quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Preguiça Paulista, sim senhor!

Outro dia, escrevi um artigo sobre o mito que faz com que as pessoas digam que os cariocas não gostam de trabalhar. Para minha surpresa, artigo semelhante estava publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional (ano 04 – número 46 – julho de 2009), na qual um pesquisador retratava isso, analisando a São Paulo do século XVIII, quando um novo governador-geral, veio de Portugal para tentar por fim à preguiça e vadiagem do povo paulista.
Isso mesmo, o paulista era visto como vadio e preguiçoso, pois se recusava ao trabalho nas lavouras e dificultava os planos portugueses de implantação da cultura da cana. Nem para se alimentar os paulistas largavam a rede, ao contrário, preferiam embrenhar-se nos matos, para caçar. Comiam animais asquerosos e também não eram dotados de hábitos saudáveis no quesito higiene, o que gerou uma proliferação da lepra no território.
Em outras palavras, a São Paulo do século XVIII, era bem diferente da cidade frenética do século XXI, em que as pessoas são viciadas em trabalho. Era um lugar apático, que em nada se parece com o lugar das realizações, dos negócios e do progresso.
Somente no século XIX, a cidade passa a se modernizar. Com a chegada dos trens e do progresso, surge o slogan Locomotiva do Brasil, com a conseqüente ideologia do trabalho que faz com que as pessoas incentivem a idéia de que em São Paulo se trabalha mais. No entanto, pesquisa de 2004, realizada pelo IBGE, demonstra que apesar de tudo isso, os cariocas, trabalham cerca de 3 horas a mais por dia.
Enfim, comprovei na prática a pesquisa desse artigo cientifico.

4 comentários:

  1. É engraçado você escrever isso pois a Margareth Rago tembém fala sobre isso em seu livro do Cabaré ao lar , alias Higienopolis nasceu como exemplo de bairro higiênico,você pode comprovar que eles trabalham mais que paulista é capira e coisa e tal , mas Luana você conhece nunca atendeu a um cliente carioca em meio a contestação de valores.
    Olha o odio não é pelo fato do trabalho mas da arrogância do jeito malandro.
    Conheço cariocas maravilhosos mas de fato não gosto do Rio de janeiro essa felicidade em meio a tanto pobresa afffff..... e a globo como o ópio desse povo me faz mal.
    Mas tem gente que gosta de uma dengue um funk uma bala perdida enfim cada um como o seu cada qual.
    Amo São Paulo adoro a av. Paulista,ibirapuera,augusta,liberdade,st.cecilia...

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  2. Sou uma paulistranha adoro céu cinza, frio, garroa,um cineminha na augusta, uma peça de teatro com artistas que não compoam o quadro de funcincionários da globo, namora no vão livre do masp etc....
    Para quem gosta do Rio de janeiro boa sorte pois aquela cidade que as novelas mostram só existe pra quem é rico, eu queria assistir o verdadiro Rio de Janeiro.
    Por isso que repito rio ptamim só o Tieté e Pinheiros.....

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  3. OLha Taís, respeito a sua opinião, embora não concorde com ela.
    Pra mim, há uma diferença cultural muito grande entre os habitantes das duas cidades, o que por vezes acaba os afastando.
    Mas, choque entre miséria e riqueza, também tá muito em cena em S. Paulo, como tá presente em Salvador, Recife, BH, etc.
    Enquanto o povo curte a vila Olimpia e aquelas baladas caríssimas, o bicho pega na Cidade Tiradentes.
    Sei que atender os cariocas não é muito legal, porque o ritmo deles é completamente diferente, não apenas no telefone, mas no trânsito e assim por diante.
    Por fim, devo acrescentar que o Rio, assim como S. Paulo, tem várias cidades dentro de uma so. Bangu é uma coisa, Campo Gde, é outra coisa, Pedra de Guaratiba, outra e assim por diante. A Zona Sul, de fato, simboliza o lado bom e bonito, mas temos de respeitar as diversidades e procurar entender a essencia desse povo.
    O fato de amar S. Paulo, não pode nos fazer bairristas a ponto de desvalorizar o outro, para nos sentirmos melhores.
    Pensa nisso, tá?
    Beijos.

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  4. Não sou bairrista ( até mesmo como anarquista isso seria uma incoerência) mas ao atender um carioca ou flumenense já sentimos em muitos casos a arrogância na voz , claro que já atendi varios cariocas e fluminênses educados mas a sua grande maioria são muito mal educados.
    Tenho grandes amigas queridas no Rio de Janeiro.
    Sei da existência da Negra Giza do Mvbil mas desconheço um movimento seja na música,rap,rock etc que denuncie a realidade do Rio de Janeiro.
    Quando falo assim do Rio não é por não gostar do Estado mas por não compreender a sua cultura,carnaval,funk etc...
    São Paulo tem sim muita miséria até mesmo em seu centro como a região da cracolândia mas existem diversos grupos sejá na internet ou nos centros culturais e crecas que buscam discutir o problema, essa operação na região da Luz , você já penso como mesmo será bacana andar pela rua Helvetia sem medo, mas para onde aquelas pessoas viciadas iram?
    É foda curtir uma balada na Vila Mariana e ser assaltada em seu proprio bairro.
    Fatal um pouco de revolta, manifestação movimento de rua etc...

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