quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010 - balanço final:

Estamos no momento final de ano que teve todos os ingredientes para ser inesquecível nas nossas vidas pessoais e na nossa sociedade. Refiro-me ao Brasil e ao mundo.
Iniciamos nossa jornada com algumas tragédias, como os desabamentos em Angra, na Ilha Grande e o destruição de grande parte de S. Luis do Paraitinga. Depois, veio o terremoto que devastou o Haiti. Muita dor e sofrimento num janeiro só.
Depois, veio o carnaval e o país voltou a funcionar pra valer. Depois da quarta-feira de cinzas, muitos impostos (como sempre) e uma correria danada na vida de todos. Na política externa, muitos acordos e reuniões internacionais. O ano prometia fortes emoções.
A seguir, veio o mês de março e com ele, uma onda de greves de professores. As mais fortes foram em Minas e São Paulo, que teve suas vias interditadas várias vezes, e um covarde governador - José Serra - que não negociou com a categoria e deixou o cargo assim mesmo.
A paralisação deveu-se a falta de condições de trabalho desses profissionais, os baixíssimos salários, a demissão de muitos professores na atribuição de 2010, além de inúmeras mentiras propagadas na TV. Infelizmente, tudo anda igual como no ano passado. O governo não concedeu nenhum aumento ao Magistério Público até os dias atuais.
O ano prosseguiu com uma imensa expectaviva: as eleições presidenciais que ocorreriam em outubro. Antes disso, vimos incrédulos pela TV dois casos horríveis de violência contra a mulher: o desaparecimento de Elisa Samúdio, cujo corpo não foi encontrado até esse dia. O autor de uma trama diabólica, seria o então ídolo do Flamengo, o goleiro Bruno. O outro caso refere-se a Mércia Nakashima, assassinada pelo ex-namorado, Misael Bispo dos Santos, advogado e ex-policial, que permanece impune mesmo diante de todas as provas e evidencias.
Contudo, um outro caso de violência contra a mulher, teve um final feliz. Alexandre Nardoni e Ana Jatobá, assasssinos da pequena Isabela, que morreu há 2 anos, foram julgados culpados e cumprem pena.
Em junho e julho, o país parou pra ver a seleção brasileira de futebol jogar a Copa do Mundo de Futebol, realizada na África do Sul. Enquanto os nossos representantes decepcionavam a torcida verde e amarela, nossos deputados apontavam todas na Câmara e nas Assembléias Legislativas, longe dos holofotes, claro! Quando o evento acabou, nos demos contas de quantas leis foram votadas. Nem é preciso dizer a quem favoreciam...
No início do segundo semestre, começou a maior batalha dos últimos anos: Dilma x Serra. O candidato tucano, com sua arrogância habitual já se considerava eleito. A mídia tentou o quanto pode lhe dar uma força, mas, os internautas rebateram a altura e como numa guerra, fazendo uso de palavras e de toda a ferramenta tecnológica aliada às redes sociais, o presidente Lula conseguiu eleger sua sucessora, a primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Roussef, que dentro de dois dias governará um país de mais de 190 milhões de pessoas, conforme o último censo, realizado também em 2010.
Devo destacar também, que em 2007, Lula atingiu a marca de 87% de aprovação de seu governo. No entanto, seus colegas, não tiveram a mesma sorte. Barack Obama, viu sua popularidade cair tendo uma maciça derrota nas eleições parlamentares dos Estados Unidos. Nicolau Sarkozi, também enfrentou oposição popular ao implementar uma nova reforma da previdência, que não agradou nem um pouco aos franceses. Na Itália, Silvio Berlusconi, permanece no cargo por um triz, após novos escandâlos sexuais e de corrupção (alguém já viu esse filme antes?). Na Argentina, morreu Néstor Kishiner, assim, de repente, deixando viúva a presidente e uma nação orfã.
Por fim, acompanhamos nos últimos dias do ano, a luta pela sobrevivência do vice-presidente, operado mais algumas vezes (pra variar), o absurdo aumento dos salários dos deputados, senadores, ministros e da presidenta. O anúncio bombástico da passagem de ônibus em São Paulo. Consequentemente, o arrocho dos nossos salários se faz real, mais uma vez.
Já na vida pessou dessa humilde pessoa que voz escreve, foi um ano excelente, marcado principalmente pela vinda de seu primeiro herdeiro, que chegará em 2011 e de seu casamento. Fica aqui o registro de agradecimento pelas leituras de seguidores fiéis, na esperança de um ano melhor para todos. É isso. Feliz ano novo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Bicicletas, bolos e outras alegrias - Vanessa da Mata em grande estilo:

Quem diria que a maior diva da MPB contemporânea seria uma menina que veio do Mato Grosso e que ainda trás uma carga de timidez tão grande dentro de si? Uma mulher talentosa e capaz de cantar os relacionamentos como poucas cantoras, compondo como os grandes mestres da nossa música popular desde seu surgimento?
Vanessa da Mata é assim. Sensível, poética, apaixonante e tímida. Pouco sabemos a seu respeito, mas, temos a impressão de tê-la conhecida desde sempre.As coisas que ela canta tocam bem fundo e fazem com que seu ouvinte torne-se ao mesmo tempo cumplice de histórias de amor como as da vida da gente: com seus altos e baixos, muitas vezes.
Nos trabalhos anteriores, a cantora trouxe músicas sutis que aos poucos conquistaram sucesso com crítica e público. Das trilhas das novelas, surgiram clássicos como Ai, ai, ai e Amado. O DVD gravado ao vivo em Paraty também encantou milhares de pessoas que puderam se apaixonar por Vanessa e sua interpretação sempre viva pra músicas que fazem sonhar e se apaixonar.
No mais recente trabalho, a cantora trás composições alegres e canções de amor capazes de fazerem a gente se apaixonar à primeira vista. Como se todas as músicas fossem velhas conhecidas, fica até dificil de eleger uma que seja a melhor.
Prova disso é que os shows dessa nova turnê, chamada de Bicicletas, bolos e outras alegrias, estão sendo um sucesso de público por onde passa. Hoje mesmo em S. Paulo, a lotação já está esgotada, como ontem também esteve, na estréia no CityBank Hall. Tão reluzente como as luzes de natal.
Brilhe Vanessa, brilhe muito, pois você merece.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Atendimento Preferencial:

Poucas vezes paramos pra pensar nas pessoas que merecem atendimento preferencial. Na verdade, só em algumas situações das nossas vidas é que percebemos o quão importante é.
Caro leitor, só agora na minha gravidez me dou conta do quanto é dificil.
As pessoas simplesmente ignoram o fato de algumas pessoas precisarem se sentar prioritariamente ou serem atendidas com mais agilidade. Fingem dormir ou se fazem de desentendidas.
Sem contar as piadas lançadas ao vento, nas quais as pessoas acusam os preferenciais de mamarem nas tetas do governo. Como se a grávida ficasse de licença gratuitamente ou o aposentado recebesse dinheiro do governo sem nada ter contribuído.
Evidentemente, nos dois casos, ambos pagaram por anos para ter tais benefícios. As leis trabalhistas estão aí para isso.
Caras feias me fazem pensar que todos temos a mesma origem. Todos nascemos do ventre de nossas mães independentemente de o berço ter sido ou não de ouro.
O que mais choca é ver a indiferença às futuras mães. Mas não é só isso. O descaso com que tratam os idosos e os deficientes é ainda maior e esse não é temporário. Não dura apenas nove meses.
Na sociedade capitalista atual, só é levado em consideração o economicamente ativo ou o dito normal. Qualquer pesssoa que saia do padrão da idade, do peso, da beleza, etc. é desconsiderado, como se nada fosse.
A essas pessoas, sinceramente, dedico o meu desprezo, pois o que faz o valor de alguém não é a forma e sim o conteúdo.