Essa semana, estou lendo a biografia de dois grandes artistas da MPB e que marcam a historiografia de música do século XX no nosso país. Um, é conhecido como o Rei do Baião, o outro, deixou-nos precocemente, com um repertório marcante e inesquecível.
A escrita de Regina Echeverria é marcante. Autora da grande biografia Furacão Elis, a jornalista que já cobriu cadernos de entretenimento nos grandes jornais do país nos anos 70 e 80, tem se dedicado nos últimos anos a fazer (e refazer) a biografia de grandes personalidades. Para tanto, ela faz um contraponto bem interessante entre a vida da personalidade em destaque e da história do Brasil, mostrando como ambas se desenvolvem compondo um processo.
O livro Gonzaguinha e Gonzagão é daqueles que nos prende, levando-nos a embarcar dentro da história que é contada. Em pouco mais de 300 páginas, ela se dedica a contar as duas biografias num esquema bastante interessante: capitulo sim, capitulo não.
Desse modo, o leitor pode conhecer a história do Rei do Baião, que nascido no sertão pernambucano, pouco conviveu com a seca e a terra, dedicando-se à música (a contra-gosto da mãe) e aos inúmeros romances. Na adolescencia, Luiz Gonzaga, o Lua, foge de casa e vai servir o exército.
Esse é um traço curioso, desconhecido por mim e por muitas pessoas, creio. Luiz Gonzaga foi soldado por dez anos e o inicio de sua carreira musical, se deu por acaso. Há muita coisa boa na história de ambos, que quando eu terminar de ler a obra, compartilharei com os amigos leitores.
Por ora, fica a dica de uma leitura agradável e gostosa.
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