quarta-feira, 31 de março de 2010

Sorria, você está sendo manipulado!

Que a Rede Globo é o ópio do povo, disso ninguém duvida. Desde a fundação da emissora em 1965, quando o Regime Militar já estava instalado, há inúmeras críticas que a colocam em lugar de destaque quando o assunto é alienação do povo brasileiro. A empresa de comunicação, é responsável pela maior grade de programas televisivos do país. Sua cobertura chega a todo o território nacional, além de outros países. Esses são os motivos que a colocam na primeira posição dos indices de audiência, o que lhe garante um faturamento considerável, graças aos anúncios públicitários (os mais caros do mercado).

Porém, a emissora global vai além do entretenimento, esporte e jornalismo. Ela usa seu poder de comunicação e o alcance a milhares de pessoas, para manipular as informações. Age sempre em prol da classe dominante e a seu favor.

Sendo assim, justifica-se quando estudos de cientistas políticos apontam que sua opção por Collor na campanha presidencial de 1989 foi definitiva para a eleição do candidato, que anos mais tarde viria a ser impeachemado. Na década de 90, essa tendencia global continuou a todo vapor. Houve intensa propaganda em torno da candidatura de Fernando Henrique Cardoso.

Mesmo com o governo de esquerda (Lula), a Globo conseguiu se aliar em nome da conveniência e por vezes manteve-se branda e até neutra diante de questões graves e sérias.

Porém, o que tem sido feito em nome da candidatura Serra é escandaloso. A emissora enaltece a opção do PSDB desde dezembro último, quando Aécio Neves desistiu da disputa. Desde os primeiros dias de 2010, todos os passos do candidato são televisionados e expostos na programação da emissora, descartando-se todos os fatos desagradáveis que possam prejudicar a imagem deste.

Desde o inicio da greve de professores, por exemplo, a Globo apenas dá a versão oficial da Secretaria da Educação para o fato. Não ouve os profissionais de Educação e não registra o tamanho real das manifestações. Dá informes apenas convenientes à classe dominante.

Ontem, em "inauguração" do trecho Sul do Rodoanel, a emissora fez uma cobertura parcial do evento, mostrando apenas a fala do governador de S. Paulo e excluindo um protesto de professores que pediam para negociar com o fim da greve que já dura cerca de um mês. Novamente, a omissão de José Serra encontra amparo em uma emissora empenhada em formar a opinião pública.
É preciso que as pessoas se conscientizem da ideologia do poder que é encabeçada pela TV Globo, para que possam desconstruí-la e serem livres a ponto de não se deixarem influenciar. Todas as vezes que o povo seguiu o parametro global de realidade, perdeu direitos e viu os poderosos assumirem seu lugar na sociedade.
A midia manipula as massas, com o objetivo claro de favorecer a si. De agora em diante, é preciso estar atentos, pois a candidatura José Serra representa um retrocesso, posto o autoritarismo e a ambição desmedida desse senhor. Levando-se em conta o inicio da emissora em meio à repressão, é preciso se alertar. Sorria! Você está sendo manipulado. Plim! Plim!


terça-feira, 30 de março de 2010

EDUCAÇÃO PÚBLICA ESTÁ MORRENDO


Senhor Presidente Luiz Inácio Lula Da silva. Eu posso ainda chamar de companheiro? Das lutas por um país mais justo e igualitário, onde tivesse de fato distribuição de renda? Fiquei na duvida, pois sua política educacional com piso salarial de $950,00 é vergonhosa, para nós educadores que trabalhamos mais de 60 horas, pois temos que trabalhar em outras redes para sobreviver, bem como, o investimento de 4.4% do Produto Interno Bruto em Educação, não deveria ser maior, pelo menos 16%?

Portanto o plano de desenvolvimento de seu governo (às dez Metas) prevê avaliação de desempenho e a meritocracia contra os professores, no caso de São Paulo o decreto 6.094/2007 art.2º é a mesma coisa que o secretário de educação Senhor Paulo Renato do PSDB esta fazendo com as provas para Ofa’s, com bônus-resultado e o vestibular do salário.

