sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sexta - feira da Paixão:



Hoje é dia de reflexão. O nome paixão não se refere a um sentimento, mas, ao sofrimento de Jesus, o filho de José e Maria, nascido em Belém, que viveu parte da vida no Egito, e outra em Nazaré. Era um homem comum, que dizia coisas que transcendiam as pobres mentes limitadas dos homens de sua época.
Andou muito, a partir dos 30 anos, pregando uma novidade: amor, respeito, compreensão, perdão. Numa sociedade tão castigada pelas tiranias do Império Romano, foi logo alvo de ambiguidades: uns o amavam, outros o odiavam. Em pouco tempo, conseguiu vários adeptos que o seguiam e compartilhavam com ele momentos de sublime conhecimento. Suas palavras davam ensinamentos preciosos, curava ao simples toque das mãos.
Sabia ser rispido também, expulsando as pessoas que capitalizavam no templo (séculos antes de existir o capitalismo). Não condenava a riqueza, mas a usura. Era um homem na medida certa de todas as coisas.
Pregava a existência de um reino que não era ali, palpável como muitos pensavam. Um reino dos céus, onde a dimensão humana suplantaria todos os males para gozar de verdadeira paz e felicidade. Mesmo assim, atingiu a ira de alguns e colocado a prova, recebeu castigo cruel de um povo a quem sempre defendeu. Um povo hipocrita que escolheu a soltura de um bandido, condenando a um inocente, sem dó, piedade ou pudor.
A paixão de Cristo, é o principal momento do cristianismo. Ela revela o último percurso de Jesus de Nazaré em Jerusalém. Faz repensarmos a cerca de um sofrimento ao mesmo tempo injusto e libertador, pois aquele homem foi capaz de ir além das limitações e interesses humanos, para se sair vencedor.
É Jesus quem carrega o fardo da cruz. É a Ele que humilham nas ruas da cidade, enquanto veem seu sofrimento e se omitem. Nada fazem para ajudá-lo. É Jesus o homem que colocou sua vida à disposição para dar exemplo do que significa o verdadeiro amor: desprendimento, doação, ternura. O calvário, é nosso, pois todos os dias vemos a crucificação da pobreza e pouco ou nada fazemos.
Que no dia de hoje, as pessoas reflitam sobre todos os significados da ação que estamos comemorando. Que o Santo sangue do Senhor não tenha sido derramado em vão.

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