quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gripe Suína - avanço sem controle:

Não demorou muito e a pandemia da gripe suína chegou ao Brasil. O vírus influenza, ganhou um subtipo, o H1N1, no territorio mexicano e ganhou o mundo em poucos meses. Sobre isso, é preciso dizer, que o tema é bastante controverso, pois no inicio do ano, o ministro da saúde do Brasil, veio a público dizer que o referido chegaria ao nosso país mais fraco e que não seria uma ameaça à população.
Porém, a partir de junho, quando o vírus se instalou com força na Argentina, aquele país perdeu o controle sobre a doença e em pouco tempo, a gripe suína adentrou o território nacional e em pouco tempo tem afetado as pessoas e as declarações do ministro, que agora mostra-se realmente preocupado com a epidemia mundial.
A cerca de um mês, li um artigo num livro que tratava da gripe espanhola nos anos 3o e de como a epidemia afetou a população naquela época. A diferença, é que os meios de transporte mais utilizados no tempo, eram outros, o que impossibilitava o avanço rápido das moléstias.
Um virus desse num barco, que demorava dias para atravessar o continente, fazia com que as pessoas morressem antes de chegar ao destino. Em S. Paulo, a epidemia matou as pessoas que viviam nos bairros operários, constituídos de imigrantes, cujas condições eram insalubres. Sendo assim, as autoridades não se preocuparam tanto, pois a população atingida não lhes era importantes.
Já essa nova gripe, ela se alastrou rapidamente devido às condições extremamente facilitadas de locomoção. É perfeitamente possível nos dias de hoje, uma pessoa jantar em Nova York e almoçar no Recife. Além disso, transitam pelos aeroportos pessoas das mais diversas classes sociais, o que impede um controle efetivo das doenças, pois em apenas dois dias, é possível transmitir um vírus como esse para todas as partes do mundo.
Fico preocupada com a situação, pois esse adiamento da volta às aulas, reflete a incapacidade das autoridades de controlar essa situação, bem como o reconhecimento de seu agravamento.
Aqui no Rio, existe o disque-gripe (0800-28-10-100) e a recomendação para que as pessoas não procurem hospitais, clínicas e consultórios sem necessidade, a fim de se evitar o contágio.
A jornalista Sandra Anemberg, seu marido e sua filha, foram contagiados aqui na capital fluminense e estão de quarentena, porém, eles tem a disposição os melhores médicos e hospitais. E nós que não temos plano de saúde, como ficamos?
Num momento como esse, é bom redobrar a atenção e evitar se expor, não deixar de viver, mas, se recolher um pouco mais, porque daqui a pouco a primavera chega e creio que tudo isso será apenas uma página triste da história. Estou torcendo por isso.

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