sexta-feira, 24 de julho de 2009

Concurso do MEC, fala sério!!!

Ontem vi uma reportagem que me deixou estarrecida, em plenas férias da escola: o governo federal abriu vagas para um concurso no Ministério da Educação. Até aí, nada demais. As vagas oferecidas são para o cargo de auxiliar administrativo.
O que me chamou a atenção foi o salário oferecido: cerca de mil e novecentos reais, para um candidato que precisa ter apenas o nível médio. Ou seja, os alunos ganham mais que os professores.
Enquanto um professor paulista iniciante, recebe em média mil reais, após ter cursado universidade, um aluno recém-saído do Ensino Médio, pode ganhar o dobro de seus antigos mestres. Escrevo isso nao por despeito, mas, por entender que aí está o retrato da desvalorização do magistério.
Não quero dizer que o assistente administrativo seja desnecessário. Quero apenas fazer com que o leitor reflita a cerca do quão mal é pago o profissional que forma a sociedade, e, consequentemente, todos os demais. O professor é a porta de entrada para as demais profissões, pois não importa se médico, advogado ou engenheiro, todos devem passar sem exceção, pelos bancos escolares.
Além disso, com a metade do salário de um assistente administrativo, o professor, lida em seu cotidiano com toda a sorte de trabalhos, tendo inúmeras tarefas a cumprir: tomar conta de 50 alunos diferentes a cada 50 minutos, escrever, falar, organizar, preencher documentos e assim por diante, não bastasse isso, é hostilizado, enfrenta situações de violência entre outras coisas.
Em outras palavras, tem sido muito mais rentoso trabalhar na burocracia, do que educar. A desvalorização da educação é fato.

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