terça-feira, 7 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde - poucos motivos de comemoração

Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde, data intituída pela OMS (Organização Mundial da Saúde), para refletir a cerca das questões que a cercam. É dia de pensarmos nesse setor, que no nosso país, vive em constante precariedade.

As condições de salubridade nessas terras, pelo que se tem nos registros históricos, sempre foram um problema muito sério, desde a colonização. O lixo, por exemplo, só passou a ser recolhido em S. Paulo, no final do século XIX. Na Bélle Époque, o Rio de Janeiro sofria com a falta de saneamento e com incomodos mosquitinhos (situação, que não foi resolvida até os dias atuais). E só não foi pior, por causa do hábito que os indigenas ensinaram a quem os subjugou: o banho diário.

Mesmo no século XXI, temos notícias de lugares em que não há saneamento básico. Isso, explorando, obviamente a questão preventiva que se refere à saúde.

No campo da sanidade propriamente dita, há muitos absurdos. O primeiro, com relação aos impostos que pagamos para mante-la e na esperança de melhorá-la. Nos final dos anos 90, por exemplo, o então ministro de FHC, José Serra, criou a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), também conhecida como "Imposto do Cheque", em que toda e qualquer movimentação bancária era alvo de uma taxação que em tese iria custear uma grande melhoria no SUS (Sistema Único de Saúde).

Na prática, o dinheiro nunca se destinou ao seu objetivo inicial. Pagamos milhões e não vimos nada de novo acontecer no setor. Felizmente, num passado recente essa contribuição foi cessada.
Mas, a saúde, está na UTI há muito tempo, o que vemos, são hospitais sem a infra-estrutura necessária para salvar vidas, e até mesmo para cuidar delas. Há muita omissão de socorro, tanto por parte dos funcionários, quanto por parte dos governos que deveriam administrá-la de maneira satisfatória, mas não o fazem. Ao contrário, usam-na como bandeira em tempo de eleição, mas abondanam a causa logo em seguida.
Como acontece em outras areas, a saúde virou um negócio dos mais lucrativos. Os empresarios que investem no setor, ganham milhões de reais, oferecendo um serviço que muitas vezes deixa a desejar, mesmo nos casos em que se paga valores exorbitantes. As carencias e as recusas à doenças pré-existentes também são casos a parte. Em outras palavras, paga-se caro, mas não se pode utilizar o serviço para uma cirurgia nos primeiros meses de plano e nem para tratar uma enfermidade, embora o objetivo do produto seja justamente o de oferecer tratamento!
Enfim, é dia de refletirmos sobre todas essas questões e lamentar pela falta de avanço e progresso, embora a medicina nunca tenha evoluído tanto como agora!

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