sábado, 10 de abril de 2010

Sindrome do pequeno poder, no sábado a tarde:

Como boa observadora que sou, não posso deixar de registrar na mente certos fatos cotidianos. Menos ainda, não posso deixar de expressá-los, para que o meu pensamento possa se materializar na forma de reflexões alheias. Por isso, tornei-me mais uma blogueira nesse último ano. Confesso que isso aqui me faz muito bem.
Pois bem, vamos aos fatos, que realmente interessam.
A cena é simples: pessoas numa rede fast-food de almoço, em pleno sábado a tarde, no centro da cidade. Até aí, normal. O problema é quando essas pessoas passam a humilhar os funcionários por causa da demora da vinda dos pratos (em torno de 10 a 15 minutos). Mais adiante, seguem reclamações (infundadas, a meu ver) e ofensas ao trabalho alheio.
Detalhe: durante a semana, essas pessoas são prováveis pares das pessoas a quem estão ofendendo, não por trabalharem na mesma empresa, mas, por trabalharem no mesmo ramo ou em ramos parecidos.
Enfim, é impressionante a necessidade que os oprimidos tem de oprimir. Descontar em alguém sua raiva, sua fúria, seu descontentamento. O problema da sindrome do pequeno poder, é que ela é um falso poder, ou seja, uma sensação errônea, distorcida mesmo, da realidade.
Claro que as pessoas às vezes tem razão em sentir-se incomodadas com a demora da vinda de sua alimentação. É compreensível que a fome seja inimiga do bom humor, porém, isso não isenta (ou não deve, pelo menos) o uso do bom senso. Ora, se a fome é incontrolável, nada mais óbvio que fazer a refeição num restaurante self service. Quem procura comida a la carte, por mais fast food que seja, deve ter paciência, não é mesmo?

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