quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tragédia em Barueri:

Estou simplesmente chocada com o notíciario de hoje. Ontem, uma família que residia no bairro Jardim Belval, em Barueri, municipio da grande S. Paulo, teve sua casa invadida por assaltantes covardes, que dispararam suas armas contra o pai e o filho. Nesse episódio, o pai morreu na hora, o filho foi levado em estado grave para o hospital.

No dia seguinte a essa tragédia, a triste continuação da história da vida real: a mãe morreu de infarto, o pai foi enterrado e o filho teve morte cerebral. Ou seja, em 24 horas, tudo mudou na vida da pacata família de comerciantes.

Tudo isso, faz-nos refletir sobre a triste realidade brasileira, na qual temos de conviver com a violência, nos preservando, o tempo todo. Vivemos atrás das grades, empoleirados em nossos lares, com medo de sair as ruas e retornar para nossos habitat's tarde da noite.

Enquanto isso, os bandidos soltos nas ruas, tocando o terror, tirando fotos, gravando vídeos e exibindo tudo isso. Eles fazem festas dentro e fora dos presídios e a gente fica assustado, com medo do mundo.

Há uma incrivel inversão de valores e tudo isso, culpa de um sistema que alimenta a cada dia esse estado de guerra em que vivemos, graças à impunidade, ao despreparo e desinteresse das autoridades em resolver essas questões.

Vi na Canção Nova, hoje a tarde, a apresentadora de um programa que esteve na visita do papa, dizendo que na Terra Santa ela estava mais segura do que aqui. Observem: na Terra Santa, está ocorrendo um conflito entre israelenses e palestinos há meses. Numa guerra, a sensação de segurança é maior do que na aparente paz do Brasil.

Eu me pergunto quando despertaremos pra tomar uma atitude diante de tantos fatos. Sinto que já banalizamos a violência, dando um aspecto de normalidade à situações como sequestros, assaltos e estrupros. Quando ouvimos essas notícias, imediatamente associamos o ocorrido à falta de precaução da vítima, atribuindo-lhe uma responsabilidade que não é sua?

Até quando assistiremos essas tragédias passivamente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário