quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Professor: adoecer é proibido!

Há meses atrás, eu escrevi sobre a lei de faltas do governo de S. Paulo, que limita as faltas médicas dos servidores. Ela preve 6 faltas anuais por ano, para que os servidores possam ir ao médico. Além disso, só os servidores que possuem carga completa no magistério, é que podem dar atestados de horas.
O problema está que com doença não se brinca e não dá pra prever quando se adoecerá e nem como será a evolução desse quadro e assim por diante. Em poucas linhas, vou relatar o que se passou comigo, semana passada.
Desde o domingo (13), eu sentia a garganta arranhar. Na segunda-feira, com falta de ar e me sentindo muito mal, com o corpo mole, me dirigi ao médico. Lá chegando e relatando esses sintomas, o médico, disse que eu estava ótima para trabalhar e que se falta de ar fosse motivo para afastar um servidor, toda a categoria estaria afastada.
Sendo assim, no dia seguinte, fui trabalhar, em meio ao pó de giz e a toda a poeira que é característica das escolas em geral. Ao ter aspirado o pó de giz, fui piorando mais e mais. Na quarta, meu dia de folga, mesmo em meio ao sol de rachar, eu sentia muito frio.
Na quinta, fui a uma reunião do sindicato, que abonou minha ida à escola, mas, a falta de ar só aumentava. Na sexta, já sufocando, voltei ao mesmo médico, que me deu dois dias de atestado e pediu que eu fosse de S. Miguel (com falta de ar) ao Ibirapuera passar por um pneumologista. Prefiri voltar pra casa e descansar.
Sábado, descansei o dia inteiro e melhorei um pouco. No domingo, ainda com alguns sintomas de gripe, continuei com repouso. Já recuperada, voltei a trabalhar normalmente na segunda-feira.
Porém, ao ir apresentar meus atestados, fui informada de que um deles seria invalidado e eu deveria tomar falta, pois o decreto do governador, estabelesse a proibição de faltar mais de uma vez no mês. Em outras palavras, é proibido adoecer.
Mas, o que não é proibido, é lançar faltas irregulares, pois a reposição das aulas, refere-se ao periodo de recesso, onde, não se foi trabalhar por determinação da Secretaria da Saúde. Além disso, os médicos não cumprem com as orientações dadas às escolas, na volta às aulas em meio à pandemia, em que se dizia que o professor com qualquer sintoma de gripe, deveria ser afastado.
Pra encerrar, devo dizer que falta de ar, não é algo grave, pelo menos não em S. Paulo, por determinação do governador. Fala sério!

2 comentários:

  1. Vai lá no Df e veja se tem alguém trabalhando!!!!!!!

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  2. Se eu pudesse, iria, mas, com certeza eu ficaria com falta. A corda só arrebenta do lado mais fraco, que é o professor.

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