domingo, 19 de setembro de 2010

A nova família brasileira:

Vivemos a Era pós-moderna, onde os valores estão cada vez mais se diferenciando dos padrões tradicionais ou modernos. Hoje, as famílias são complexas estruturas onde além dos tradicionais pais e mães (ou um dos dois), se agregam pessoas pela afinidade e principalmente, pela necessidade.
As famílias vivem cada vez mais juntas, não porque se amem demais ou de menos, mas, porque seus membros muitas vezes não tem a possibilidade de sustentar-se sozinhos. Assim, a teoria mautusiana dos casamentos tardios, está cada vez mais se aplicando nas grandes cidades do mundo ocidental, onde geralmente, o custo de vida é altíssimo.
No Brasil, tudo isso se aplica. Vê-se facilmente as novas configurações familiares, com pais e mães que chefiam as famílias sozinhas, ou tios e avós que exercem a materno ou paternidade, e assim por diante. É comum ainda, as pessoas se unirem e se agregarem formando novos laços, desfazendo-os e fazendo-os mais uma vez.
No entanto, o que chama mesmo a atenção, na família pós-moderna, é o fato de ela dividir com o Estado a tarefa de educar os filhos e levar isso a risca. Muitos delegam aos professores uma função que é sua: a de educar para a vida.
Entendem que a palavra educador se aplica ao funcionário de Educação, mas, ignoram o fato de que educador são todos e que os primeiros são os pais. Delegam a outros seu próprio universo particular e se eximem das responsabilidades. Por outro lado, não admitem ouvir verdades a respeito dos equivocos que cometem.
São superprotetores, não no sentido positivo da palavra, e sim, ao incobrir os erros de seus filhos. Protegem-nos das verdades e das dores da vida, que aliás, são e serão muitas. Fazem-no não por amor, mas para esconder as eventuais falhas que tiveram no processo de criação.
É preciso repensar o papel da família na nossa sociedade. É inegável que ela continua sendo a instituição mais importante que temos. Contudo, essas distorções não podem persistir como se fossem atitudes corretas. É preciso que cada um entenda o seu papel no mundo e isso necessariamente, deve começar pela família.

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