele pai aos filhos e à mulher amada. Tony é isso: é verdade, não há dúvida de que é verdade tudo aquilo que ele nos comunica.
Por isso, não deu pra conter a emoção ao ver o pai do Raj fazendo uma oração pra Ganesha ontem, em que ele falava do fato de ser um bom homem e ter de assumir a culpa por um pecado que não cometeu, em nome do amor. O amor por um neto que Opash acredita ser seu.
Essa emoção, esse amor, esse Tony, só existe em um: Ramos. Nessas horas, dá um orgulho danado de ser brasileira. Sou conterrânea do melhor ator do mundo!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Palestra

No próximo dia 23, estarei na UnG-Campus Dutra, para apresentar uma palestra a respeito dos exílios no pós AI-5. Os interessados devem comparecer ao prédio A, a partir das 18h30. É imperdível!

Dia Mundial da Saúde - poucos motivos de comemoração

Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde, data intituída pela OMS (Organização Mundial da Saúde), para refletir a cerca das questões que a cercam. É dia de pensarmos nesse setor, que no nosso país, vive em constante precariedade.

As condições de salubridade nessas terras, pelo que se tem nos registros históricos, sempre foram um problema muito sério, desde a colonização. O lixo, por exemplo, só passou a ser recolhido em S. Paulo, no final do século XIX. Na Bélle Époque, o Rio de Janeiro sofria com a falta de saneamento e com incomodos mosquitinhos (situação, que não foi resolvida até os dias atuais). E só não foi pior, por causa do hábito que os indigenas ensinaram a quem os subjugou: o banho diário.

Mesmo no século XXI, temos notícias de lugares em que não há saneamento básico. Isso, explorando, obviamente a questão preventiva que se refere à saúde.

No campo da sanidade propriamente dita, há muitos absurdos. O primeiro, com relação aos impostos que pagamos para mante-la e na esperança de melhorá-la. Nos final dos anos 90, por exemplo, o então ministro de FHC, José Serra, criou a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), também conhecida como "Imposto do Cheque", em que toda e qualquer movimentação bancária era alvo de uma taxação que em tese iria custear uma grande melhoria no SUS (Sistema Único de Saúde).

Na prática, o dinheiro nunca se destinou ao seu objetivo inicial. Pagamos milhões e não vimos nada de novo acontecer no setor. Felizmente, num passado recente essa contribuição foi cessada.
Mas, a saúde, está na UTI há muito tempo, o que vemos, são hospitais sem a infra-estrutura necessária para salvar vidas, e até mesmo para cuidar delas. Há muita omissão de socorro, tanto por parte dos funcionários, quanto por parte dos governos que deveriam administrá-la de maneira satisfatória, mas não o fazem. Ao contrário, usam-na como bandeira em tempo de eleição, mas abondanam a causa logo em seguida.
Como acontece em outras areas, a saúde virou um negócio dos mais lucrativos. Os empresarios que investem no setor, ganham milhões de reais, oferecendo um serviço que muitas vezes deixa a desejar, mesmo nos casos em que se paga valores exorbitantes. As carencias e as recusas à doenças pré-existentes também são casos a parte. Em outras palavras, paga-se caro, mas não se pode utilizar o serviço para uma cirurgia nos primeiros meses de plano e nem para tratar uma enfermidade, embora o objetivo do produto seja justamente o de oferecer tratamento!
Enfim, é dia de refletirmos sobre todas essas questões e lamentar pela falta de avanço e progresso, embora a medicina nunca tenha evoluído tanto como agora!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Instituto Ricardo Brennand - cultura ao alcance de todos.

Recentemente, pude realizar um grande sonho: visitar o Instituto Ricardo Brennand em Recife. Lá, fica instalado um museu que possui um acervo riquissimo do Brasil holandês, com obras de Franz Post e de diversos artistas dos séculos XVII e XVIII, que retrataram além das paisagens pernambucanas, muitas outras do Brasil colonial.

O acervo é riquissimo, além dessas pinturas, tem tapeçarias, moedas antigas, esculturas, representações, tudo muito bem completo, tudo muito bem feito. Sem contar que o espaço é um castelo medieval instalado bem no meio do bairro da Várzea - que fica próximo a Cidade Universitária.

O local não deve nada aos melhores museus do circuito S. Paulo - Rio de Janeiro, por sua preocupação com cada detalhe. Além disso, professores de todo o Brasil tem acesso pagando meia-entrada, como ocorre nos museus paulistas. Tudo isso demonstra, que a cultura brasileira não se localiza mais num eixo economico, mas, ela está cada vez mais acessível a todos, em todas as regiões do país.

A dica postada aqui, é válida pra todos que curtem arte da melhor qualidade.

Solidariedade ao povo italiano

A semana santa começou com uma noticia que nos deixou tristes. A região centro-sul da Itália sofreu um grave terremoto, que matou mais de 130 pessoas e deixou milhares desabrigados/desalojados.
Nesse momento de dor, faz-se necessário registrar aqui a solidariedade a todos os italinos, bem como, a certeza de que estaremos rezando pra que de tudo certo.

domingo, 5 de abril de 2009

Morte de Márcio Moreira Alves

Foi enterrado ontem o corpo do jornalista Márcio Moreira Alves, um desconhecido para a maioria das pesssoas, mas, uma figura fundamental para a história recente do nosso país. Sobre ele, há muitos registros em livros sua trajetória de vida política na década de 60 do século XX.

É incrível como as pessoas nao conhecem fatos preponderantes da sua história e suas figuras fundamentais, como no caso de Márcio Moreira Alves. Foi através de um discurso seu, pronunciado de maneira desastrosa na Camara dos Deputados, em 1968, que o Brasil saiu do Regime Militar (entre 1964 e 1968), para adentrar na fase mais obscura de sua história, ou seja, na Ditadura Militar (de 1968 a 1985).

Sobre este fato, discuti muitos de seus elementos em minha monografia de conclusão de pós, entregue à Universidade Guarulhos, no ano passado.

Márcio, após assistir a uma peça teatral que gerava polemica (estou falando de Roda Viva, de Chico Buarque), disse em plenária palavras que ofenderam profundamente ao governo Costa e Silva. A proporção de tal fato foi tanta, que o referido deputado, teve de passar por um julgamento na Comissão de Ética. Essa foi a deixa, para que homens do governo (entre eles Ernesto G. Médici) começassem a articular um plano que envolvesse o controle politico do país, numa ditadura.

Nesse período, já se perseguiam os estudantes e se torturava as pessoas consideradas mais ofensivas ao sistema. Mas, não se tinha chegado a um nível tão radical.

Em 12 de dezembro de 1968, os deputados absolveram Moreira Alves. O resultado? A decretação do AI-5, que fechou o congresso nacional, cassou os direitos políticos de inúmeras pessoas, exilou diversos artistas, religiosos e politicos da oposição, intituiu a censura aos meios de comunicação, entre outras coisas. Instaurou um período de terror no país, em que pessoas foram torturadas e mortas.

A tal ditadura, não teve nada de branda, como tenta sujerir a Folha de S. Paulo nos últimos meses, como forma de diminuir sua participação ao lado da direita nos anos acima citados.

Enfim, morre uma parte da nossa história, que não podemos esquecer jamais.

Refletindo sobre os realitys shows

Desde o ano 2000, as emissoras de tv do mundo todo, vem se dedicando a um tipo de programa muito interessante: os realitys shows, que consistem em acompanhar a vida de pessoas comuns através de programas que tem as mais diversas propostas.

O pioneiro no Brasil, foi o programa "No Limite", que era apresentado por Zeca Camargo, cuja proposta, era colocar os participantes em situações que os colocassem no limite de suas condiçoes fisicas e emocionais, partindo de provas feitas em ambiente inospito, geralmente entre dunas de areia. A proposta consistia em desafios emocionantes, e na primeira edição, a grande vencedora foi uma mulher obesa.

De lá pra cá, inúmeros realitys shows foram realizados nas mais diversas emissoras, sob as mais diversas propostas. Na maioria dos casos, esses programas oferecem premios capazes de transformar completamente a vida das pessoas comuns. Por isso mesmo, são atrativos para público e para os participantes, que são capazes de tudo, para conseguir uma vaga em tais programas.

Atualmente, há muita discussão a respeito dos realitys shows, pois a curiosidade e o envolvimento das pessoas, são muito evidentes. Alguns psicólogos dizem que o interesse por esse tipo de atração, coloca o homem no papel de um deus, capaz de controlar suas pseudo criaturas (com a decisão de eliminação, por exemplo), e que o voyerismo é uma prática que pode se desenvolver em tais condições.

Contudo, o excesso é contra-indicado. Ficar o dia inteiro acompanhando a vida alheia em pai-per-view não é lá muito saudável. Mas, dar uma espiadinha esporadicamente, não faz mal nenhum a ninguém, afinal, a curiosidade é uma característica inerente ao ser humano.

Há tres programas nesse formato, em exibição, e que fazem muito sucesso nos dias de hoje. O primeiro, o Doutor Hollywood, exibido pela Rede TV, que trás um cirurgião brasileiro/americano, que realiza proezas no campo da cirurgia plástica. É interessante a proposta, pois mistura medicina e o cotidiano do médico e de seus pacientes.

Além desse programa, há na Rede Record o Troca de Família, que mostra as experiencias de famílias que invertem os papéis de mãe/pai, por uma semana. É interessantíssimo ver como as realidades diferentes se aproximam ou se combatem. A grande reflexão é: "será que a casa do vizinho é realmente melhor que a minha?". Nos dias de inversão de papéis, além de agregar valor as famílias, com a nova realidade, as pessoas aprendem a respeitar as diferenças e a valorizar sua familia de origem. Quando a situação é conflituosa entre as partes, torna-se ainda mais atrativo.

Por fim, devo falar da coqueluche desse tipo de programa: o Big Brother. Primeiro, esse nome remete ao livro do George Owel, que trata de um provavel 1984, onde o comunismo dominaria o mundo, e haveria olhos pra vigiar todas as pessoas.

Como sabemos, o comunismo nao chegou a tanto, mas, no programa, as cameras vigiam os participantes confinados numa casa. As pessoas se propoem a passar cerca de tres meses confinadas, a fim de alcançar um premio milionario no final do programa.

Esse ano, a Rede Globo, que tem o direito de exibir a atração no Brasil, teve uma tacada de mestre, dividiu os participantes em lado A e lado B, a fim de ela mesma promover as panelinhas tão comuns na atração. O objetivo foi alcançado com grande exito.

Porém, acompanhar esses momentos tem sido um tanto penoso, pois os ultimos sobreviventes na casa, além de expostos a tarefas complexas, que exigem força e resistencia, demonstram em seu cotidiano total falta de solidariedade. Nos ultimos dias, por força da curiosidade, tenho visto o programa e me chocado com a atitude dos jogadores que pertenceram a panela B.

Eles simplesmente ignoram a participante Ana, que implora atenção e o dialogo com os demais participantes. Tenho feito reflexões a cerca do lado psicologico desta moça, que deve estar bem abalado, ou prestes a desmoronar. Imaginemos essa situação: dias isolados num ambiente sem comunicação com o mundo exterior, em meio a pessoas desconhecidas e sem ter atenção. É o fim. O cúmulo da humilhação.

Ontem me estarreceu a cena em que Ana pedia pra conversar com Francine e esta, além de tratá-la mal, pediu que Priscila a agredisse com o peso de musculação. É muito triste uma cena dessa ser colocada no ar. É muito triste ver que as pessoas são capazes de tanta desumanidade em nome de dinheiro.

Enfim, tudo isso que foi exposto, serve pra analisarmos e refletirmos a cerca dos nossos valores humanos. Mesmo em condições limites, a nossa dignidade humana deve prevalecer. Da realidade, devemos extrair esses exemplos, para nao segui-los e entender até onde vai a ambição de homens e mulheres,

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tempo Pascal!

É incrível como o tempo passa rápido, né?
Ainda outro dia, estávamos envolvidos pelo espírito do Natal. Daí, vieram as férias e, num piscar de olhos: carnaval. É incrível, mas, já estamos em tempo de coelhinho da Páscoa!
Domingo agorá, já é a celebração de Ramos. Dentro em pouco, estaremos ver o Cristo ressucitar.
Sobre esse tempo pascal, é preciso reafirmar que o verdadeiro sentido da páscoa não é (em absoluto), o consumo exagerado de chocolates, nem tampouco, o descanso do feriadão.
Na verdade, esse é o tempo idela pra repensarmos muitos de nossos valores, com relação à fé, a religiosidade e, principalmente, com relação ao fato de sermos cristãos.
Sim, porque, ser cristão e participar da páscoa são uma coisa só.
Todo o mistério de Cristo, vem da doação de Jesus na última ceia aos seus irmãos os apóstolos, e da certeza de que na celebração da partilha do pão, encontraríamos o Senhor. Assim tem sido feito nos últimos dois mil anos, porém, nos últimos tempos, há uma banalização da páscoa, que tem sido comercializada, como tantos outros momentos especiais da vida das pessoas, que foram quantificados pelo mundo capitalista.
Há pouco, eu assisti a uma reportagem do Jornal Nacional, em que se ressaltava os efeitos da crise na páscoa. Alguns ovos de chocolate chegaram a um aumento de cerca de 30%, se comparados com o preço no mesmo período do ano passado. A justificativa? Crise, claro!
Enquanto os empresários tentam justificar dizendo que os produtos são elaborados com matéria-prima importada, milhares de pessoas esquecem-se das milhares de pessoas que sequer podem se alimentar todos os dias, que todos esses simbolos foram inventados na história recente da humanidade, e que, doces, nada tem haver com esse momento.
Antes de morrer, Jesus foi humilhado, teve as vestes despojadas, deram-lhe vinagre pra beber e uma pesada e tortuosa cruz pra carregar. Parece-me, nesse contexto, mais coerente, que se fizesse campanhas de doação de roupas, reflexões a cerca da falta de àgua e alimentação (pois milhões de pessoas no mundo todo morrem de fome e sede todos os anos), e que as pessoas revissem questões como tortura, por exemplo.
Em suma, esse é o modelo que melhor refletiria o espírito da páscoa, a meu ver. Porém, não posso deixar de admitir que em nada esse modelo se encaixa no atual sistema capitalista. Sendo assim, como esperar que as pessoas da sociedade de consumo percebam que a páscoa é feita pura e simplesmente de Jesus Cristo?
Como esperar que as pessoas estejam atentas para o fato de que esse é o momento de passagem? Sim, porque a Páscoa é a passagem da morte para a vida. Da escravidão para a liberdade, da doença para a sanidade e assim por diante.
De qualquer modo, não posso de desejar algo em especial:
FELIZ PÁSCOA!!!