Segundo seu ministro da educação o Sr. Haddad em entrevista do jornal estadão do dia 11/02/2010 que declarou “sou favorável a premiação por mérito”, me parece que esta história já é conhecida é a privatização da Educação com as parcerias público-privadas que transferem verbas públicas para grandes empresas como a Rede Globo/fundação Roberto Marinho e Grupo Abril/revista veja, retirando nossos poucos direitos e impondo à avaliação de desempenho e assim diminuindo os gastos com educação e condenando os trabalhadores e seus filhos a um ensino de péssima qualidade. Gostaria de saber de fato quando o Senhor Presidente, pretende investir nos filhos da classe trabalhadora, com uma escola laica de qualidade, com estrutura e valorização como um todo, ou o senhor esqueceu-se dos filhos da classe trabalhadora e das bandeiras de luta, ao qual o companheiro fez parte.

A todos os companheiros professores(as), vamos construir um movimento contra a política educacional do governo Lula que prevê no senado aprovação da PL403,que significa na pratica avaliação para demitir professores em todo o território nacional, tão igual a política educacional do governo José Serra do Estado de São Paulo, vamos construir a greve e Geral da Educação e chamar à Confederação Nacional dos trabalhadores em educação pára assumir sua responsabilidade, bem como, todos os sindicatos, para juntos denunciar esses governos e destruir de conjunto todo esse projeto ruim pra os filhos da classe trabalhadora.São Paulo,22/03/2010

*Calheiros


* É professor de História da Rede Oficial de Ensino de S. Paulo. Em 26 de março, foi uma das vítimas dos tiros de borracha disparados contra a categoria, covardemente.

Fuga de Suzano:

Professores empurrados em inauguração de Rodoanel em Suzano, no detalhe, Profª Eliana Penha.

A imagem acima, está estampada na primeira página do Jornal Diário de Mogi (das Cruzes), ela mostra a truculência e o autoritarismo com que vem sendo tratados os professores de S. Paulo, desde que iniciaram a greve, em 08 de março de 2010. Em evento realizado ontem no trecho leste do Rodoanel, professores das subsedes das cidades do Alto Tietê e de São Miguel Paulista, realizaram protesto.
Com atraso de mais de uma hora e meia, o inicio da cerimônia foi marcado por um empurra-empurra, causado pelo autoritarismo de um segurança que tomou um cartaz da mão de um manifestante. Havia mais policiais militares que civis presentes ao evento. Além de policiamento comum, a tropa de choque estava à disposição das autoridades, demonstrando a maneira cortez com que o governo do Estado trata o seu funcionalismo. Para adentrar o local, todos eram revistados e intimidados pelos soldados.
Aguardado pela população, o governador José Serra, não compareceu ao evento e foi representado pelo secretário de transportes. Estiveram presentes deputados, vereadores, secretários e prefeitos da região.
Ao proferirem seus dicursos, alguns políticos foram vaiados e defenderam publicamente o governador José Serra, eleito presidente na palavra dos mesmos. Para eles, o político é "o melhor governador" que S. Paulo já teve.
Evidentemente, essa opinião se refere aos inúmeros beneficios, que Serra trouxe a S. Paulo desde que assumiu o mandato em 2007, a saber:
  • Desabamento das obras do Metrô.
  • Desabamento de viaduto do Rodoanel (obra sem fim).
  • Mais cobrança de pedágios nas rodovias paulistas.
  • Enchente em diversas partes do Estado.
  • Guerra entre policiais civis e militares.
  • Greves na saúde, educação e segurança.
  • Massacre do Morumbi.
  • Marginal do Tietê entregue às pressas, sem sinalização.
  • Sucateamento da Escola Pública.
  • Abandono dos hospitais públicos.

Como se vê, esse é o cara! Seus defensores apostam na falta de memória do eleitorado brasileiro. É preciso que as pessoas não se deixem enganar. Não se pode esquecer todos esses fatos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Massacre do Morumbi:

Professor Alfredo Andrade é agredido com spray de pimenta.

Manifestantes correm das agressões.

Bomba de gás lacrimogênio.

Tropa de Choque se prepara para entrar em ação.

