sexta-feira, 14 de maio de 2010

Viver a Vida, the end:

A pouco, se encerrou a mais recente trama do grande mestre Manoel Carlos. Nela, o autor contou a história de uma modelo que no auge do sucesso sofre um acidente e tem de reaprender a viver. A novela, pode não ter sido a melhor produzida pelo novelista, é bem verdade, mas, valeu a pena pelos depoimentos finais, grandes exemplos de vida e superação.
Manoel Carlos, sabe como ninguém ler a alma das pessoas comuns e produz diálogos sobre situações da nossa realidade, que realmente valem a pena serem ditas e refletidas. Em suas novelas, não há vilões, há pessoas normais, que tem seu lado positivo e negativo. Em alguns momentos, ele expõe a crueldade, em outros, mostra a fragilidade que nutre as pessoas comuns, mesmo aquelas que consideramos perversas.
Outra consideração importante é a respeito da última Helena, Taís Araújo, uma mulher comum de 30 anos, sem grandes conflitos e muito equilibrada. Achei incrível a oportunidade dada a uma atriz negra, de representar o maior ícone de força e coragem. Numa sociedade que camufla preconceitos, essa foi uma incrível oportunidade de mostrar não apenas uma protagonista negra, mas, alguém comum, de uma classe média, sem cair no drama do racismo. Maneco felizmente não foi óbvio nessa questão.
Por fim, devo dizer que foi uma emoção muito grande ver o encerramento da trama com um show do grande maestro João Carlos Martins, que é um dos maiores exemplos de vida. Um brasileiro que mesmo em meio a todos os problemas de saúde, violência e dificuldades, não se acovardou da vida e não desistiu de Viver a Vida.

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