quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Viver a Vida:

Há quase um mês, a Rede Globo vem apresentando uma nova novela no horário das nove. Novela essa, que escrita por Manoel Carlos, tem os mesmo ingredientes de sempre: Helena, Leblon, gente rica e o cotidiano das pessoas normais com seus incontáveis conflitos, afinal, seja rico ou seja pobre, todos sofrem por amor (ou falta dele), e tem contas a pagar.
O fato é que desta vez, o que está diferente, é a cor da pele da Helena, que é negra, da cor do pecado, mas, com uma postura fina, elegante, de uma mulher bem resolvida e que está tentando ser feliz e fazer as pessoas a sua volta conviverem em harmonia.
Tenho ouvido muito a imprensa e as pessoas detonarem essa nova trama. Sobre isso, quero dizer que isso é apenas mais uma novela do Maneco, e como tal, trata-se de uma ficção, mas que tem pontos que podem ser refletidos, como a questão da relação entre irmãos gêmeos, a anorexia alcoolica, as diversas crenças, mães que educam seus filhos com valores trocados, e assim por diante.
Thaís Araújo está bem sim, no papel de Helena. Agora, querem que o autor a mate. Matar, por quê? Por ser ela negra? Se fosse a Cristine Fernandes, a Helena, estaria melhor? Eu acho que não. Porque será que as pessoas só gostam de ver os negros nas novelas como prostituta ou faxineira?
Tá na hora de rever esses conceitos. A sociedade é composta de gente diferente, mas não é só no tom da pele. Cabe a nós, valorizar cada um pelo que é e não por questões irrelevantes.

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