terça-feira, 26 de maio de 2009

Em que mundo vivemos?

Em dias como hoje, em que estou meio desanimada, paro para refletir e penso: em que mundo vivemos? Como se não bastasse a violência que nos cerca e nos assola nas ruas das grandes cidades desse país; a impunidade que ampara autoridades crimonosas que atropelam e matam e vão para o Albert Stein se tratar; a corrupção de mensaleiros que roubam o sagrado dinheiro dos nossos impostos, e assim por diante, temos de conviver com o descaso. O descaso de um governo que nos atormenta, que nos maltrata, nos humilha e tripudia sobre nós.
Somos os mesmos que os elegeram. Os mesmos que demos um voto de confiança e uma procuração para que nos representasem. Os mesmos que por alguns instantes confiaram o seu destino a eles.
Que mundo é esse, em que temos de lutar para manter o direito adquirido a duras penas e graças ao sacrificio dos heróis que nos sucederam? Onde vemos uma educação que deseduca e leva à crianças da 3ª série um livro que faz apologia ao crime, às drogas e ao sexo banalizado.
Que mundo é esse, onde pais jogam filhas pela janela e ex-namorados atiram na cabeça de suas amadas por amor? Amor? Onde está esse sentimento, em uma sociedade incapaz de compadecer-se de si mesma?
Vemos pessoas rivalizando a todo o momento, como se vivessem num eterno ringue, em que é necessário sair-se vitorioso sempre. Não há espaço para a gentileza, a cordialidade, o respeito. São atitudes egoístas que vão se repetindo no trânsito, em que poucos cedem seu espaço para alguém, no metrô, onde empurrar os demais passageiros é visto como uma atitude normal.
Estamos nun estágio evoluído de individualismo, onde nos escondemos nos fones de ouvido e já não olhamos ao nosso redor. Não há espaço para perceber o valor e a grandeza da vida.
Até quando Deus? Até quando?

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