sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tempo Pascal!

É incrível como o tempo passa rápido, né?
Ainda outro dia, estávamos envolvidos pelo espírito do Natal. Daí, vieram as férias e, num piscar de olhos: carnaval. É incrível, mas, já estamos em tempo de coelhinho da Páscoa!
Domingo agorá, já é a celebração de Ramos. Dentro em pouco, estaremos ver o Cristo ressucitar.
Sobre esse tempo pascal, é preciso reafirmar que o verdadeiro sentido da páscoa não é (em absoluto), o consumo exagerado de chocolates, nem tampouco, o descanso do feriadão.
Na verdade, esse é o tempo idela pra repensarmos muitos de nossos valores, com relação à fé, a religiosidade e, principalmente, com relação ao fato de sermos cristãos.
Sim, porque, ser cristão e participar da páscoa são uma coisa só.
Todo o mistério de Cristo, vem da doação de Jesus na última ceia aos seus irmãos os apóstolos, e da certeza de que na celebração da partilha do pão, encontraríamos o Senhor. Assim tem sido feito nos últimos dois mil anos, porém, nos últimos tempos, há uma banalização da páscoa, que tem sido comercializada, como tantos outros momentos especiais da vida das pessoas, que foram quantificados pelo mundo capitalista.
Há pouco, eu assisti a uma reportagem do Jornal Nacional, em que se ressaltava os efeitos da crise na páscoa. Alguns ovos de chocolate chegaram a um aumento de cerca de 30%, se comparados com o preço no mesmo período do ano passado. A justificativa? Crise, claro!
Enquanto os empresários tentam justificar dizendo que os produtos são elaborados com matéria-prima importada, milhares de pessoas esquecem-se das milhares de pessoas que sequer podem se alimentar todos os dias, que todos esses simbolos foram inventados na história recente da humanidade, e que, doces, nada tem haver com esse momento.
Antes de morrer, Jesus foi humilhado, teve as vestes despojadas, deram-lhe vinagre pra beber e uma pesada e tortuosa cruz pra carregar. Parece-me, nesse contexto, mais coerente, que se fizesse campanhas de doação de roupas, reflexões a cerca da falta de àgua e alimentação (pois milhões de pessoas no mundo todo morrem de fome e sede todos os anos), e que as pessoas revissem questões como tortura, por exemplo.
Em suma, esse é o modelo que melhor refletiria o espírito da páscoa, a meu ver. Porém, não posso deixar de admitir que em nada esse modelo se encaixa no atual sistema capitalista. Sendo assim, como esperar que as pessoas da sociedade de consumo percebam que a páscoa é feita pura e simplesmente de Jesus Cristo?
Como esperar que as pessoas estejam atentas para o fato de que esse é o momento de passagem? Sim, porque a Páscoa é a passagem da morte para a vida. Da escravidão para a liberdade, da doença para a sanidade e assim por diante.
De qualquer modo, não posso de desejar algo em especial:
FELIZ PÁSCOA!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário