quinta-feira, 16 de abril de 2009

A loucura de Tarso:

Atualmente, temos na televisão uma importante oportunidade de refletir sobre um assunto que as pessoas em geral fazem questão de ignorar: a loucura. Como se vívessemos num estado de normalidade!

A novela da glória Perez, tem sido brilhante para fazer com que as pessoas reflitam sobre a doença mental, algo que pode acometer as pessoas, de um modo geral, sob diversas situações, ao longo de suas vidas. Nesse sentido, a loucura de Tarso foi o melhor que pode nos acontecer, para que a partir dela pudessemos ver e sentir essa fragilidade, de frente.

Há que se destacar, que o jovem ator Bruno Gagliasso tem sido brilhante na interpretação de um personagem esquisofrenico. Papel aliás, que o mesmo já havia interpretado com extrema competência no teatro, ao viver o excêntrico Van Gogh no teatro, conforme divulgado pela crítica na época.

O fato é que a doença mental, é uma realidade que a maioria das pessoas prefere esconder. Tanto se afastam dela, que a medicina especializada nesse campo, pouco evoluíu.

Porém, de maneira prática, a sociedade precisa percebê-la como percebe as deficiencias físicas. Que podem vir a acometer uma pessoa por motivos diversos, mas, que são perfeitamente passíveis de controle, desde que tratadas adequadamente, como acontece com a hipertensão, por exemplo.

Além disso, a novela tem abordado o preconceito que é a maior barreira com relação ao tema em todos os seus aspectos, e que surge na família e na sociedade. Esse preconceito, deve ser veeementemente combatido, pois é ele o grande responsável pelos entraves no tratamento dos portadores de insanidade.

Preocupadas com a opinião pública, muitas famílias fazem vistas grossas aos casos. Fingindo não haver o problema em seu meio. Seu medo, é serem taxadas como também portadoras de tais deficiencias, pois o senso comum tem por hábito reduzir a origem de tais problemas a uma mera questão hereditária, não sendo tão simples assim, no entanto.

Quanto à sociedade, esta trata as doenças mentais, como algo contagioso. Como se a convivência com seus portadores, pudessem transmití-la as demais pessoas. Isso, demonstra por si mesmo, o despreparo e o desconhecimento com relação ao assunto.

A mente que sofre uma perturbação qualquer, precisa de ajuda dupla: medicamento e compreensão. O fato de alguém possuir um problema mental, não a incapacita a desenvolver suas atividades cotidianas, como trabalhar, estudar e se relacionar, desde que haja um acompanhamento médico, e que se tomem as devidas precauções. Isso não impede a pessoa de amar e ser amada, de respeitar e ser respeitada, enfim, de ser feliz.

Quanto ao ator citado no início desse artigo, é preciso que se registre que essa é a melhor interpretação de sua carreira, pois dela, pude elucubrar grandemente a respeito de um assunto que precisa imediatamente deixar de ser tabu, para que vidas nao se percam mais em meio à ignorância.

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