No próximo dia 29, os professores de S. Paulo poderão estar entrando em greve novamente, em menos de um ano. Nesses onze meses, a situação dos docentes, tem piorado bastante. Além de ter um baixíssimo salário (menor que o de profissionais de Limpeza Urbana, por exemplo), a categoria se ve em meio a ataques do governo paulista, que precariza o serviço, a fim de repassá-lo ao setor privado no futuro.
Novas medidas empreendidas pelo novo secretário da educação - Paulo Renato Souza, ex-ministro de FHC - vem cumprindo o objetivo nefasto de seus antecessores Rose Neubauer, Maria Lúcia e Maria Helena.
Não bastasse conviver com a violência, com a falta de interesse dos alunos, o apoio da sociedade, e assim por diante, os professores estão condenados agora à fome. A uma regra imbecil de trabalho, que pressupõe uma quarentena de 200 dias para seu retorno ao trabalho, no caso dos contratados, e de uma diminuição de jornada e de salário, consequentemente, a partir de 2010.
Serra, pouco se preocupa (ou nada se preocupa) com a Educação de S. Paulo, pois seu único objetivo é chegar à presidência. Por isso, o cenário político que deixará para Alberto Goldman, pouco importa. Além do mais, não é interessante para o governo paulista ter eleitores pensantes e conscientes, pois, assim é possível garantir a permanencia peessedebista no poder por mais tempo.
Ontem, ganhei um exemplar em fotocópia, do livro encaminhado pelo Estado de S. Paulo às crianças da 3ª série do Ensino Fundamental, em que expressões como "chupar rola", "porra", "filho da puta", entre outras, aparecem. Fiquei horrorizada com o despreparo dos líderes da secretaria da Educação para lidar com as questões pedagógicas.
É preciso que a sociedade entenda quem é José Serra e que possa embarcar junto com os profissionais da Educação nessa luta em defesa da escola pública de qualidade para todos.
Sexta-feira saíremos às ruas, não para atrapalhar o trânsito, pura e simplesmente, mas, para dizer a esse bando de incompetentes, que Educação é coisa série e que o professor merece respeito, pois somos nós que auxiliamos na construção dessa sociedade. Quando não estamos bem, o reflexo imediato disso é a sociedade.
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