Cavalaria se preparando para agir contra os professores.

Protesto contra a morte da Educação Pública.

Professores durante a Assembléia.

Milhares de professores em Assembléia no Morumbi.

Policiais militares agridem professor.


Massacre do Morumbi, eis a definição para o que ocorreu na última sexta-feira, quando a Assembléia de Professores Paulistas em Greve, foi massacrada por uma emboscada montada favorável a José Serra. Tudo começa quando cerca de 80 mil professores se dirigiram para a região do Palácio dos Bandeirantes, a fim de negociar o fim da greve. Além de a Secretaria da Educação não fazê-lo, o governador se recusa a atender o professorado.
Com a presença dos docentes ao redor de sua residência, o espaço aéreo é fechado, para que as emissoras não transmitam a quantidade real de pessoas. A seguir, policiais a paisana começam a jogar pedras contra os professores. Depois disso, a Tropa de Choque entra em ação: tiros de borracha, spray de pimenta, bomba de gás lacrimogênio, cacetetes, etc.
A imprensa, começa a registrar o momento em que os professores se defendem e veicula na mídia que eles iniciaram o tumulto. Assim, isenta o governo de sua responsabilidade (mais uma vez).
O saldo do confronto é que muitos professores foram machucados. Muito mais que os 16 divulgados pelos números oficiais. Um professor, faleceu de infarto, pois não foi socorrido a tempo.
José Serra decreta Estado de Sítio no entorno do Palácio dos Bandeirantes. Decreta uma guerra contra o professorado. Enquanto isso, a violência corre solta em todos os lugares de S. Paulo, onde cidadãos comuns são assaltados, assassinados, furtados, intimidados pela violência. Para estes, não há estado de sítio. Estes, não conseguem sequer emitir um boletim de segurança contra os crimes que os oprimem, muitas vezes.
É preciso que a sociedade esteja atenta ao que está ocorrendo e que reflita sobre a truculência, o autoritarismo, a intolerância, a arrogância, o desrespeito e a humilhação a que o governo de S. Paulo está submetendo uma das categorias profissionais que tem a possibilidade de fazer do Brasil um país melhor.
O ato de lecionar, nos dias de hoje, é um ato heroíco, feito por pessoas de brio, que ainda não desistiram de acreditar no ser humano. Nas escolas, enfrenta-se todo o tipo de ofensa: moral, intelectual, etc. Quantos professores não são agredidos verbal e fisicamente, cotidianamente? Não há salário, não há carreira, não há material. Tudo é feito na raça, na base do improviso, em escolas em que não há infra-estrutura adequada a um aprendizado de alto-nível.
Por causa disso, a escola pública hoje não tem o nível de excelência que teve em meados do século XX. A classe média, esforça-se para pagar pesadas mensalidades de escola particular para seus filhos. Os netos de José Serra e Paulo Renato não estudam em Escola Estadual, não é mesmo?
Atirar pedras e lançar bombas contra professores é uma ação que demonstra claramente o descompromisso de um governo despreocupado com a instrução dos mais pobres. A conivência da sociedade, mostra o alto grau de individualismo da sociedade paulista, que mantém-se afastada de questões que lhe são pertinentes.
A greve dos professores é uma causa muito mais complexa do que muitos pensam. O clamor pela carreira e pela melhoria da profissão está ligado a um futuro que é de todos. A defasagem do ensino na escola pública afeta a todos, pois as pessoas que integram esse processo, participam da sociedade e são afetadas por ela de alguma forma.
Para exemplificar basta pensarmos que todos passam pelo ensino básico, de maneira, que qualquer um pode se deparar com um mau profissional cuja formação defasada pode fazer a diferença entre vida e morte. Esses profissionais podem constituir todas as areas e dele podemos precisar a qualquer momento.
Enfim, o Massacre do Morumbi deve fazer a sociedade rever seus valores e convicções. Professor não é bandido, pelo contrário, é um profissional que estende a mão para salvar a vida de muitos que podem seguir caminhos indignos.
Sejamos solidários. Pensem nisso!

Justiça para Isabela:

Há dois anos, o Brasil parou com o caso Isabela, um caso estarrecedor, em que um pai e uma madrasta, que em tese deveriam defender a vida da criança, a torturaram, jogando-a pela janela. Semana passada, mais uma vez, o país parou em frente a TV para acompanhar o desfecho de tanta crueldade.
Num julgamento histórico, o juri popular pode conferir as tão famosas provas periciais e concluir aquilo que todos já sabiam: Alexandre Nardoni e Ana Jatobá mataram a criança indefesa e foram punidos, justamente, com o tempo de vida que possuem. Ele, 31 anos e 10 dias e ela, 26 anos e 8 meses.
Mesmo com todas as evidências, em momento algum, a dupla assumiu o peso de sua responsabilidade. Permaneceram frios, como desde o início. O que mais choca, no entanto, é a super proteção do Pai Nardone, que mesmo com todas as evidências, mobilizou uma equipe de 16 advogados que tiveram a missão de defender o indefensável.
Conclue-se essa etapa da história, que ela sirva de exemplo, para que defendamos as nossas crianças das garras de gente que não tem competência para dar e manter a vida. Isabela representa a crueldade que é cometida contra a infância em todos os níveis.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Julgamento do Casal Nardoni:


A partir de hoje, o Brasil virará seus olhos para o Fórum de Santana, em São Paulo. Começou a poucos instantes o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana C. Jatobá, que em 29 de março de 2008, vieram a tona através do caso Isabela. Esse caso, comoveu o país, ao mostrar um linda menininha de 5 aninhos (quase seis), que foi jogada do sexto andar do Edificio London, onde residia seu pai e sua familia.

O que choca nesse caso, são as evidencias que apontam para um absurdo inominável que é a morte produzida por quem gerou a pessoa. A crueldade de quem deveria cuidar e que aparentemente encerrou uma trajetória de vida que tinha tudo para ser brilhante.

Esse caso, dá inúmeras possibilidades de reflexão. Pode-se pensar desde a simples criação de crianças cuja relação dos pais finda, até a situação dos pequeninos no Brasil. O caso Isabela choca, porque sua origem era burguesa. Ela era uma criança que tinha todas as possibilidades de uma vida digna.

Porém, nem todas as crianças gozam de iguais possibilidades. Muitas, ficam jogadas à própria sorte, por causa de um sistema que exclui. Quantas crianças, não tem plano de saúde e morrem nos hospitais públicos por causa de simples infecções? Quantas vidinhas não se perderam por falta de recursos? Até bem pouco tempo, a expressão mortalidade infantil era muito recorrente.

O fato é que independente da origem social, da classe, da cor, não podemos permitir que interrompam nem vidas, nem sonhos das nossas crianças. Cabe a nós, adultos, lutarmos por um mundo melhor para elas viverem, em que haja acesso digno a saúde, educação, segurança, e, principalmente, esperança. Onde elas possam sonhar e não ser ridicularizadas. Onde elas possam criar e não ser sufocadas pela maldade alheia. Onde elas possam ser simplemente crianças e felizes.

Que nesses dias, a gente possa olhar na tv os desdobramentos desse acontecimento - afinal, esse é o julgamento mais aguardado dos últimos anos - e aprender a não deixar impunes destruidores de lares, de vidas, de sonhos. Os Nardoni nos mostram o que não deve ser feito na Educação de uma pessoa. O pai que superprotege o filho, pode estar desenhando a próxima tragédia da qual não queremos ver e muito menos participar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A greve continua...




Desde o último dia 05, milhares de professores paulistas estão de greve. As atividades foram paralisadas por causa dos inúmeros ataques do governador José Serra ao professorado paulista, entre elas, leis que dividem a categoria e precarizam o serviço por se basearem em contratos que não amparam o trabalhador, mas, que o excluem da rede por 200 dias.
No último dia 12 de março, cerca de 50 mil professores compareceram à Assembléia da categoria, realizada no MASP. Na ocasião, a continuidade do movimento grevista foi votada, devido a recusa da Secretaria da Educação em negociar com o sindicato dos professores, diretores, supervisores e funcionários.
Essa greve reflete o autoritarismo do governador paulista, que não aceita a opinião de ninguém, que não investe em educação e que prefere pagar milhões em propaganda a ter que dar respeito e dignidade a uma categoria que tem sido tão humilhada, que perde a cada dia a sua dignidade e é responsabilizada pelo fracasso de uma politica no minimo equivocada.
A continuidade da greve é uma atitude de pessoas de fibra, que decidiram dar um basta aos algozes da Educação. Pessoas que jamais entraram numa sala de aula, e mesmo assim ocupam cargos de chefia e criticam os professores e opinam em sua rotina de trabalho.
Descaracterizar a greve como tem feito o governo é simplificar um abandono de anos, a incompetencia tucana, é enfatizar a alienação de uma população. Se por um lado, a Globo mascara a realidade, assim como as demais emissoras da TV aberta, por outro, as novas mídias são um veiculo importante de informação no mundo globalizado em que vivemos.
Nesse caso, as fotos mostram que milhares de pessoas se uniram contra a falta de estrutura para trabalhar, as mentiras midiáticas, o salário de fome, o ticket da vergonha, a falta da liberdade de cátedra e assim por diante.
Se a greve continua, isso ocorre por que já não dá mais para esconder no reduzido espaço das escolas tanta incompetência, tanto descaso. A falência da escola pública.

sábado, 6 de março de 2010

Greve de Professores Paulistas.

Prezados leitores, quem acompanha o blog nesse quase um ano de existência, sabe o quanto tem sido denunciado os demandos do governo de São Paulo contra os educadores. Sendo assim, não é de se estranhar que novamente a categoria tenha decretado uma greve, por conta de todos os desrespeitos e desvalorização. Em 05 de março, novamente, os professores decidiram cruzar os braços até que o governo negocie condições dignas de trabalho. Queremos valorização e melhores condições para exercer a nossa função que é formar a sociedade paulista.

ESTAMOS EM GREVE!

Pela dignidade do Magistério
e pela qualidade da educação

Senhores pais, prezados alunos,

Você deixaria um estudante de medicina realizar uma cirurgia em seus pais ou filhos em lugar de um médico habilitado e experiente? Supomos que não. Então, por que o governo estadual permite e
incentiva que estudantes e pessoas não habilitadas ministrem aulas no lugar de professores habilitados?
Com uma simples prova, o governo decidiu quem pode ou não pode ministrar aulas, desconsiderando aqueles que estudaram quatro ou cinco anos para serem professores. Com isto, não está respeitando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que somente professores habilitados podem ministrar aulas. Muitos estudantes, tecnólogos e bacharéis estão ocupando essas funções.
Mas não é só isso! Todos nós percebemos que a rede estadual de ensino está um caos. As escolas estão desaparelhadas e os professores, desmotivados. O governo do Estado parece ver os professores como adversários e não como profissionais que merecem ser valorizados e bem remunerados. Acumulamos muitas perdas ao longo dos anos, pois não há uma política salarial, mas apenas bônus e gratificações.
Vocês vêem a forma desmazelada com que o governo trata as escolas estaduais. No ano passado, foram até distribuídos materiais com erros grosseiros, palavrões e temáticas inadequadas para os nossos alunos.
O governo mente na sua propaganda. Onde estão as escolas com dois professores em sala de aula? Onde estão os laboratórios de informática abertos nos fins de semana com monitores?
Através de provas e avaliações, o governo discrimina professores, não garante cursos de formaçãono local de trabalho, mantém salas superlotadas e não realiza concursos públicos. Hoje, 100 mil professores (ou 48% do total) são temporários. Não é possível trabalhar bem nestas condições, o que prejudica a qualidade do ensino.
Diante de tanto desrespeito, estamos dando um Basta! Queremos carreira justa, salário
digno, condições de trabalho e condições de ensino-aprendizagem para nossos alunos. Por isto, precisamos da compreensão e do apoio de todos, pois, com a nossa luta, a qualidade do ensino vai melhorar.
Estamos em greve por tempo indeterminado, até que o governo negocie conosco o atendimento de nossas reivindicações em busca da melhoria da escola pública.

Diretoria da APEOESP